27 de janeiro de 2014

Resenha - Delírio

Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!


Nome: Delírio
Autor: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
ISBN: 9788580571646
Skoob: Livro

Sinopse: "Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?."

***
"Não é possível ser feliz a não ser que ás vezes se sinta infeliz."

Finalmente descobriram que o amor é uma doença perigosa. Amor Deliria Nervosa, foi diagnosticada como uma das doenças, senão a, mais perigosas do mundo. E rapidamente o governo desenvolveu uma vacina para ela. Quando se completa 18 anos, a vacina é injetada e o mundo a sua volta muda. Você finalmente está curado. Lena está a 3 meses de tomar a cura. Sua mãe, que não teve muita sorte, acabou morrendo com a doença. Depois de duas intervenções, ainda assim a Deliria persistiu, e antes que pudessem apegar e aplicar a terceira ela se matou. Pulou de um penhasco. Afinal, o que seria da vida, se não houvesse o amor?
Nas escolas, todos os alunos são obrigados a saber cada palavra existente no 'Shhh', livro que fala sobre a doença, seus sintomas, a cura, sua história, uma espécie de guia. Garotas e garotos não curados não podem conversar entre si, e o toque de recolher é uma das maiores leis. Depois das nove, nenhuma pessoa não curada ainda pode ficar nas ruas, é terminantemente proibido. 
Lena mora com sua tia, em uma casa simples. Leva uma vida tranquila e acima de tudo conforme as leis mandam. Mal sabe ela que no dia de seu exame, o tão famoso dia da Avaliação, um rito de passagem que prepara um possível futuro de segurança, felicidade e estabilidade, as coisas mudariam sua vida. Lena tem as respostas, ela sabe o que tem que dizer para se sair bem, mais dentro dela, algo estranho acontece, uma pequena chama interior que se acende quando ela olha para uma mesa de cirurgia e lembra de sua mãe. Suas respostas são totalmente erradas para a ocasião, e seu teste está indo de mal a pior. Mas graças á deus um estouro de Vacas, vestidas de garotas, com mensagens revolucionárias invade o laboratório e causa um grande Caos. São os Inválidos. Ou Simpatizantes. São as pessoas que creem na cura, que não acreditam no que o governo diz. Eles moram no limite da cidade, na chamada Selva, e todo ano, fazem esse tipo de 'manifestação'. Em uma sala de observação, Lena pode ver, em meio a todo o caos e ás vacas, um garoto, de cabelos claros, gargalhando com a situação. Um Inválido, sem dúvidas. Mas nesse momento, algo muda dentro dela.
Por sorte os testes são anulados, e uma nova data é marcada para as avaliações. Nos jornais, a explicação dada foi que houve um erro entre o caminhão do abatedouro e o de medicamentos... Todos sabem que isso é mentira. Lena principalmente sabe disso.
Mesmo sem querer, Lena sente que sua melhor amiga, Hana, está estranha. Na verdade esse sempre foi o jeito dela, mas com a proximidade do dia da Cura, Hana parece estar bem diferente do que Lena conhece. E isso é um problema.  E tudo isso acontece, depois de uma longa corrida, onde sem querer, Lena e Hana esbarram com Alex, um recém curado de 19 anos, que trabalha como guarda nos laboratórios e incrivelmente parece ser o garoto da sala de observação... O garoto que ria da situação. O possível Inválido, que tanto tem encucado a cabeça de Lena.

"Achavam que amar era algo sublime. Mas isso foi antes de encontrarem a cura."

Eu estava realmente achando estranho essa minha sorte com os livros gente. Tava curtindo demais minhas leituras... Mas dai, veio o Delírio...
Veja bem, é uma história muito bem pensada. Um tema diferente de qualquer outro, afinal, quem em sã consciência rotularia e criaria uma distopia onde o amor é uma doença fatal? Onde pessoas são vacinadas contra isso? Realmente é isso que mais chama a atenção no livro. Confesso que, demorei 14 dias para conseguir chagar é página 230. A escrita é, digamos, não se tem um adjetivo para se usar quando um autor fala demais até mesmo como o personagem. Imaginem um livro sem ação - não que todos devam ter ação, digo ação no sentido, algo que realmente te puxe, te chame a atenção, desperte sua curiosidade - onde a autora faz questão de detalhar exatamente as cores das patas dianteiras de uma aranha que foi criada na áfrica mas viajou em um navio cargueiro até a América no tempo em que escravos eram trazidos para cá pois a colonia americana precisava de ão de obra barata... Entenderam o que eu quis dizer?
São coisas simples, que não merecem tantos detalhes, ou pensamentos. A Lena, personagem principal, vive absorta em seus pensamentos, em suas comparações, sentimentos, não fala com ninguém, não pensa por si própria e não tem ação.
Obvio, no contexto, as pessoas são criadas assim, Lena em si vive em constante negação. Ela sabe que é uma simpatizante, mas faz de tudo para negar. Ficou também muito vago a questão da Deliria. Como ela nasceu? Porque foi feito o que foi feito? Quem está por trás disso? Por que só nos EUA e no resto do mundo não? E se é tão errado isso, essa injeção,por que o resto do mundo não toma uma atitude a respeito disso? Eu sei, não li até o fim,pode ser que essas perguntas se respondam nas ultimas folhas, mas disso eu não vou saber. 
Não tem algo que eu mais deteste que falta de conversação, acho que as coisas se desenvolvem melhor quado os personagens conversam, discutem, obvio que certas coisas não dão para se explicar em uma conversa, mas nesse livro, são 10 páginas apenas da Lena pensando, em uma mesma cena, que leva á outra e á outra, e dois diálogos breves,onde Lena remoí cada uma das quatro palavras ditas, que a levam a mais discussões internas, sobre o certo e o errado. Em certas partes uma boa descrição faz sim, toda a diferença, mas no livro todo, me desculpem, torna a coisa muito, mas muito monótona. Até quando ela descobre estar com a Deliria, as coisas são brandas e sem ação. Eu de verdade, esperava muito mais desse livro. Esse é um dos poucos casos de Capa bonita e interior nem tanto. 

Deixo bem claro que essa é a minha opinião. Normalmente leio um livro de 400 paginas em 7 dias. Esse tem 300, além de eu demorar 14 dias pra ler 230 páginas, nos últimos 4 dias eu lia 6 páginas e DORMIA! Gente, eu DORMIA, de tanta chatice.
Bom,que leituras melhores venham né!

7 comentários:

  1. O primeiro livro é realmente bem chato e a emoção começa a parecer nas últimas páginas quando Alex e Lena resolvem mesmo ir pra Selva. Na verdade, a ação só aparece quando eles são descobertos e tentam fugir.
    Como comprei "DELÍRIO" e "PANDEMÔNIO" juntos, resolvi ler a continuação pra não ficar com a sensação de dinheiro jogado fora... e me surpreendi.
    Claro, tem coisas que eram características da autora e então não poderiam melhorar. Ainda acho que a história tinha detalhes desnecessários e etc., mas o segundo livro tem muito mais ação e, consequentemente, te prende bem mais.

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  2. Oie, recebi seu recado e passei aqui para dar um lida na resenha.
    Então, também comentei que achei muuuuuuuito devagar. Confesso que eu também demorei muito para chegar na metade, isso porque amo distopias!

    Aconteceu que o final me surpreendeu! A questão de ser muito monótono, devagar e etc. também me levaram a pensar em desistir de ler o livro, porém continuei e me surpreendi!

    Então, se um dia você conseguir, leia até o fim! Mais uma leitura não faz mal, né? Hahaha!
    Beijo!

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  3. Oi!
    Nossa, sua opinião é bem diferente da minha! Gostei bastante de Delírio! O final então, é praticamente heartbreaker. </3 Talvez, porque você não tenha conseguido terminar, os fins não tenham compensado os meios...
    Anyway, um dia se você tiver mais paciência, pegue de novo e termine a leitura. O final pode mudar sua perspectiva sobre o livro.
    Acho que você vai gostar mais de Pandemônio. Ele tem mais ação, e abrange uma parte diferente do mundo onde a Lena vive. Com a mudança de ares, o livro é bem mais acelerado. Dê uma nova chance a trilogia, vale à pena. :)

    ;*
    Nathália Mota.
    @NathiiMota
    http://nathieseuslivros.blogspot.com.br/

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  4. Oi, eu achei a ideia da autora bem diferente, mas é interessante. Acho que ela não soube desenvolver. Todas aquelas partes em que a Lena se encontra com o Alex e tal, são muito chatas. E também tem pouca ação, eles não fazem nada perigoso de verdade a não ser ir pra selva. Espero que a continuação seja melhor.

    Entre Linhas
    http://entrelinhas-el.blogspot.com.br/

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  5. Bom, tb recebi teu recado...e para mim o livro foi o oposto do que você achou. Foi um livro que devorei e fiquei com uma ressaca literária de 2 meses por conta dele!!! Foi uma história que me tirou do prumo, pode não ser um livro com "ação" como você comentou, mas para mim o conflito interno dela foi a ação do livro. O que você reclamou de descrições para mim acho fundamental para criar um mundo mais rico no decorrer da leitura. Enfim, não vejo a hora de começar o Pandêmonio que é a continuação...E sim o livro responde algumas questões de como aconteceu a doença, mas pelo que vi a maior parte das questões são respondidas no 2º volume da série.

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  6. Esse foi o meu último livro iniciado em 2013 e o meu primeira leitura de livro concluído em 2014!

    Certos livros tem o período exato para ser lido! Eu mesmo já li um livro que odiei, parei a leitura, mas depois que reiniciei leitura, amei! Eu acredito que você, quando leu Delírio não estava no momento de ler Delírio! Pela sua resenha, eu só conclui que você não entendeu o livro, e isso não é ruim, só significa que você não estava no momento de lê-lo!

    Eu amei esse livro e até chorei no final, e uma coisa que nenhum livro me faz com facilidade.. é chorar!

    Mas, valeu a sua resenha!

    Gabryelfellipeealgo.blogspot.com

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  7. Olá! Eu li o livro todo em 2 ou 3 dias e o achei bem interessante. Um pouco previsível, mas teve a doce certa para deixar meu coração pulando para fora. Concordo com sua opinião sobre Lena poderia ter pensado menos e falado mais (meu problema diário), mas eu não me sentia entediada lendo o livro. Acho que teve poucas vezes em que meu subconsciente não aguentava mais, mas foram poucos. E tente terminar o livro, no final há uma bomba que até hoje não fui capaz de engolir!

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