31 de outubro de 2016

Resenha - Cidade dos Etéreos

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Cidade dos Etérios"
Autor: Ransom Riggs
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580578904
Ano: 2016
Páginas: 384
Skoob: Livro
Estrelas: 5

Sinopse: "Cidade dos Etéreos dá sequência ao celebrado O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, em que o jovem Jacob Portman, para descobrir a verdade sobre a morte do avô, segue pistas que o levam a um antigo lar para crianças em uma ilha galesa. O orfanato abriga crianças com dons sobrenaturais, protegidas graças à poderosa magia da diretora, a srta. Peregrine.
     Neste segundo livro, o grupo de peculiares precisa deter um exército de monstros terríveis, e a srta. Peregrine, única pessoa que pode ajudá-los, está presa no corpo de uma ave. Jacob e seus novos amigos partem rumo a Londres, cidade onde os peculiares se concentram. Eles têm a esperança de, lá, encontrar uma cura para a amada srta. Peregrine, mas, na cidade devastada pela guerra, surpresas ameaçadoras estão à espreita em cada esquina. E, além de levar as crianças a um lugar seguro, Jacob terá que tomar uma decisão importante quanto a seu amor por Emma, uma das peculiares.
     Telecinesia e viagens no tempo, ciganos e atrações de circo, malignos seres invisíveis e um desfile de animais inusitados, além de uma inédita coleção de fotografias de época — tudo isso se combina para fazer de Cidade dos etéreos uma história de fantasia comovente, uma experiência de leitura única e impactante".

***

Sobre o autor
Ransom Riggs nasceu em Maryland , em 1980, em uma fazenda de 200 anos de idade, e cresceu na Flórida. Ele estudou literatura Inglês no Kenyon College e estudou cinema na Universidade da Califórnia do Sul .
Seu trabalho em curtas-metragens para a Internet e blogs para Floss Mental arranjou-lhe um emprego escrevendo “The Sherlock Holmes Handbook”, que foi lançado como um tie-in para 2009 Sherlock Holmes filme.
Riggs tinha recolhido curiosas fotografias vernaculares – antigas, velhas - e se aproximou de seu editor, Quirk Books, para falar sobre a possibilidade do uso de alguns delas em um livro de imagens . Por sugestão de um editor, Riggs usou as fotografias como um guia para assim montar uma narrativa. O livro resultante foi Início da série “O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares” que rapidamente entrou para a lista do New York Times Best Seller.

“- Esme não consegue... fazer nada? – perguntei.
- Eu sei contar até cem de trás para a frente com voz de pato – gabou-se Esme, entre uma fungada e outra, e logo começou a demonstração, grasnando: - Cem, noventa e nove, noventa e oito...” – Pág. 258 e 259.

Sobre o livro
Agora, depois do ataque e da quase captura da Srta. Peregrine, os pequenos peculiares, que até então nunca haviam saído daquela ilha perdida no mundo e no passado, vão precisar desbravar o mar e sumir daquele lugar em busca de ajuda. Como se não bastasse o ataque e a captura de mais uma ymbryne, os acólitos haviam conseguido, de alguma forma travar a Srta. P em sua forma de ave de rapina. Ela não conseguia mais se transformar em humana.
Juntos, eles atravessam o mar que separa a ilha do continente e aos trancos e barrancos, graças ao livro dos Contos Peculiares, encontram mais uma fenda do tempo – fenda essa pertencente a Srta. Wren. Mas as esperanças logo se esvaem quando os peculiares descobrem que o tempo era curto e que a Srta. P só tem mais dois ou três dias. Depois disso sua parte animal tomará conta e ela nunca mais poderá se transformar de novo, estacando em forma de um falcão para sempre. A única que pode ajuda-la com isso é outra ymbryne e a única que ainda não foi capturada pelos acólitos é  exatamente a Srta. Wren – que foi vista pela última vez em Londres, enquanto tentava salvar outros peculiares.
É a partir dai que as coisas começam a acontecer na vida das crianças peculiares. Em meio a uma guerra mundial, 1940, eles ainda terão que sobreviver a mais uma guerra: A guerra do mundo Peculiar, que corre, a cada dia que passa, mais perigo de se extinguir.

“ – Eft kaa vangan soorken, eft ka vangan soorken, malaaya...
- É a língua do antigos peculiares – sussurrou Millard. – “Volte para casa, volte para casa... Lembre-se de quem você é”... Algo assim” – Pág. 305.

Sobre o que esperar
Esse é o tipo de história que anda em uma linha tênue entre o primeiro e o segundo volume. Linha essa que pode pender para o lado do “Hum, ficou meio ruim esse enredo, hein” e para o lado do “Gente, que que é isso? Meu deus, preciso ler mais”.
Obviamente, a segunda opção é a certa. Ao contrario da maioria das histórias em que lemos, tudo é muito neutro e calmo do começo até o meio – ás vezes até o inicio do final -, mas preparem seus corações para esse volume. Ransom Riggs transforma cada capítulo em uma aventura a parte. Cada fase, cada capítulo, tem sua adrenalina a parte, que quando junta ao resto do enredo como um todo, faz com que essa seja uma das histórias mais contagiantes que alguém posso decidir por ler.
A escrita é ainda mais gostosa e corrida que a do primeiro volume. Em Cidade dos Etéreos, Riggs apresenta ao seu leitor um mundo peculiar muito maior do que nós acreditávamos existir. E isso é uma das coisas incríveis que o autor acertou em cheio. O enredo tinha tudo para sair um pouco do trilho, ficar perdido e confuso, mas Riggs não perdeu em momento algum o fio da meada. Introduziu novos personagens, novos ambientes, mostrou novas facetas do mundo peculiar – como animais peculiares, contos de fadas peculiares que são pistas e também crianças peculiares que saem completamente do caminho que a maioria decide por tomar.
Embarcamos em uma corrida contra o tempo – o livro todo acontece em coisa de três dias. Emma, Horace, Enoch, Olive, Hugh, Millard, Bronwyn e claro, Jacob, rodam uma boa parte da Europa dos anos 1940, sobre bombas e perseguições, em busca de ajuda para a sua diretora.
Eu achei que realmente, em certo ponto, eu me perderia. Eles estão em uma fenda do tempo, dai entram na fenda dos animais peculiares, e saem, voltando para a fenda deles. Depois encontram mais uma fenda, onde encontram a pomba peculiar que pode os levar até a ymbryne Wren. Eles saem dessa fenda – adicionando mais 3 peculiares ao grupo – e voltam para a fenda original. Depois disso a pomba os levam até a ultima fenda, onde a Srta. Wren tecnicamente está – lé em meados de 1800 – e por fim, saindo dessa fenda eles voltam para os dias atuais... SPOILER desculpa, contei um pedacinho.
Mas eu realmente não me perdi, entendi certinho como elas acontecem e até me surpreendi com coisas obvias como: Eles estão no passado, em 1940, por exemplo. Não importa o que eles façam ou quem eles salvem. A pessoa já estará morta no tempo original do mundo. É bem louco pensar assim. Deram até o exemplo do Hitler. Não adiantaria mata-lo enquanto ainda bebê, pois o tempo daria um jeito de fazer com que tudo que deveria acontecer, acontecesse.
É incrível que o autor tenha pensado em tudo isso e criado esse mundo parelelo ao nosso. Confesso que peguei a essência do terceiro livro já no inicio desse volume, e nem preciso dizer que estou sedento para lê-lo. Muita coisa vai acontecer.
Esse final, de verdade, é o maior “engana trouxa” que eu já vi. Bem coisa de canceriano: acha que tudo ta lindo e perfeito, mas no final, tudo explode em um monte de papel de trouxa. De verdade, se preparem para esse final. Não só se preparem como já estejam com o terceiro volume em mãos. Fica a minha dica.
Uma leitura maravilhosa. Era isso que eu precisava – e ainda preciso.
43/55 

27 de outubro de 2016

Terceiro volume de Magisterium!

 

Depois de muita espera, finalmente a editora Galera Record liberou a capa e a pré-venda do terceiro livro da série “Magisterium”, escrito por Holly Black (As Crônicas de Spiderwick) e Cassandra Claire (Os Instrumentos Mortais.
Quem se interessar, o livro já pode ser comprado, claro, em pré-venda, nos sites da  Saraiva, Amazon e Cultura. Fiquem ai com a capa que é bem destruidora!

Sinopse: "Holly Black e Cassandra Clare nos presenteiam com uma escola em que qualquer coisa – boa ou ruim – pode acontecer, e o único jeito de desvendar a verdade é arriscando tudo para encontrá-la. Call, Tamara e Aaron deveriam estar preocupados com coisas normais na vida de jovens aprendizes de mago. Ao invés disso, depois da assustadora morte de um de seus colegas de classe, eles devem rastrear um terrível assassino... e arriscar suas próprias vidas no processo. O trio terá que usar toda sua força e magia para combater o mal que está escondido no Magisterium. Mas, dessa vez, o Caos irá revidar".

26 de outubro de 2016

Senta que lá vem mais um livro da Cassandra.

A editora Galera Record anunciou em suas redes sócias que o livro "Uma história de notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo" já está em pré-venda na Amazon, Saraiva, Cultura e Livraria da Folha. Este novo livro do universo dos Caçadores de Sombras será lançado em novembro com edição especial de colecionador. Vejam a capa e a sinopse do livro:

Sinopse: "Em Uma história de notáveis Caçadores de Sombras e seres do Submundo - contada na linguagem das flores, Cassandra Jean mergulha nos personagens criados por Cassandra Clare nas séries Os Instrumentos Mortais, As Peças Infernais e Os Artifícios das Trevas, reunindo características e ficha técnica de nomes como Jace Wayland, Magnus Bane e Tessa Grey. Comparando cada um deles a uma flor, e com belas ilustrações, ela cria um guia para os amantes dessas histórias... e para os que desejam começar a conhecê-las".

25 de outubro de 2016

Ultimo volume da trilogia Acampamento Shadow Falls - Ao Anoitecer

 

Ok, eu demorei um tempinho para entender essas ramificações, mas agora que eu entendi, vamos lá! A editora Jangada divulgou essa semana, em suas redes, a capa do terceiro e ultimo volume da série “Acampamento Shadow Falls – Ao Anoitecer”. “Revelada”, livro que dá continuidade a história iniciada em “Renascida” e “Eterna”, deve chegar ás livrarias ainda neste mês de outubro. Vale lembrar, que essa trilogia é ligada á serie principal do “Acampamento Shadow Falls”. Vejam a capa e a sinopse do livro:

Sinopse: "No último livro da série Shadow Falls ao Anoitecer, Della é agora uma investigadora paranormal e precisa desvendar um caso de assassinato onde o suspeito é seu próprio pai, e vai precisar da ajuda de Chase, com quem ela tem uma ligação sanguínea após seu Renascimento. A busca por respostas vai levar Della a se envolver com as gangues sobrenaturais mais sombrias e perigosas e obrigá-la a investigar os segredos inconfessáveis da sua família. Mas, em meio a tudo isso, como não pensar em Steve, o metamorfo irresistível que está fazendo tudo para se reaproximar dela? Esta será a batalha mais difícil da sua vida e do seu coração!".

24 de outubro de 2016

Resenha - Pó de Lua nas noites em claro

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Pó de Lua nas noites em claro"
Autor: Clarisse Freire
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788551000267
Ano: 2016
Páginas: 208
Skoob: Livro
Estrelas: 5

Sinopse: "Quando a noite fica mais escura e as ruas se calam, a maior parte das pessoas dorme e sonha. Algumas, porém, preferem o silêncio para sonhar acordadas. Clarice Freire, autora do best-seller Pó de lua, faz parte desse grupo. É nessa hora que costuma criar suas poesias e seus desenhos. Em seu segundo livro, Pó de lua nas noites em claro, ela vira a madrugada ao avesso em palavras e imagens, dedicando uma hora a cada capítulo, da meia-noite ao amanhecer. Além dos versos que conquistam o público desde 2013, quando foi criada a página Pó de lua no Facebook, Clarice alterna passagens em prosa e poesia, acompanhando sua personagem durante um longo e mágico passeio pela cidade quase deserta.
        Com um humor delicado e muita sensibilidade, a autora desvenda a angústia e a alegria daqueles que preferem a noite ao dia. Sua personagem insone se rende ao desejo de sair da cama e andar pelas ruas em busca de si mesma. Descobre que não está sozinha. Os sentimentos e as lembranças ganham vida, e ela esbarra em personagens como um homem que vaga por viadutos, um vigia noturno e até um misterioso carteiro que lhe entrega correspondências às três da manhã. Com lápis de cor e tinta nanquim, Clarice ilumina a escuridão e continua fiel à missão de Pó de lua: diminuir a gravidade das coisas".


***

"E cá estou, falando de novo sobre o amor. Mas que assunto repetitivo, manjado, cansativo. Fazer o quê, meu Deus, se para falar de amor basta estar vivo?" - Pag. 84

Sobre a autora
Publicitária. Redatora. Pernambucana. Recifense com chiado e tudo, menos o bronzeado. Viciada em coca-cola, para o seu mal e nas palavras - para o seu bem. Apaixonada por Alfredo - seu violão velho - e por tudo que é esquecido. Clarisse Freire é daquelas que perde o amigo mas não perde a piada e que deixaria todas as coisas por amor. Como não pode, deixa amor em todas as coisas que faz. Freire nasceu no Recife, em 1988, e desde muito cedo aprendeu a usar as palavras para acalmar suas inquietações. Cresceu admirando os desenhos em lápis de cor da mãe, Lúcia, e os versos do pai, Wilson. Uma noite, ouviu falar que a lua era bela porque, mesmo sendo só areia, deixava refletir a luz de outro, e por isso as noites não são escuras. Daí veio a inspiração para o nome de sua página no Facebook, Pó de lua, criada em 2011.

"Não te dei meus pedaços.
Nem minhas partidas.
Eu quis partir com você por inteiro" - Pag. 131.

Sobre o livro e o que esperar dele
Não há duvidas de que eu me apaixonei pela proposta do primeiro volume e assim que pude corri atrás do segundo volume. Mas eu não esperava me surpreender tanto. Neste segundo volume Clarisse Freire  nos trás uma nova proposta de temática. Suas poesias, frases e ilustrações – como de costume – com um adicional: Um novo tema e uma pequena e sutil história.
As ilustrações e poesias se juntam neste volume para contar a história de uma garota que gosta tanto das noites, que decide andar por sua cidade assim que a noite cai. Sua inspiração vem da noite e da brisa calma e refrescante que só a madrugada proporciona. E nesse contexto, a autora nos leva por vários caminhos e personagens para passar sua  mensagem.
Além disso, gostei bastante também da parte dedicada aos diálogos. Achei uma graça. Acho que é isso que o leitor espera de uma continuação. Não só mais da mesma coisa, mas algo diferente, um diferencial que faça você olhar para a obra de uma forma diferente mas ainda assim apaixonada.
A essência continua a mesma.  A delicadeza é o que mais chama a atenção. Desta vez, os capítulos são separados por horários, conforme a noite e a aventura da menina vai acontecendo, até que o sol por fim começa a soltar seus primeiors raios e tudo volta a loucura do dia a dia.
Muito bonitinho sim! Amei a ultima ilustração, do céu recebendo a chegada do sol... Um livrinho apaixonante gente. Vale a pena a leitura!
42/55

23 de outubro de 2016

Vai ter mais crianças peculiares SIM!

  

Danto continuidade na história do ponto em que ela terminou – ou seja, com a Srta. Peregrine e seus peculiares viajando para a américa no intuito de encontrar Jacob – a editora Dutton Books, anunciou uma nova trilogia sobre o mundo dos peculiares. O primeiro livro, ainda sem título definido, será publicado no outono de 2017.
Em comunicado, o autor da série disse que mal pode esperar para se aprofundar, e trazer a história para a América. “Os três primeiros romances introduziram os peculiares e seu mundo, mas peculiardom é vasto, a sua história é longa, e há muito o que descobrir. Entrar no mundo peculiar tem sido um verdadeiro presente para mim e para milhões de leitores. Estou muito feliz de continuar esta incrível aventura e descobrir as muitas histórias peculiares que esperam por Jacob e seus amigos. Eu não posso imaginar um melhor guia de turismo pela América do que Ransom Riggs, cuja imaginação e enorme coração fizeram tantos tão orgulhosos de serem peculiares”, conclui Riggs.

17 de outubro de 2016

Resenha - Pó de Lua

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Pó de Lua"
Autor: Clarisse Freire
Editora: Intrínseca
ISBN:  9788580575705
Ano: 2014
Páginas: 192
Skoob: Livro
Estrelas: 5

Sinopse: "Em 2011, discretamente, a publicitária Clarice Freire criou no Facebook uma página para reunir seus escritos e desenhos. Batizou-a como 'Pó de Lua', sua receita infalível 'para tirar a gravidade das coisas'. Desde então, ela vem conquistando uma legião de fãs fiéis e engajados, que se encantaram com a delicadeza de seus pensamentos, seu humor sutil e o traço despretensioso, que combina desenho e até fragmentos de palavras. Entre eles, estão personalidades como a atriz Grazi Massafera e a apresentadora Ticiane Pinheiro. Da internet para as páginas de um livro, foi mais um salto para a jovem autora recifense. Ela surpreende seus admiradores com uma proposta diferente. Pó de lua, o livro, tem o formato de um dos cadernos moleskine em que Clarice exercita sua criatividade. Inspirada pelas quatro fases da lua - minguante, nova, crescente e cheia - ela trata em frases concisas e certeiras de sentimentos como a saudade, o medo, a paixão e a alegria, sempre em sua caligrafia característica, ilustradas com muitos desenhos".


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Sobre a autora

Publicitária. Redatora. Pernambucana. Recifense com chiado e tudo, menos o bronzeado. Viciada em coca-cola, para o seu mal e nas palavras - para o seu bem. Apaixonada por Alfredo - seu violão velho - e por tudo que é esquecido. Clarisse Freire é daquelas que perde o amigo mas não perde a piada e que deixaria todas as coisas por amor. Como não pode, deixa amor em todas as coisas que faz. Freire nasceu no Recife, em 1988, e desde muito cedo aprendeu a usar as palavras para acalmar suas inquietações. Cresceu admirando os desenhos em lápis de cor da mãe, Lúcia, e os versos do pai, Wilson. Uma noite, ouviu falar que a lua era bela porque, mesmo sendo só areia, deixava refletir a luz de outro, e por isso as noites não são escuras. Daí veio a inspiração para o nome de sua página no Facebook, Pó de lua, criada em 2011.

Sobre o livro e o que esperar dele

Pó de lua é mais um daqueles livros que vieram naquela leva de “Livros ilustrados” – não tomem o meu “mais” como pejorativo, por favor. A verdade é que o livro é uma linda junção de poesia e ilustração. A receita que a autora usou para criar suas “poesias ilustradas” foi infalível. Prova disso é a legião de leitores e fãs que só aumenta desde o lançamento do livro.
O que mais chama a atenção, sem dúvidas, é a delicadeza das ilustrações, os jogos de palavras e também as dinâmicas inclusas na escrita. Delicado, sutil e despretensioso. É algo que não só vai entreter como também encantar.
Segundo a autora, o livro é inspirado nas quatro fases da lua – minguante, nova, crescente e cheia –, e ela trata em frases concisas e certeiras de sentimentos como a saudade, o medo, a paixão, o amor – próprio também - e a alegria.
Eu estava com esse livro na minha estante desde a Bienal de 2014, e assim como aconteceu com livros como Eu me chamo Antônio, Desenhos invisíveis e outros que tem o mesmo estilo – frases, poesias e ilustrações -, não tive escolha, me apaixonei na hora. Instantaneamente.
Obviamente, já estou louco para comprar o segundo.
41/55

16 de outubro de 2016

A Seleção vai virar livro de colorir minha gente!

Pois é, mais uma série caiu nas graças dos livros de colorir – essa febre não tinha acabado não? Achei que agora era essa coisa de livros de youtuber.
A editora Harper Collins gringa confirmou em suas redes sociais a publicação do livro de colorir oficial da série “A Seleção” para 27 de dezembro. O livro terá cenas ilustradas, como a do primeiro beijo entre America e Maxon, dos membros de A Elite e também uma surpresinha do casamento...
Além das ilustrações, o livro também trará em destaque algumas citações famosas dos livros, como: “Eu não estou escolhendo ele ou você. Eu estou me escolhendo” e “Amarei você até meu último suspiro. Cada batida do meu coração é sua”.
Aqui no Brasil, a editora Seguinte, detentora dos direitos de publicação da série, publicará o livro no início de 2017.

10 de outubro de 2016

Resenha - HELL

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "HELL - Paris - 75016"
Autor: Lolita Pille
Editora: Intrínseca
ISBN:  9788598078014
Ano: 2003
Páginas: 205
Skoob: Livro
Estrelas: 2

Sinopse: "Esta obra, best-seller na França, faz um relato cínico da juventude parisiense do terceiro milênio. O livro é um misto de romance e relato confessional. A autora Lolita Pille é jovem, rica, usa drogas, gasta fortunas em roupas e causou muita polêmica ao lançá-lo . A protagonista é um alter ego da autora, despreza os que não pertencem ao meio e faz sexo como quem troca de roupa".


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“Sou o mais puro produto da geração Think Pink; meu credo: Seja bela e consumista” – Pág. 06.

Sobre a autora
Lolita Pille, francesa nascida em Sèvres, no dia 27 de agosto de 1982, lançou seu primeiro livro, intitulado “Hell” em 2003 e rapidamente se tornou um fenômeno de vendas na França. “Hell” foi traduzido para diversas línguas e se tornou um best seller no mundo todo. O livro é uma crítica ao estilo de vida de jovens parisienses ricos que preenchem seu tempo usando drogas, indo a boates e fazendo compras em lojas de grife. Segundo a própria autora o livro é baseado no seu dia a dia, embora não seja auto-biográfico. Em 2005, Pille lançou seu segundo livro, “Bubble Gum”, a história de uma aspirante a modelo/atriz que faz de tudo para alcançar a fama, e em 2010, lançou seu terceiro livro, “Cidade Penumbra”.

“E vocês que sonham com a nossa opulência dourada e esplendorosa... É tudo fajuto, só folheado” – Pág. 20.

Sobre o livro
Elle, é rica, linda, mora no bairro mais rico de Paris, gasta todos os dias em roupas e tranqueiras o que nós, meros seres periféricos, ganhamos por mês para a sustentação de nossa família. Mas na cabeça dela sua vida é um verdadeiro inferno, sem sentido. Por isso resolveu se autonomear Hell (Inferno em inglês). Para ela sua vida não mais tem sentido. A rotina – compras, social com as amigas, jantares, festas, álcool e drogas – já não era mais o suficiente. Ela estava literalmente exaurida de toda a sua vida.
Cero dia ela se lembra que vai fazer um aborto. Sua mãe a leva até o médico, tudo como nos conformes. Depois de tudo feito ela decide ir fazer compras, afinal, nada como compras para distrair. Mas então ela para em frente a uma loja infantil e cai aos prantos. Soluça de tanto chorar. É nesse momento que um gentil rapaz a oferece um lenço e uma possível carona até em casa. Ela recusa, agradece a gentileza, nota que seu carro é bem caro e que ele é bem gostoso, e vai embora.
Mal sabe Hell que acabara de esbarrar com o homem que mudará sua vida e também destruirá seu coração.

“E um dia a gente se descobre jogando sozinho. O outro tira suas bolas de gude, toma suas cartas, e você fica plantado lá, como um babaca, diante de uma partida inacabada... Esperando. Porque é isso que você pode fazer, esperar. Parar de esperar, isso seria dizer que acabou” – Pág. 151.

O que esperar?
Entrei de cabeça nessa leitura achando que seria uma leitura simples e prazerosa – pelo menos foi isso que as resenhas e dicas sobre o livro diziam. Olha, sinto em dizer que não achei a leitura tão incrível assim. Primeiro que não existe um roteiro definido. Não que deva ter, mas de inicio, durante páginas e mais páginas, Hell destila seu veneno a quem quiser ouvir. Citando toda sua rotina e realidade e comparando com as pessoas menos favorecidas. Um discurso bem intrigante que me fez rir e muito, ótimo.
Mas depois disso não tem muito um clímax. Acompanhamos ela em bebedeiras, em noites e noites de drogas. Achamos que ela estava apaixonada por A, depois por B, mas então aparece Andrea e muda tudo. É nesse momento que tudo mudo e a história ganha um caminho. Mas ainda assim a leitura é difícil, pesada, apressada – e não de uma forma boa. São textões ligados e sem fim, falas que duram quatro, cinco falas. É como se Hell e Lolita não respirassem. O que acaba fazendo que que nós também não respiremos. Você se cansa facilmente da leitura.
Personagens fúteis – amei cada um deles -, contam ao leitor como é a vida da alta classe de Paris, classe essa que faz parte dos 0,01% dos 10% que são ricos, ou seja, eles são podres de ricos. Obviamente a mensagem de Pille foi passada e com sucesso: Dinheiro não traz felicidade. Da forma como eles gastam e perdem tempo, a única coisa que fica é o vazio de suas vidas.
Algo em tudo isso me lembrou a forma poética e sem pudor que eu costumo ler em livros portugueses, como a escrita de Melissa Panarello, por exemplo. É intrigante, impactante e muito, muito envolvente. Acredito que não seja o livro que vai mudar sua vida, mas vale a pena dedicar um tempinho para conhecer a história.
40/55