Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Para todos os garotos que já amei"
Autor: Jenny Han
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580577266
Ano: 2015
Páginas: 320
Skoob: Livro
Estrelas: XXX
Sinopse: "Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos.
Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar".
***
É com muito prazer, e com
lágrimas nos olhos, que anuncio que essa semana teremos Jenny Han como destaque
na resenha. Eu já estava com muita saudade, e confesso que o último volume de “O
verão que mudou minha vida” me decepcionou um pouco... Mas isso não acontecerá
essa semana!
Para quem não conhece, a
americana Jenny Han é uma escritora de romances “adolescentes” – acho essa
classificação ridícula, já que não sou adolescente e amo os livros dela – nascida
e criada em Richmond, Virginia. Graduada na Universidade da Carolina do Norte
em Chapel Hill, com um mestrado mestrado em escrita criativa na New School, Han,
que atualmente vive em Brooklyn , Nova Iorque, ficou conhecida mundialmente
pelo triangulo amoroso mais FDP de todos os tempos. Canrad, Jeremiah e Belly,
em “O versão que mudou minha vida”, uma trilogia que arrematou muitos corações
pelo mundo todo. Logo depois disso veio sua parceria com Siobhan Vivian, na
trilogia – à lá “Carrie, a estranha” – “Olho por olho”. Esta semana, eu li seu
mais novo lançamento. “Para todos os garotos que amei”, e é com lagrimas nos
olhos que eu grito: “JENNY HAN ESTÁ DE VOLTA NO MEU CORAÇÃO!”.
“Abraço o pescoço dele. Gosto do
vheiro do cloro em sua pele. Peter está com cheiro de piscina, verão e férias.
Não é como nos filmes. É muito melhor, porque é real”.
As irmãs Song sempre foram
inseparáveis – pelo menos depois da morte de sua mãe -, mas chega uma hora em
que tudo tem que mudar. Margot, a mais velha das três, agora vai para a
faculdade... Na Escócia. Lara Jean e Kitty – apenas para os íntimos, para você
que não leu o livro ainda é Katherine, obrigado – vão ter que aprender a se
virar em casa com seu pai, um médico que trabalha mais do que devia. Tudo
parece tranquilo, no início. Margot não está mais em casa para fazer nada, mas
deixou no caderninho tudo que precisa se saber, desde quanto pó e água se
coloca na cafeteira até mesmo os dias em que Kitty tem passeio.
Mas tudo se torna um caos,
quando, num lindo dia de – não sei qual estação elas estavam, por ser volta ás
aulas deve ser Verão ainda – verão, Lara Jean é parada na aula de Educação Física
por Peter – um típico garoto bonito daqueles filmes de Hollywood, sabe, o mais
bonito de todos? -, ele está com uma carta na mão... Coração parando em 3, 2
1... Basicamente, para não estragar a sua experiência, Peter, numa forma de
esclarecer meio que para si mesmo, diz que não, ele não come sempre a última
fatia da pizza sem perguntar se alguém quer, e não, ele não tem herpes.
E essa é a hora que você
me pergunta: Rafael, que merda é essa? Porque ele falaria isso para ela?
Lara Jean, gosta de
preservar coisas. Não coisas importantes como a natureza, as baleias e até
mesmo pessoas. Lara Jean gosta de preservar coisas bobas. Papéis de bala,
bilhetes, porcelana, fitas, unicórnios de cristal e cartas. Ela guarda em sua
caixa de chapéu azul-petróleo as cartas que escreveu para todos os garotos que
amou. Foram cinco até então. As cartas são como exorcismos para ela. Ela as
escreve para deixar de amar o garoto, ela passa horas escrevendo tudo o que
sente, chorando e no final ela lacra, endereça e guarda na caixa. Até que
alguém decide enviá-las... E Peter é o primeiro a receber.
Ela corre para casa, pois
quer ter certeza que apenas uma carta foi enviada – o que seria impossível,
mas, sejamos otimistas né! -, pois se todas foram enviadas, a coisa vai ficar
feia! Quando Lara Jean abre seu armário e vê que a caixa que sua mãe lhe deu
antes de morrer havia sumido, o pânico a corrói. Se Peter recebeu uma, Josh
também vai receber!
Josh, nada mais é que o
vizinho da frente, ex namorado de Margot – que terminou com ele antes de ir
para a Escócia - e primeiro amor de sua
vida. Lara Jean gostou dele no final do nono ano, antes mesmo de Margot se
interessar por ele, mas quando sua irmã disse que Josh a pediu em namoro, ela
resolveu escrever uma carta, exorcizar aquele amor, e esquecer, pelo bem geral
da nação.
Esse era o fim de Lara
Jean? Sim, pois Josh a procura para falar sobre isso – depois de várias
tentativas ele consegue encontrar ela no corredor da escola – e ela decide
improvisar. Diz que aquilo é passado – nós sabemos que não é -, diz que já está
namorando e corre para os braços de seu namorado... (SPOILER) Peter. E desta
forma, a trama mais incrível que eu já li está feita. Jenny, eu te amo!
“Se o amor é como uma possessão,
talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos
deveriam”.
Ás vezes eu acho que
exagero demais ao elogiar um livro, mas, esse livro é tão incrível, tão intenso
e maravilhoso. Sabe? Eu realmente me apaixonei pela Laranjinha – diga o nome
Lara Jean rápido, várias vezes sem parar, parece Laranjinha – durante o livro
ela se contradiz, os sentimentos dela se contradizem. Ela não amava mais o
Josh, mas ele a beija e ela volta a sentir aquilo de novo. Mas ela não pode,
por conta de Margot. Ela sabe que Josh ainda ama Margot, e ela não tem esse
direito. Só que daí tem o Peter Kavinsky, alguém que não faz nem um pouco o
estilo dela, mas com o namoro (SPOILER) fake, ela passa a ver uma parte dele
que ela nunca viu. E ela se apaixona por ele, mesmo sem poder. Pois ele está
apenas fingindo namorar com ela para criar ciúmes na Gen, sua ex namorada que o
largou por um cara da faculdade. Laranjinha só aceitou isso para fazer com que
Josh esquecesse essa história das cartas... Mas não está dando tão certo, pois
ele está ficando com ciúmes...
Eu amei o andamento desse
livro. Eu li ele tão rápido que hoje me arrependo. O próximo nem tem previsão
de lançamento. Me senti muito próximo da Laranjinha, porque eu tenho essas
manias também, de guardar tranqueira. Sabe, são lembranças. Ainda mais com esse
site que a Editora Intrínseca fez, em que você pode fazer uma carta para
alguém, e deixar online para todos verem. Fiz a minha e imprimi, e já guardei
também.
Já falei demais. A escrita
é divina, muito engraçada, estou em uma relação de amor e ódio com a Kitty, e
você também estarão. Achei apenas que aquele suspense de “Quem mandou as cartas”
não foi tão “suspense assim”, eu descobri assim que ela falou que a caixa
sumiu. Mas no fim, o foco nem era esse, o foco do livro em sí é mostrar o
amadurecimento sentimental de Laranjinha, não só o dela, mas o de Peter, de
Josh e Kitty também.
As cartas são apenas um “start”
para algo maior. E eu não vejo a hora de chegar esse algo maior!
Obs.: O pingente de
coração não estava mais na loja. Eu tenho certeza que ou o Peter ou o Josh
compraram para ela. Jenny Han, do jeito que é, não ia retomar esse assunto no
final do livro se algo não fosse acontecer. Então sim, tenho certeza que esse
pingente de coração vai voltar!
21/50 - Leia minha Carta de Adeus *-*