Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "A Rainha Vermelha"
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765695
Ano: 2015
Páginas: 424
Skoob: Livro
Estrelas: Não existem estrelas o suficiente para classificá-lo.
Sinopse: "O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração".
***
“A eletricidade, os prateados e os berros se misturam na minha cabeça enquanto assisto a verdes, lépidas, forçadoras, telecs e aparentemente uma centena de outros tipos de prateadas exibirem-se sob o escudo. Coisas que nunca sonhei serem possíveis acontecem diante dos meus olhos: garotas que transformam a própria pele em pedra ou soltam gritos capazes de esfacelar muralhas de vidro. Os prateados são maiores e mais fortes do que temia; têm poderes que nem sabia que existiam. Como podem ser de verdade?”.
Esta semana eu trago
para vocês um dos livros mais incríveis e maravilhosos que eu já li. Para a
loucura de muitos, essa semana o livro será “A Rainha Vermelha” da aclamada e
idolatrada Victoria Aveyard. Para quem não conhece a autora, ela divide um pouco
do seu tempo entre sua cidade natal, East Longmeadow, e as cidades de
Massachusetts e Los Angeles. Após graduar-se em Screenwriting da Universidade
do Sul da Califórnia , Victoria decidiu testar seus dotes literários e escrever
um romance. “A Rainha Vermelha” saiu depois de um longo ano sem emprego – logo
após acabar a faculdade. Hoje, nossa nova amada está revisando o segundo livro
da série, junto com outros muitos projetos literários e também projetos para o
cinema. Entre suas maiores vontades está: Montar um cavalo nas montanhas de
Montana e navegar de Londres a Edimburgo sem GPS... Mas vamos ao que interessa?
“Esta é a verdadeira distinção entre prateados e vermelhos: a cor do sangue. Esta única diferença os torna mais fortes, mais inteligentes e melhores que nós".
Esta é uma daquelas
resenhas que realmente não vão condizer nem com 30% da história. Mas eu
acredito que vale a pena tentar, pois a história é maravilhosamente rica.
O mundo agora é divido
por sangue. Depois de muitas guerras e batalhas o mundo que conhecemos morreu
para dar lugar a um mundo onde o seu sangue define quem você é.
Se o seu sangue for
vermelho, você não passa de um escravo, fadado a trabalhar para o rei, viver em
uma vila pobre qualquer, onde tudo é enlamaçado, escasso e triste. Homens e mulheres
Vermelhos são obrigados a servir o exército assim que completam 18 anos e a
maioria não volta... E se volta, já não é como antes. O pai de Mare Barrow
voltou da guerra sem um pulmão e em uma cadeira de rodas. Graças ao mercado
negro hoje ele respira com um pulmão metálico, um aparato que faz com que sua
vida seja um pouco mais longa.
Agora, se seu sangue for
Azul, parabéns. Sua vida será cheia de regalias, riqueza e poderes. Os Azuis,
chamados de Prateados, são os nobres, a nobreza da sociedade. Além de terem à
sua disposição uma vida tranquila e sem grandes problemas, também são tratados
como deuses. Anjos caídos com poderes, é assim que são conhecidos. Cada um dos
conhecidos como Prateados pertencem a uma Casa diferente. Cada Casa possui um
poder diferente e único. Controlar o verde – as árvores, flores, plantas -,
metais, água, fogo, terra, controlar mentes,
luz, o tempo, eles também possuem o dom da força, de curar a si ou aos outros...
São verdadeiros heróis com superpoderes. Mas heróis salvam vidas. Os Prateados
não. Eles sacrificam os Vermelhos para manter sua vida nobre do jeito que é.
Há séculos uma guerra,
que parece nunca acabar, assola a população. Uma guerra sem sentido, por poder
e território. Vermelhos e mais Vermelhos são levados aos campos de batalha para
“servir ao seu Rei” e acabam morrendo... E ainda assim nada acontece. Ninguém
ganha e ninguém perde.
Mare sabe que vai
servir. Ela tem consciência disso. Não é boa na escola e não é aprendiz de
ninguém, como sua irmã mais nova, Gisa, é. Mare, aparentemente, não tem nenhum
dom como sua irmã, que faz lindos bordados para os Prateados usarem, então só
lhe resta servir ao Rei, como seus outros três irmãos mais velhos fazem. Graças
a deus nenhum dele morreu, ainda. No topo de sua casa uma bandeira mostra que
dali, de sua casa, três filhos foram para a guerra – simbolizado por três
estrelas – e ainda permanecem nela – já que não há nenhuma faixa preta por
entre as estrelas, o que indica a morte.
Mare só sabe fazer uma
coisa: Roubar. Ela rouba moedas, relógios, cartões de energia, joias e tudo
mais que suas mãos leves podem pegar. Ela e seu melhor amigo, Kilorn, são
assim, mãos leves. Kilorn é sortudo em certo ponto. Por não ter nenhuma
família, foi criado por um pescador e por isso aprende essa tarefa, e não
precisará servir, mas tudo rui quando seu instrutor morre, repentinamente, e
ele se dá conta de que o aprendizado ainda não havia sido concluído e seu
futuro não teria como ser outro a não ser um soldado do Rei.
Mare faz de tudo para
ajudar seu amigo, mas não há muitas escapatórias. Fugir disso acarretaria em
morte para ambos, por deserção. Pensando melhor nas coisas e na sua vontade de
ajudar seu amigo, Mare se lembra de uma coisa: o contrabando. Eles seriam
contrabandeados. Sua ausência não seria nada para sua família, Gisa, tem um
oficio, vai abrir sua loja em breve e irá empregar todos, e tudo melhorará. Mas
Kilorn não tem ninguém, ele precisa dela.
Ela se encontra com
Will, um senhor que sempre compra seus produtos roubados, e pede a ajuda dele
para isso, para ser contrabandeada pelo mercado negro em segurança. Will até
nega no início, mas acaba cedendo e apresenta uma garota chamada Farley, ela
seria a responsável por contrabandear os dois. Só que tudo tem um preço, e o
preço desse contrabando seria duas mil pratas. É muito mais do que ela jamais
terá. É muito dinheiro. Farley ainda por cima, para ajudar, dá um prazo de dois
dias para Mare conseguir o dinheiro.
Mare decide então pedir
ajuda à sua irmã, que trabalha em Summerton, a “Vila de Verão” dos Prateados,
para arrumar o dinheiro necessário. Mare agora roubará dos ricos. Mas nada dá
certo. Além de a garota ficar com medo de todo aquele mundo que não conhecia,
um mundo glamuroso, todo limpo e cheio de riqueza, onde os Prateados, mais frios
do que gelo, vivem confortavelmente, Mare também pega um péssimo dia para se
ser uma Vermelha. Após um atentado à um território Prateado, que deixou muitos
de sangue Azul feridos e que foi confirmado ter sido feito por uma organização
revolucionária de Vermelhos, a coisa fica feia. Todos os Vermelhos de Summerton
provam do ódio e do poder dos Prateados, enfurecidos pelo incidente. Eles
querem respostas e em sua cabeça os Vermelhos ali presentes tinham algo a ver
com o ocorrido noticiado na TV. Na correria e depois de quase ser afogada por
uma Ninfa raivosa, Gisa e Mare correm para fora da Vila de Prateados, mas, no
desespero e na vontade de ajudar Kilorn, Gisa tenta roubar um Prateado... Nada dá
certo, ela é pega e paga por seu ato. Sua mão é quebrada dolorosamente como
lição... Agora nem mesmo Gisa terá um futuro. Suas mãos nunca mais poderão
bordar novamente.
Tudo está perdido, nada
mais vale a pena. Mare não tem o dinheiro para salvar Kilorn, Gisa agora não
pode tricotar e o mundo a sua volta parece cada vez mais cruel e degradante. Os
Prateados vivem no luxo e eles na lama. A garota então decide fazer o que sabe,
ou seja, sair e roubar alguns bêbados pelo caminho. Ela vai até um bar local e
espera na surdina, até um rapaz jovem, de roupas limpas sai la de dentro, meio bêbado.
Essa é a chance... Mare já se prepara para pegar suas moedas sem que ele veja,
mas o rapaz é mais rápido e segura sua mão. Mal sabe Maré que, seu futuro
mudará completamente. Sua vida nunca mais será a mesma. Nem sua vida, nem seu
nome, nem seu futuro. A Menininha
Elétrica vem por ai...
"Todo mundo pode trair todo mundo."
Comprei esse livro sem a
intenção de realmente me entregar à leitura. Mas certa noite, enquanto decidia
qual seria a leitura da semana, decidi pegar e ler a primeira página.
Resultado? Eram duas da manhã e eu ainda estava lendo o dito cujo livro. Me
apaixonei.
É uma mistura muito
louca e bem feita de “A Seleção”, “Divergente” e qualquer outra série que
envolva poderes especiais e nobreza. Victoria nos enlaça em uma narração
deliciosa. Nos deixa com ódio, com o peito acelerado, com medo, literalmente
apaixonados por uma garota que, por um descuido se torna o temor de toda uma
realeza.
Sem querer, durante
certo acontecimento do livro, Mare descobre que ela não é apenas uma Vermelha.
Ela é mais. Ela é Prateada também. Graças a vontade se se mostrar de Evangeline
– aquela vaca leiteira dos infernos -, Mare descobre que é mais forte que todos
ali. O que mais me ganhou nessa história foi isso. Mare não era apenas mais uma
Prateado, que deve ter sido criada por Vermelhos. Não! Ela era Vermelha e
Prateada, seu poder era único, ela não apenas manipulava as coisas como os
outros, ela era sua própria fonte de poder.
As ninfas, por exemplo,
precisavam de água para manipular, elas não faziam aparecer água, Mare não,
Mare fazia nascer eletricidade de seu âmago!
A trama é delirante. O
ponto certo entre drama, fantasia e ação. Chegou uma parte do livro em que eu
não conseguia parar, eu engolia tão rápido as palavras para poder formar logo
uma cena em minha mente que até esquecia de respirar. Esse livro é delirante,
ele vicia demais minha gente.
É uma sucessão louca,
muito louca de acontecimentos. Eu não vou falar nada a respeito da Elara, do
Maven, do Cal, nem mesmo da Guarda Escarlate... Mas acreditem, no final, você
vão querer morrer. Sem falar que o nome do livro é muito propício. Eu iniciei a
leitura esperando que a Mare se tornasse Rainha, vocês vão entender quando lerem,
porém, algo muito melhor acontece. Ela, só para situar, acaba entrando em uma
grande farsa, organizada pelo Rei e pela maldita da Rainha. Todos acabaram
vendo a “Vermelha com poderes” e eles precisavam fazer com que isso não virasse
um escândalo. Daí eles inventam todo um “Era uma vez” e colocam Mare, a
menininha elétrica, para se casar com Maven, o príncipe, filho de Elara,
enquanto Cal, o outro príncipe, seria o Rei em breve - mas não é filho de
Elara, e sim da antiga Rainha que se “matou”.
Só com esse gostinho vocês
já conseguem sentir a minha necessidade de uma continuação, que só vai rolar em
Janeiro. Por favor, leiam e me digam o que acharam. Uma trama digna de um filme
incrível e de uma sequência maravilhosa. Gente, eu estou apaixonado! Nem sei
mais o que dizer, por isso vou parar por aqui!
31/50