É com muito prazer, mas
muito mesmo, que esta semana eu ~es mais uma resenha de um livro do nosso amado
David Levithan. Para quem ainda não sabe quem ele é, Levithan é um editor de
livros infantis e um autor norte-americano premiado. Publicou o seu primeiro
livro, “Boy Meets Boy”, em 2003 e suas obras têm provocado protestos de
conservadores de direita. Levithan também é um dos fundadores da editora PUSH, dedicada
à Literatura para Jovens Adultos, e que é uma das marcas da Scholastic Press. Você
já deve ter ouvido falar em seus livros. Entre eles temos “Todo Dia”, “Garoto
encontra Garoto”, “Dois Garotos se beijando” e entre suas parcerias com outros
autores, que são muitas, temos “Will & Will”, livro que tecnicamente
inspirou David a escrever este musical/livro.
Bem vindos à vida de
Tiny Cooper!
“Na expressão não se diz
subindo de amores. É por isso que amo a gente. Porque sabemos o que vai
acontecer quando cairmos”.
Ah, que bebê grande, e
gay!
Neste pequeno musical,
escrito pelo próprio Tiny, conhecemos um pouco de sua vida até o presente
momento. Desde sua estreia, seu nascimento, até o inicio de sua vida amorosa e
desastrosa. Tiny sempre soube que era gay, muito gay, e sua família também.
Mas, uma coisa é se saber que é gay, mas e assumir para você mesmo? Esse é o
primeiro dilema de Tiny. Ele sabe que é gay, sua família também, mas até então
isso não era concretizado, era como se as pessoas soubessem por saber, estava
na cara, mas Tiny nunca confirmou.
Religião, amizade, time
de futebol americano... Ele decide contar a todos, mas antes precisa dizer para
si mesmo que aquela era a verdade. Ele gosta de garotos, tipo, “aquele cara é
lindo, lindo tipo, eu beijaria ele!”, Ele acaba não vendo grandes problemas com
isso, todos já sabiam, a confirmação só trouxe uma liberdade diferente para
ele.
Agora que todos sabiam,
vem a parte em que ele descobre que precisa de sua outra cara metade – mesmo ~que
sua babá lésbica o tenha prometido que nunca pensará assim, pois já somos
completos, não precisamos encontrar caras metades. Tiny quer um amor, alguém
que o ame, que o entenda, que o faça feliz. É então que se inicia a “Parada dos
Ex-Namorados”. 18 ao total. São todos os caras pelo qual Tiny se sentiu
apaixonado. Cada um terminou com ele por um motivo. A melhor desculpa para o
término foi a do ex-namorado numero 11: “Acho
que sou meio vagabunda”. Mas, sem dúvida, o que mais ensinou algo para Tiny foi
o ex-namorado numero 18, ou seja, Will.
“Para o filme, eu gostaria
de Anne Hathaway, mas como na versão Noite de Reis que ela fez em Shakespeare
no Parque, não a performance da Anne-de-cabelo-tão-ruim-que-quase-me-matou em
Os Miseráveis”.
Depois do sucesso que “Will
& Will” foi, Levithan resolveu contar a história de um personagem em
especial, que ganhou o coração dos leitores com sua aparição no livro. Tiny
Cooper. John Green abençoou a ideia e é isso ai, eis que esse livro lindo
chegou para nós.
Confesso que não cheguei
a ler o “Will & Will”, não sei por que mais foi uma história que não me
chamou a atenção para ler. Ok, posso estar muito errado e me arrepender, mas
tudo bem. Esse livro, o do Tiny, sim, me chamou a atenção, então eu decidi me
arriscar. E amei.
O livro é dividido em dois
atos. O primeiro é a respeito da vida de Tiny, seus costumes, relação com os
pais, amigos, igreja, esporte e consigo mesmo. Depois que ele se assume, meio
que para ele mesmo, já que todos já sabiam daquilo, vem o segundo ato. Ato este
que conta suas desventuras no ramo amoroso. Cada uma das 18 decepções, suas
histórias e porquês.
Tiny é muito azarado
para o amor. Talvez seja sua impulsividade em dizer que “gooooooosssta” dos
caras cedo demais. Com toda certeza ele deve ser de Câncer. Meu deus, se
apaixona muito fácil.
Fique bem expressado
aqui que eu odeio musicais em suam maioria. Essa coisa de comer pão e cantar a
respeito de você comendo pão me tira do sério. Mas musicais em forma de livro
realmente me atraíram. Uma leitura bem fácil e dividida em três estilos: As
músicas, as falas dos personagens e as opiniões e direções de quem está
escrevendo a peça, Tiny, sobre como a cena deve ser, quem deve estar nela, o
que deve ter no palco, referências para a cena baseadas em musicais e filmes
famosos – a parte em que ele zoa a Anne Hathaway foi a melhor! -, roupas,
expressões e suas visões pessoais do momento.
Eu achei uma leitura
extremamente engraçada e o final realmente me surpreendeu. Sabe, essa coisa de
que não precisa ser um final feliz e sim um final que deixe a entender que está
tudo bem, mas que tudo ainda não acabou? Então, esse foi o final. Sem falar que
a fala final dele, sobre “caindo de amor” foi incrível. Eu simplesmente vou levar
aquilo comigo para sempre.
Se você leu “Will &
Will”, sem dúvidas vai amar esse livro. Se voc~e ainda não teve esta
oportunidade, leia mesmo assim. Dá para entender, se divertir e tirar boas
lições a respeito de relacionamentos do livro.
38/50