"- Ele vai estar de
volta. Ás vezes Nan só precisa do Rush. Ele sabe disso.
Infelizmente,
eu também sabia disso."
Abbi Glines sem sombra
de dúvidas é um sucesso. A americana começou a publicar sua série de livros,
“Fallen to Far”, em 2012 – tanto no físico quanto em e-book – e foi o maior
sucesso. Sua historia um tanto quanto apimentada, traz consigo a sensualidade e
a sentimentalidade necessárias para que um New-Adult se torne um sucesso, que
foi o seu caso.
Desta vez, temos a volta
de Rush e Blair neste 3º livro da saga Rosemary. Com mais desavenças, mais
problemas familiares, e muito, muito desejo. Blair agora está grávida, com os
nervos a flor da pele, e Rush continua superprotetor e repleto de tesão. A
vidinha pacata do casal vai á baixo, quando certa noite o pai de Rush – o
famoso baterista da banda Slack Demon -, Dean, aparece para visitar o filho.
Mas como sempre, a visita não é á toa. Nan, que a pouco descobriu que seu
verdadeiro pai é Kiro – parceiro de banda de Dean, e um tremendo galinha – não
parava de infernizar a vida de ambos em sua mansão em Los Angeles.
A garota estava passando
dos limites e Dean estava vendo a hora em que algo ruim aconteceria. Todos
sabem que o único capaz de acalmar a fera chamada Nanette é Rush. Dean veio
pedir que Rush fosse passar um tempo com ele em Los Angeles para tentar fazer
uma trégua entre a guerra civil que acontecia dentro da casa. Mas havia um
porém: E Blair? Ela estava grávida, não podia deixá-la sozinha. Rush acaba
ficando indeciso a respeito disso, mas Blaire tem um coração gigante, e sabe o
quanto Rush ama Nan, decidindo assim ir para Los Angeles e apoiar Rush nessa
difícil tarefa.
Mal sabe ela que Nan
pode ser pior ainda do que já é quando ela quer!
“Ela precisara de
mim, nosso filho precisara, e eu estava com Nan, de novo. Bem feito para
mim."
Os comentários são
diversos. Há quem goste, há quem ame, e tem aqueles que dizem que a prolongação
da série foi um erro. Sinceramente, não acho isso. Amor Sem Limites é simples,
bonito e bem escrito. Uma trama normal, que pode acontecer com qualquer um.
Isso é o mais interessante. A autora introduz os leitores em mais problemas
familiares, mostrando o lado teimoso e sedento por atenção de Nan. A forma como
Kiro é acomodado e sem sentimentos. Mostra Blair e toda a sua compaixão,
delicadeza e determinação – um adendo especial á parte em que ela mete uma arma
na cara de Angelina. Moça a senhora é fora da lei mesmo hein -, e como sempre
Rush e sua possessão.
Isso é uma coisa minha –
afinal sou homem – mas essa personalidade de Rush me irrita. Já disse isso nos
outros volumes, e volto a falar aqui. Não gosto do Rush. Não adianta, essa
coisa de “você é minha”, “Deixa eu te lavar”, “Deixa eu te dar comida”, “Essa ‘bocetinha’
é minha”... Sabe, é muita possessão. Acho exagerado e ás vezes piegas demais.
Porém, isso depende de leitor para leitor, vai ver as leitoras femininas da
série amem isso. Vai entender.
Ficou bastante claro
para mim que teremos mais continuações. Grant e Harlow meio que se
auto-atrairam e ganharam capítulos narrados por eles. Wood e Della estavam
presentes – brilhantemente, mostrando como escrever bem e interligar varias
histórias – e algo me diz que a louca da Nan também ganhará espaço. Alguns
dizem mal disso, das continuações e spin-offs, mas a vida é assim. Somos
leitores e queremos mais e mais de nossos personagens.
Uma das partes mais
legais sem duvida foi o encaixe feito entre a prisão de Della e o parto de
Blair. Assim, ficou maravilhosa essa parte, Glines sobe emendar tudo para podar
dar uma ótima continuação para ambas as histórias. Mas de uma coisa não se há
duvidas: A passividade reina neste livro.
Della apanha sem se defender.
Blair vê Rush sendo usado como marionete por Nan e não faz nada. “Ah mas é a
irmã dele, coitada, ta passando dificuldades emocionais!”, me perdoem mas não
vejo dessa forma. Nan é má, está se fodendo, e tem que ser assim. Problema tem
mesmo é quem tá com Ebola. A Nan tá é de palhaçada mesmo. Harlow é a
passividade em pessoa. Dean, pai de Rush, no meio do livro meio que some. E
assim vai.
Creio que em todos os
livros assim – New Adult voltado para o erótico – tudo é passividade. Deve ser
uma característica própria – tirando a característica central de que qualquer
coisa é motivo para excitação, sexo e coisas molhadas, tipo,”Atchin, espirrei!”,
“Hum, que sexy, estou excitado!” – mas de forma alguma isso tira o brilho do
livro. Gosto e muito da escrita da Abbi, e bobo é aquele que não dá uma chance
para ela. Essa é a única série digamos, erótica, que eu leio, e não me
arrependo, é muito boa, e vale a pena a leitura.
Agora só posso é torcer
por mais livros. Pelo que sei, o próximo do Woods vem por ai! ;)