Primeiro livro de uma trilogia, O inferno de Gabriel explora com brilhantismo a sensualidade de uma paixão proibida. É a história envolvente de dois amantes lutando para superar seus infernos pessoais e enfim viver a redenção que só o verdadeiro amor torna possível.
Em que o culpado nascerá das cinzas
para o julgamento.
Tenha piedade, Ó Senhor, deste
homem.
Misericórdia Senhor Jesus,
conceda-lhe descanso.
Amém.”
Há alguns anos atrás, quando Julia tinha
apenas 17 anos, ela foi convidada para jantar na casa de sua quase Mão Grace.
Era uma comemoração á chegada de seu filho adotivo, Gabriel, á cidade, depois
de muito tempo sem dar as caras. Na verdade Julia sempre quis conhecê-lo.
Rachel sua melhor amiga e irmão de Gabriel , vivia falando dele pra ela, e
pelas fotos espalhadas pela casa toda, Julia já sabia que iria gostar dele. Ao
chegar, Julia se depara com uma situação catastrófica. Cacos de vidro por todo
o lado, Rachel e seu noivo Aaron já de saída e na varanda da casa, bebendo uma
cerveja, o tão sonhado Gabriel. Ao que parecia, houve uma briga envolvendo
Gabriel e Scott, seu outro irmão. Acabou que num ataque de fúria empurrou sua
Grace, e Scott, tomado pela raiva foi para cima de Gabriel, que por sua vez, o
jogou em cima da mesinha de centro da sala.
Julia se sentou ao seu lado ao
invés de ir ver como sua quase mãe estava – quase mãe pois quando sua
verdadeira mãe morreu, Grace era a pessoa que havia cuidado dela como uma filha
– ela foi para a varanda, e se sentou ao lado dele. Ela tomou um gole de cerveja
pela primeira vez, juntos eles foram até um pomar do outro lado da casa, depois
de uma pequena mata. Se deitaram á relva, trocaram carinhos, se beijaram, e a
todo momento Grabiel á chamava de Beatriz. Não de Julia, e sim de Beatriz.
Quando ela perguntou o porque, Gabriel respondeu que a chamava assim,pois ela
era idêntica a uma imagem em que retrataram a Beatriz de Dante. Ela se encanta,
e em seus braços, ambos adormecem.
Anos depois, Julia após não ter
condições para ir á Harvard, decide cursar a universidade de Toronto para poder
se especializar em Dante. Lá se encontrava o mais importante professor especializado
em Dante. E incrivelmente, era também p seu Gabriel, anos mais velho, ainda
gostoso, mais um tanto quanto sombrio,
grosso e frio.
O mais incrível é que ele não se
lembra dela. No inicio, até mesmo a
forma como Julia se porta o incomoda. E então, depois de um pequeno bilhete e
um Mac entendido, a vida de Julia, ou Beatriz, vira-se ás avessas. Um amor até
então proibido e estranho – por se dizer – muitos sentimentos em jogo, e um
passado – em ambas as partes – que deixa muito a se questionar.
“Se alguém me vir, direi que estava
ajoelhada na frente do seu vizinho, ganhando o dinheiro do cuscuz. Tenho
certeza que é uma desculpa plausível.”
Sem dúvida, um Clichê.
Não que seja algo erótico,como eu
mesmo imaginei antes de começar a lê-lo. Completamente ao contrário. De erótico
ele não tem nada. Mais é na parte da Submissão que ele leva medalha de ouro. Eu
poderia contar mais um pouco da história, do desenrolar, até chegar até certo
ponto, mais não vou fazer isso. Vou deixar aqui minha opinião, e nada mais.
De longe, o pior livro do meu ano.
Veja, não que seja mal feito, ou
mal escrito, sem imaginação. Até que não. O livro é bem escrito, dá para se ver
de longe que houve bastante pesquisa sobre o tema e sem duvida uma escrita
impecável. Mas esse enredo e esses personagem são de dar nos nervos.
“O Inferno de Gabriel” tem esse
nome, por conta de uma, digamos, alusão á tão famosa obra, “O Inferno de Dante”,
já que depois que Julia aparece na vida do Gabriel, ela fica sem duvida um
Inferno! Se o livro mantivesse esse ritmo de dissertar sobre a obra de Dante,
ou sobre as verdades por trás de tudo eu até poderia dizer que eu havia gostado
do livro. Mais não. Não dá, Foi mal. Não é segredo pra ninguém que acompanha o
blog que eu odeio essa coisa de 50 Tons de Patifaria Alheia, e nesse livro um
dos aspectos que mais me dá – desculpem – nojo, em toda essa onda erótica, é a
submissão. Julia é de longe um dos piores personagens principais que eu já vi.
A garota tem o que? 24 anos?! Mas aje como uma garota nojenta, que não sabe que
tem que comer para se manter viva, que fica vermelha por tudo, que é
traumatizada até as pontas duplas dos seus cabelos lisos e sedosos e que teima
em ficar de joelhos. “Ah Rafael, mais ela teve um passado difícil, Mãe alcoólatra,
Pai que não estava presente, ex-namorado vida loka... e blá blá blá...”,
sinceramente, nem isso justifica o fato de Julia ser sem sal algum. “Óh deuses
de todos os personagens sem graça do mundo, ajudem essa Júlia, por que tá difícil!”.
A garota emitia as coisas que aconteciam com seu ex namorado para o seu pai,
com medo de algum videozinho em que ela chupa mamadeira vazasse... Deus! Que séculos
estamos? Será que o povo ainda acha isso indecente? É vida pessoal, acontece.
Mas não, para ela isso era o fim da picada.
Gabriel, o sedutor sombrio, o dominador
rico e sombrio. Um passado com as drogas, pais que não o queriam, brigas em família,
um pouco de sal, açúcar e todas as roupas que a de bom nas marcas caras e
pronto. Temos o personagem masculino mais nojento e babaca de todos os tempos. “Putz,
manchei minha calça da Calvin Klein com água... Vou comprar outra, essa eu jogo
fora!”.
Eu até entendi que ele estava em
rehab, voltando a vida depois de um momento negro em sua vida e tudo, mais
gente, isso não é motivo de ser a pessoa mais nojenta do mundo, mais metida,
grossa e metido a metedor – entendedores entenderam - que eu já vi. “Nuss, eu sei quando você está
excitada, eu sou foda...” Por favor né! Passamos de um Gabriel emburrado,
metido, dominador e sem educação, para um Gabriel dependente, nojentamente romântico
e um tanto quanto, chato totalmente abestalhado e super protetor ao ponto de
quase mandar ele ir se fuder. Sempre querendo mandar, levanta a cabeça, olha
pra mim, se levante, coma, DEIXA EU TE ALIMENTAR. DEUS, PORQUE ISSO? Um
verdadeiro chato.
Dois personagens que tinham tudo
para salvar a história eram Paul e Christa, mas como pau que nasce torto não se
endireita, e menina que requebra, Ó Mãe, pega na cabeça, também ficaram chatos.
Quero que entendam o seguinte, não
estou dizendo que não gostei da obra em si. Acho que sim, teria muito potencial
se o enredo fosse mais inteligente, não tão submisso e meloso. Julia foi para
lá para o seu mestrado. Não vi essa menina estudar –nem comer! Depois de
2345456 páginas onde ela chora, se ajoelha e faz o que Gabriel manda, ela
estuda umas duas linhas e volta a sofrer. A autora tenta enfiar na cabeça de
quem está lendo essa coisa de Segredos do passado. Julia não quer – desculpem o
palavreado – dar para ele,pois não sabe tudo o que devia, ela quer saber do
passado dele, da época “sombria”, mas a cada revelação ela tem um surto, um
ADP, e digamos que, ela também não conta nada da vidinha de shit dela. Fica
querendo a verdade, omitindo a sua própria vida para ele. Poderia dizer sem
duvida, que se não estivesse escrito que ela tinha mais de vinte anos, eu
acharia que a personagem tem 12 anos, pois a mentalidade é essa.
Odeio esse tipo de estilo, sabe,
sou indecisa, quero um amor verdadeiro, sou virgem mais me excito 360 vezes por
dia, meu passado é foda, mais o que interessa é o seu... Realmente um livro
cansativo. Não posso dizer que estou ansioso pelo segundo, pois, não estou. :/
2 semanas jogadas fora!