Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "A Luva de Cobre"
Autor: Holly Black e Cassandra Clare
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501105806
Ano: 2015
Páginas: 304
Skoob: Livro
Estrelas: 5
Sinopse: "Nesta fantasia urbana, um universo de magia coexiste com nosso mundo.
Um universo repleto de intrigas, onde crianças aprimoram seus poderes em uma escola de magia chamada Magisterium, com Mestres que temem a volta do mago mais poderoso, e ambicioso, de todos os tempos, o Inimigo da Morte. Nesse volume, o aprendiz de mago Callum Hunt precisa encontrar uma antiga arma mágica roubada do Magisterium. A luva de cobre é capaz de arrancar a magia de uma pessoa e destruí-la completamente. Ao mesmo tempo, ele tem de decidir se conta aos amigos que, dentro dele, vive a alma do Inimigo da Morte, apenas à espera do momento perfeito para retomar sua escalada pelo poder".
***
“- Quero dizer, se não funcionar, então, como dizem, “se você ama alguém,
liberte-o, não prenda no subterrâneo ou em uma caverna”.
Dando continuidade a resenha da semana passada, que
tal irmos direto para o segundo volume de Magisterium? Pois bem, mas antes,
vamos conhecer quem escreve essa história. A primeira é a norte-americana Holly
Black. Holly mora em West Long Beach, New Jersey e ficou mundialmente famosa
após escrever a série de livros da série “Crônicas de Spiderwick”. Ela é uma
grande colecionadora de livros raros de folclore. Em seus primeiros anos de
vida ela morou em uma mansão abandonada em estilo vitoriano com sua mãe, que
contava a ela várias histórias de fantasmas e fadas. Seu primeiro livro,
“Tithe: A Modern Faerie Tale”, foi muito bem recebido pela crítica e foi
publicado no outono de 2002. A escritora só viria a ficar famosa um pouco mais
tarde, com o lançamento do livro “As Crônicas de Spiderwick: O Guia de Campo”,
primeiro livro da série Spiderwick. Além disso, holly também é conhecida pela
série “Mestres da Maldição”.
Além dela, o livro é escrito em parceria com uma
autora não muito famosa, a Cassandra Clair... SIM ISSO FOI UMA IRONIA.
Conhecida por escrever a série de livros best-seller “Os Instrumentos Mortais”,
Claire é filha de pais norte-americanos, nascida em Teerã, no Irã. Passou
grande parte de sua infância viajando pelo mundo com sua família. Viveu na
França, Inglaterra e Suíça antes de completar dez anos de idade. Com as
frequentes mudanças de sua família, Clare encontrou familiaridade nos livros e
sempre encontrava-se com um debaixo do braço. Estudou em um colégio de Los
Angeles, onde ela costumava escrever histórias para divertir seus colegas,
incluindo um romance épico chamado "The Beautiful Cassandra", baseado
na história homônimo de Jane Austen. Após a faculdade, Clare começou a
trabalhar em inúmeras revistas de entretenimento e tabloides, incluindo The
Hollywood Reporter. Ela mora atualmente em Amherst, Massachusetts, com seu
marido, Joshua Lewis, e três gatos.
“- Só não mostre a ela quem você é de verdade – disse Call. – Finja que é
uma pessoa que ela pode amar, e ai ela vai amar. Porque, de qualquer jeito, as
pessoas amam quem elas pensam que as outras são”.
De volta para casa nas férias, Call precisa
aprender a lidar com o novo temperamento de seu pai. Alastaire parece ter
ficado mais nervoso com a estadia de Call na escola e isso se agravou ainda
mais com a presença do lobo dominado pelo caos em sua casa. Devastação, mesmo
sendo dócil, ainda era um lobo dominado pelo caos e Alastaire não gostava nem
um pouco disso.
Depois de ir ao cinema com seu pai e deixar
Devastação preso na garagem, Call percebe que de alguma coisa tudo está
voltando ao normal. Seu pai o levou para ver um filme que ele gostava,
envolvendo naves espaciais e explosões. Mas na volta, depois de quase
discutirem por causa do retorno de Call para o Magisterium, o garoto percebe
que Devastação sumiu. Não só sumiu, foi solto. Eles buscam por todo o bairro,
por horas, noite adentro, mas nenhum sinal do lobo.
Depois de desistirem da busca – e também de mais um
briga – Call vai para seu quarto dormir e no meio da noite sente alguma coisa,
escuta algum barulho dentro da casa. Essa sensação vinha de dentro do porão,
onde seu pai guardava as tranqueiras que tinha. Mas ao abrir a porta, Call
constatou que ali não era mais só um depósito, havia se tornado um escritório
para um mago. Em um dos cantos do lugar
tinha uma mesa cheia de anotações, símbolos alquímicos e do outro uma cama, com
correntes – do tamanho de um garoto de 13 anos -, e Devastação, Preso com uma
corrente e uma focinheira.
Quem dera fosse só isso: Na mesa de seu pai, havia
uma infinidade de papéis e desenhos e anotações, tudo sobre uma luva que era
capaz de tirar o caos de dentro de uma pessoa e transferir seu poder. A única
coisa que era necessário para ela dar certo era o coração de um dominado pelo
caos...
Preciso dizer mais alguma coisa?
Charada 1: “O que começa e não tem fim, mas é o fim
de tudo que começa?”.
Charada 2: “Eu o deixo exausto, no entanto você
sofre quando eu vôo. Você vai me matar mas eu nunca vou morrer”.
Charada 3: “Aceite e vai perder ou ganhar mais que
todos os outros. O que é?”.
Se tem uma coisa que essa duas autoras conseguiram
nesse volume, sem duvida foi acertar. Elas acertaram em exatamente tudo. Desde
a trama até o clímax. Ao contrario do primeiro volume, este já começa tenso,
com Call fugindo de casa, seu pai tentando capturá-lo e a descoberta de que
alguém tentou invadir o Magisterium. Este livro tem um timing perfeito. As
coisas acontecem rápidas, sem nenhum tipo de enrolação.
Quando nos damos conta, a luva de cobre já foi
roubada, todos sabem dos planos de seu pai por conta de Tâmara que não soube
manter sua boca fechada, o Magisterium já esta na cola dele e os quatro já
estão saindo da escola para dar um jeito em toda essa situação... Sim eu disse
os quatro. Jasper acaba encontrando eles na saída da escola e eles acabam tendo
que elvá-lo junto.
De forma bem rápida e cheia de novas personagens
entrando em cena, as autoras conseguem de uma forma espetacular prender a
atenção dos seus leitores. Desta vez, fora da segurança do colégio, os quatro
viajam juntos a procura de algum sinal do pai de Call, encontrando no caminha
não só pistas, como obstáculos também. Quem diria que o Magisterium queria eles
mortos? Pois é.
Mas na minha opinião, o melhor do livro todo ficou
para o final. A forma como todos os conflitos feitos durando o decorrer do
livro foram resolvidos com apenas uma ação foi boa e bem pensada, isso sem
falar que, com o final de uma trama, outra logo apareceu, para dar continuidade
na história. Tudo isso junto ao enredo principal, ou seja, Call ser o Inimigo
da Morte.
Além de toda a trama bem intricada e resolvida,
amei também a forma como a amizade de todos é posta em jogo. Se eu fosse o Call
e Tâmara tivesse feito tudo o que fez, eu não olharia mais na cara dela. Mas,
se ela não tivesse feito nada, não haveria história, e isso é importante. Sem
falar em Aaron, que eu ainda não entendi muito bem qual é a dele. Sempre muito
educado, mas com zero de personalidade. Parece sempre estar em cima de um muro.
Ainda mais quando Call começa a controlar os dominados pelo caos e a ouvi-los.
Aaron parece outra pessoa, enquanto Tâmara, por sua vez, parece ser a mais
“apaziguadora” da situação enquanto Jasper surta e é indelicado como sempre
Acho que, se você leu, e curtiu o primeiro volume,
esse vai te deixar ainda mais apaixonado. Vai dar algumas pulgas na orelha e
alguns questionamentos, e ao final você vai ficar tipo: Cadê o próximo volume,
meudeusdocéu!
Acho válida a leitura, e se você ainda não leu, por
favor, leia.
23/55