Resenha - Exilada

Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Exilada

Autor: Rebecca Lim

Editora: Fundamento

Ano: 2003

ISBN: 9788539505456

Skoob: Livro

Sinopse: "E se você acordasse sem saber quem é, de onde veio ou por que está ali? Assim é a vida de Mercy - ela simplesmente muda de "corpo" do dia para a noite sem nenhuma explicação ou lembrança que a ajude a se situar. E o pouco que ela consegue recordar é que foi exilada de sua existência real, de flashes do passado da vida das garotas em cujo corpo acordou e de Luc, seu amado, que ela só vê em sonhos e parece ser o único que sabe quem Mercy realmente é. Desta vez, quando ela acorda no corpo de Lela, sua rotina simples está dividida entre cuidar da mãe doente e trabalhar como garçonete em um café. Facilmente, Mercy se adapta a essa nova vida. Mas Luc tem um plano para resgatá-la. E esse plano envolve encontrar Ryan, o mortal que se apaixonou por Mercy quando ela estava no corpo de Carmen. Mas entrar em contato com Ryan desperta Mercy para sua verdadeira natureza e seus verdadeiros sentimentos e mais dúvidas e conflitos surgem. Para piorar, os Oito - os responsáveis pelo exílio de Mercy - pairam por perto determinados a garantir que ela e Luc fiquem separados para todo o sempre. Por quê? E agora? Será que Mercy descobrirá o que realmente aconteceu com ela? E Luc poderá ajudá-la? Ou será Ryan o salvador dela? Nesta continuação de Mercy, mistério, revelações chocantes e um romance envolvente vão surpreender todos. Exilada vai prender a sua atenção da primeira até a última "

***

"- Por que está aqui? [...] Por que agora? Você está muitos milênios atrasado, meu amigo. Não preciso mais da sua 'ajuda'. Posso ter precisado um dia, mais não agora!"

As luzes se apagam e Mercy se vê novamente em seus sonhos. Luc, sempre ali, á sua espera, dessa vez faz um pedido. Ela deve encontrar Ryan, para que assim Luc pudesse encontrar e a Libertar desse Exílio onde ela se encontra.

Agora ela é Lela. Uma ex-universitária de 19 anos que mora na Austrália. Agora ao invés de cantar a primeira parte da oitava sinfonia de Mahler em Mi Bemol Maior no corpo de Carmen ela trabalha no Lanterna Verde, servindo café e lanches, do outro lado do mundo, bem longe da longínqua e apocalíptica Paraíso. Mercy agora lida com uma “mãe” em fase terminal, que sofre de câncer, o que dificulta sua fuga do lugar, pois, como ela vai largar uma mulher como a Sr. Neill? Mais ainda assim, ela sabe que,se ela um dia quiser se libertar de tudo isso, de todas essas passagens de corpo a corpo durantes anos e mais anos, ela deve fazer o que Luc diz. Voltar á Paraíso, se encontrar com Ryan e esperar que Luc apareça e a leve para casa. Mas Azraeil tocou Lela, assim como havia tocado a Sr. Neill, e os planos agora mudaram um pouco, ou pelo menos vão mudar mais para a frente.

"- A primeira opção seria bem menos negativa... "Clemência"  ou o grito dos condenados desesperados? Por que escolher esta e não aquela? Mercy."

Esse livro me deixou nervoso. Eu meio que não curto muito esses cenários com muito sol, muito calor, cidades desertas e mortas, sem movimento, sem vida. Acho que foi isso que me deixou meio chateado com o livro. Em “Mercy” também foi assim, mais, nele Rebecca falou bastante do local, eu consegui imaginar um cidade deserta, morta, feia, mais ainda assim aconchegante. Nesse não, eu meio que imaginei uma Nova Iorque em meio ao deserto com muito sol e pó por todo lado! Sem falar na personagem principal que até então não tinha objetivo e morava numa casa cheia de pó. Me dá uma coisa estranha quando eu vejo, ou leio os personagens dizendo, ou mostrando o quão perdidos são. Parece que é com a gente!

Eu curto muito o jeito que a autora fala das coisas. O toque meio “espírita” que ela comenta os sentimentos, as sensações, os pensamentos. Acho que o grande ponto forte da autora seja isso, a forma intensa de comentar algo. Lógico, Mercy é um personagem e tanto. O desenvolver das suas lembranças pelas paginas é demais. Tirando uma coisa. Durante esse livro, Mercy vai relembrando as coisas, os nomes, um pouco da sua história, e eu achei isso meio “mal contado”, no momento em que a autora deveria explicar o porquê aquilo aconteceu, o como da coisa, ela não fez. Num momento ela nunca te viu, no outro está dizendo suas características físicas, mentais, costumes, comida preferida, itinerário e musica que mudou sua vida. Ficou meio confuso esses flash-back’s de lembranças esquecidas.

E eu tenho que dividir algo com vocês. Talvez eu não tenha visto muitas características dos outros personagens ou não tenha prestado a atenção direito, e com  exceção do Sr. Dymovsky, eu meio que fiquei com a imagem dos personagens do True Blood na cabeça quando a Cecilia, o Sulaimen, a Justine e a Reggie apareciam. Kkkk’

Vocês sabem de quem eu to falando não é? Não vou saber dizer ao certo os nomes deles aqui, então me desculpem se eu errar, mais eu imaginava a Tara, o Lafayette e aquela outra loira, que trabalha no Bar e fica se catando com o cara de barba... Então, sempre que eles apareciam eu imaginava eles como personagens!

Eu li o livro relativamente rápido. Ok, o livro tem 200 páginas apenas, li ele em dois dias. Mais confesso, Mercy sem duvida me cativou mais, me chamou mais a atenção. Exilada foi meio morno, não tão ruim, mais também nada de espetacular.

Eu imaginei que Ryan ganharia um papel maior, que apareceria mais, e no fim ele quase não apareceu, e eu fiquei sem saber se a Mercy estava realmente amando ele, ou se só queria rever Luc. O que também me fez imaginar... Tipo, ela pula de um corpo para outro, quando acaba a sua missão e ela se hospeda em outra garota, se ela fugisse realmente com Ryan, os Oito poderiam muito bem estralar os dedos, e mandar ela para outra menina do outro lado do mundo, não? Entendi mais ou menos o que Luc fazia, ou o que ele fazia com Mercy, mais esse também é outro tópico que eu acho que deveria ser melhorado no próximo livro...

Falando em próximo livro, quando comprei o primeiro, na orelha, já estava a capa do segundo volume, mais nesse não, não tem capa nenhuma, eu só espero que não demore muito, porque quero ver o fim dessa história! 

Acho que a autora não foi muito feliz na trama. Tipo, do nada o povo começa a atirar e a fazer reféns na lanchonete. Tudo bem que o fim, do livro todo a parte mais legal, e não só porque acaba não, mais ainda assim, esperava um pouco mais.

O jeito mesmo é esperar o próximo né! O que eu posso indicar é, leiam o Mercy, que é muito bom mesmo. E se mesmo depois de tantos Spoilers e reclamações minhas, você ainda quiser dar uma bizoiada na continuação, vai lá e leia! Vale a pena!