Resenha - A Seleção

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Nome: A Seleção

Autor: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Ano: 2012

ISBN: 9788565765015

Skoob: Livro

Sinopse: "Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar."

***

“- Ótimo. Temos gente pra ajudar. Meninas, vão imediatamente buscar água no armazém dos fundos e comecem a servir comida para a família real e as Selecionadas. Mexam-se!

- Não. Anne por favor, sirva o rei, a rainha e o príncipe. Depois venha ficar ao meu lado. [...] O resto pode se virar. Elas escolheram abandonar suas criadas. Podem pegar sua maldita água sozinhas. As minhas criadas ficarão sentadas ao meu lado. Venham, moças.”

Os Estados Unidos caíram. Durante a 3ª guerra mundial a China, cobrando sua divida com o país que não tinha fundos para pagar, atacou os EUA e os tomaram, transformando assim, o lugar todo no “Estado Americano da China”, mais como os EUA estava quebrado, a China acabou não conseguindo muito além de mão de obra. A Rússia numa tentativa de expandir seus territórios acabou fracassando, o que deu ao EAC a chance de se rebelar, se unindo para combater a Rússia, ataque esse comandado por Gregory Illéa. Eis então que nasce um novo país. Illéa.

Pais esse que era dividido em Castas, na verdade em Oito. País esse onde ter filhos fora do casamento era crime. País esse onde seu numero definia seu valor, e seu trabalho.

Uma monarquia onde o Rei e a Rainha comandavam o pais. Pais esse onde o príncipe, ao atingir sua maioridade, fazia um concurso, uma seleção, entre 35 garotas para definir quem seria a nova princesa e futura rainha de Illéa. Seleção esse, que estava fora de cogitação para America!

America era uma Cinco. Casta formada por artistas. Sua voz era perfeita, e ela sabia tocar quase todos os instrumentos musicais que existiam. Sua mãe queria por que queria que ela se inscrevesse na Seleção, afinal, eles eram pobres, e mesmo que Meri não ganhasse, e não se casasse com o príncipe, apenas os cheques, gordos, que eram dados pela sua estadia no concurso, como se fosse um “cachê, digamos assim, já seriam o suficiente. Era muito pedir isso? Apenas tentar se inscrever?

Sim, para America era sim. Ela não queria fazer parte disso. Mas ela tinha um motivo. Não precisava concorrer ao amor de alguém, muito menos de um príncipe, pois já tinha o seu amor, Aspen. Um Seis.

Entendam, uma Cinco casar com um Seis, não era bem visto. Um Cinco se casar com uma Seis, tudo bem, ele era homem, e cuidaria dela, mais um Seis se casar com uma Cinco, era o mesmo que dizer que não, não daria certo. Na pratica não daria mesmo. Aspen mal conseguia cuidar de sua mãe e de seus 3 irmãos, quem diria de uma esposa e de seus filhos (por algo não comentado, camisinha não existia dos Três ou Quatro para cima). Mais America não queria saber, seu amor era maior que tudo, e ela acreditava que daria certo. Era questão de acreditar.

Assim como ela, as irmãs de Aspen também foram convidadas a participar, o que as deixou loucamente feliz. Aspen então, pede á America que aceite se inscrever, pois ele não conseguiria viver pensando que ela teria deixado de lado uma chance de ouro. Não que ela seria escolhida, mais o simples fato de preencher o formulário e enviar já o tranquilizava. Pedido esse que se intensificou quando sua mãe propôs que em troca da inscrição, America poderia ficar com metade de tudo que ganhasse em seus trabalhos.

Ela então aceita o trato – na verdade já ia aceitar mesmo, concedendo assim ao pedido de Aspen. Guardando o dinheiro que sobrava dos trabalhos, na esperança de que Aspen a pedisse em casamento. No dia que foi enviar o formulário da Seleção, America e sua Mãe acabaram se encontrando com a mãe de Aspen e suas duas irmãs, que lhe disseram que Aspen além de parecer muito feliz, de uns tempos para cá, estava também guardando dinheiro, talvez para pedir uma dama em casamento em breve. America então não conseguiu parar de sorrir. Nem mesmo ao entrar na cabine, para tirar a foto do formulário.

De volta para casa, America fez bastante comida no jantar, fazendo com que assim sobrasse um pouco, para que nessa noite, pudesse agradar Aspen, na esperança de ser pedida em casamento logo, mais o que acontece é totalmente o contrario, ele fica chateado, por estar sendo alimentado, e não por estar alimentando America. Ele fica nervoso, pois esse papel é do homem, sustentar a companheira é um dever do homem, não da mulher. E então fica claro que não daria certo. Ele nunca conseguiria sustentar America se casassem. Ela sofreria, passaria fome e ele sofreria mais ainda com tudo isso. E decide então terminar com tudo.

Com isso America fica sem chão, e acaba ficando mais sem chão ainda quando, ao assistir o Jornal de Illéa, descobre que sim, estava entre as 35 garotas escolhidas para a Seleção!

“Alguns simplesmente viram a menina bonita na capa e decidiram comprar o livro. Não importa como ou quando você me encontrou, obrigada por ter lido A Seleção.”

Não consigo descrever a rapidez com que li o livro. A história é envolvente ao ponto de obrigar você a ler no mínimo 100 paginas por dia. O que limita sua leitura a demorar 3 dias. E foi isso que aconteceu comigo. Confesso que assim como a autora diz no fim do livro, que alguns compraram o livro apenas pela linda – maravilhosa e perfeita – capa, isso também aconteceu comigo. Um amigo me indicou também, mais no fim, o que me motivou realmente foi a capa bonita dos dois – sim evejosa, se corta, tenho os dois!!!. No inicio de toda história a gente fica perdido com o novo mundo á nossa frente (coisa que admiro demais nos autores, criam mundos novos, com detalhes maravilhosos como se fosse magia. Mais não é magia, e sim um dom, parabéns á vocês!). Me vi em um país cheio de regras (e com uma vontade de reescrever a história fazendo Meri quebrar todas elas), na beira do caos, onde a maioria da população não favorecida passa fome e sofre muito, apenas para poder dizer que vive. Tudo isso, todas essas classificações, somente e apenas por causa dos seus antepassados e de suas contribuições para o governo na época. É estranho, mais você em certo ponto acaba assimilando e absorvendo tudo. Quando sente algo errado já pensa, “Hum, isso não é certo!”.

Achava que não mudaria de opinião a respeito de Aspen, independente do resultado. Mais depois que ele termina com Meri, e ela logo em seguida descobre que Maxon ultrapassava todas as suas expectativas e julgamentos, me vi torcendo pelo #TeamMaxon.

O que penso é o seguinte, se Aspen não tivesse sido convocado a servir, ele não teria corrido atrás de Meri de novo, pois ainda seria um Seis. Mais como foi recrutado, e acabou se vendo cara a cara com Meri no palácio, decidiu dar uma nova chance, afinal, quem serve o pais, vira logo de cara um Um.

E ai está uma coisa que eu achei incrível. O preconceito. Uma monarquia, dividida em Castas, onde as pessoas se subjulgam e desprezam um semelhante, por que, ao que diz as regras do país são inferiores. Oh Gosh, tão século vinte e um isso! E o pior, esse livro se passa depois da 3ª guerra mundial, ou seja, mais para frente meus queridos! Aguardem, e contribuam com o governo! SQN!!!

Maxon sobe ás minhas expectativas quando mostra quem ele realmente é. Um cara rico e famoso, que nunca beijou uma garota – pois nunca teve tempo para isso com os ataques rebeldes e os problemas do país, ele seria o herdeiro assim que seu pai morresse, e teria que saber lidar com tudo isso quando precisasse! - e que se sente tão sem jeito no meio daquelas garotas quando Meri no meio de tudo aquilo. Realmente a maioria lá só estava interessada na “coroa” e não no “príncipe”. Mais Meri não, o que mais interessava naquilo tudo para ela era a comida boa e os cheques que estavam sendo enviados á sua familia. Sem dizer que ela não queria voltar para sua cidade e ver Aspen depois de tudo. Mais Maxon acaba meio que encantando ela. Essa história de amigos, e de “mexer a orelha” só deu mais motivos para Meri se apaixonar ainda mais por ele.

O desenrolar é esplendidamente maravilhoso. Te intriga, faz você rir, tem uma linguagem bem fácil, bem simples. Acho que realmente não tem como não se afeiçoar pela história. Tem um pouco de tudo, Romance, comedia e até mesmo ação. Os ataques dos rebeldes talvez tenham sido as partes mais emocionantes.

“- Norte ou sul?

- Lembra-se do dia da foto? – Ele sussurrou.

Em choque, respondi que sim. Aqueles rebeldes que avançavam por noroeste, queimando plantações e massacrando pessoas pelo caminho. ‘Veja se conseguimos interceptá-los’ Maxon tinha dito. [...] Eram Sulistas.”

Os rebeldes do norte eram mais avulsos, desorganizados. Os do Sul eram barra pesada, organizados e sempre tinha mortes envolvidas. Meri sabia dessas coisa, pois Maxon conversava sobre isso com ela. Um ponto a mais para ela, pois uma rainha tinha que se interar de tudo. Ao que Maxon comentou, eles pareciam procurar algo. No início achei que fosse uma das criadas, que pudesse ter sido sequestrada há tempos, mais não tem nada ver, o que eles querem ainda é um mistério. Outra coisa que também ficou no ar foi, por que Celeste é tão, mais tão vadia assim? E se Marlee não sentia nada por Maxon pra que continuar?

Venho lendo muitos livros da Editora Seguinte, e tenho me apaixonado muito pelo estilo de literatura que eles propagam. São histórias tão boas, que me fazem querer chorar - quem leu o livro vai entender! :) - gritar, me esguelar. Curto esse estilo mais Teen, que nesse livro é mais sobre a vaidade, garotas copiando umas ás outras, intrigas, paixão, regras sendo quebradas, isso me encanta demais. Acho que são livros assim que me fazem esquecer um pouco as coisas, e é por isso que leio.

Espero que  curtam esse levro assim como eu.

#PartiuTheElite

Se não me engano, Meria agora é uma Um não?! - URUUUHH!