Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!
Nome: Nada é Para Sempre
Autor: Ali Cronin
Editora: Seguinte
Ano: 2012
ISBN: 9788565765053
Skoob: Livro
Sinopse: "Cass é a namorada fiel. Ashley não leva nada a sério. Donna é festeira. Ollie é mulherengo. Jack é esportista. Rich talvez seja gay. Mas e Sarah? Os amigos sempre tiram sarro dela por ser certinha demais, mas ela só está esperando pelo cara certo e agora tem certeza de que o encontrou. Será que ele sente a mesma coisa? Ou tudo não passa de uma paixão de verão? Acompanhe o emocionante último ano de escola de quatro garotas e três garotos de dezoito anos."
***
“Com os olhos em minha
boca, Joe moveu o rosto em direção ao meu. Gostaria de dizer que nossas bocas
se encontraram em um beijo ardente enquanto as ondas rompiam diante de nós.
Mais na verdade eu engasguei com a coca.”
Ah, o amor adolescente.
Em férias na Espanha, Sarita Cabrita, ou Sarah para os não íntimos, acabou
encontrando Joe, universitário e três anos mais velho que ela. Eis que o amor
brota por entre os peitos dela. Ele de alguma forma, a enfeitiçou. E então a
antiga Sarah, aquela feminista, defensora da causa e odiadora de homens, se
derrete.
Mais Sarah acaba
descobrindo que nem tudo na vida de uma adolescente apaixonada são rosas, sexo
gostoso e chocolates. Brighton, onde ela mora é bem longe de Londres, onde Joe
cursa Ciências Sociais. Ou seja, as coisas ficaram meio difícil. É como eu
sempre digo, romance á distancia é um porre.
Com o passar do tempo
fica cada vez mais difícil conversar com Joe, e se encontrar com ele também. De
inicio Sarita até acha que ele nem ia mais ligar para ela, assim como acontece
em todos os romances de verão, mais eis que no ultimo dia do prazo que ela
impôs para ele dar um sinal - de fumaça que seja – para provar a sua
existência, Joe manda uma mensagem.
E então as coisas vão
só piorando.
Fica cada dia mais
difícil falar com ele. Joe demora quase uma semana para responder uma única mensagem,
e Sarah se vê perdidamente apaixonada por um cara que, na teoria, não está nem
ai pra ela. Só quer saber de sexo e sexo e mais sexo! Suas desculpas são o
trabalho, recém-ingressado, e a faculdade. Eles marcam encontros, e de ultima
hora ele desmarca. Sarah vira um zumbi, só pensando e falando dele e nele. Seus
amigos acabam se afastando, pois Sarah se resumia a Joe, sempre, nada mais
importava apenas ele, Joe, Joe, Joe, Joe... E então ela se vê só.
"E se os meus sonhs forem reais e a minha vida real, for apenas um sonho?!"
São sete amigos. Sarah
(protagonista do primeiro livro), Ashley (que protagonizará o segundo), Cass
(que será protagonista do terceiro), Donna, Rich, Jack e Ollie. E gostei disso,
por que no decorrer da história, realmente tem certas coisas que eu gostaria de
saber.
Tipo, por que Ash é tão
fria. Ou, será que Rich realmente é Gay, ou Bissexual. E Ollie, ah o Ollie - me
surpreendeu hein menino - quem diria! E curti isso. Cada livro da série vai
falar de um personagem, de um amigo em especial. Ao que tudo indica os livros
serão lançados de 4 em 4 meses, sendo que o 3º da série sai esse mês.
Ok, verdade seja dita.
Essa Sarah é um porre até o ultimo capitulo do livro. Fala e fala da forma como
Cass e Adam são, mais acaba se saindo pior. Essa obcessão dela por Joe é
asquerosa. De longe se via que o cara só queria transar com ela. Mais ainda
assim aquele pensamento de menininha esperando o príncipe encantado e o final
feliz predominava. Joe isso. Joe aquilo, Joe ali. Joe acolá. Deus, castiga, por
favor, essa menina.
No fim, nem descobri se
ele trabalhava mesmo, ou se só enrolava ela. Tá na cara que a vaca da Mimi já
tava transando com ele há muito tempo. E o pior de tudo era ver a forma como
Sarah o idolatrava. Ligava todos os dias, mandava mensagens a toda hora, mesmo
sabendo que ele nunca respondia. Nossa, fiquei com ódio dela de tal forma que a
cada palavra que ela dizia a respeito do possível amor e final feliz deles, eu
tinha uma ânsia!
Mais se você olhar de
outra forma, é bem compreensível - em parte por favor!!!
Foi o primeiro homem da
vida dela, se é que podemos considerar Joe e sua “lesma” como homem!
“Acordei e vi Joe
recém-saído do banho, nu, secando o cabelo. Foi a primeira vez que vi o pênis
dele não excitado. Parecia uma lesma.”
Ela esperava que o
romance continuasse, afinal, ela perdeu a virgindade com ele, e poxa, ele havia
mesmo que demorado muito, entrado em contato com ela. Mais a coisa passa do
amor bonito de novela e vira obcessão. Joe realmente, desde o inicio dá sinais
de que não ama ela de verdade, e quando ele diz:
“Você é linda, e muito
boa de cama, mas não quero que tenha um impressão errada... Pensando que isso é
algo que não é.” [...] “Diversão... Você ainda está na escola, eu tenho a
faculdade e tudo mais... Não é como se estivéssemos querendo um
relacionamento.”
É o ponto final que todos
precisavam. Ele não ama ela e acabou.
Mais ela não percebe
isso. De certo modo ele também deixa a desejar, pois, mesmo sabendo que ela
estava se apaixonando, se envolvendo demais, ele ainda continuou saindo com
ela, mais poxa, gente, se um cara chega em você, e diz que não quer nada a
sério, a não ser fazer você ter 3 orgasmos em uma única manha, o que vocês
diriam?
Ok, péssimo exemplo de
situação!
Mais se alguém que você
tá apaixonado, chega em você e diz que não quer nada sério, mais quer transar
com você loucamente no chão do quarto, o que você faria?
Ok, esses exemplos não
tão legais! Mais vocês entenderam!
Resultado da bragázza,
Sarah fica perdidamente apaixonada e hipnotizada, chegando a um ponto onde seu
único assunto é Joe. Isso começa a irritar suas amigas, e elas acabam se
distanciando de Sarah, mais ainda assim ela acredita que tem a razão. Mais
tipo, até você lendo, dá certa vontade de vomitar na cara dela. É muito Joe,
pra pouca página de livro gente. Fica chato isso, e você acaba entendendo o
lado de Cass, Donna e Ash. Pra que viver se tem o Joe né Sarah!
No meio de tudo isso,
de todo esse furacão de Joe, acaba que Sarah descobre o verdadeiro amigo que
Ollie é. Que quando todas estavam meio que esnobando Sarah, ele era o único que
estava ali, ouvindo ela, e ajudando (creditos também para Rich e Jack, mais não
muitos, eles não ajudaram tanto quanto Ollie).
Mais graças á Deus, á
Iemanjá, Sarah decide ir de surpresa na casa de Joe, e finalmente cai na real.
O livro não chega a ser
um “50 Tons de Orgasmos múltiplos femininos” não. Mais a linguagem é bem jovem,
sem censura. Quebrando alguns tabus, e
falando de coisas que normalmente, pelo menos antes dessa febre de erotismo
entrar com tudo, não se falavam. Ou seja, Sexo. Querendo ou não, sexo ainda é
um grande tabu, e as pessoas tem vergonha de falar sobre isso, ou se sentem
constrangidas. Com conversas do tipo como essas a seguir, o livro, que pra mim, pode se classificar
como “New Adult” (que na mais pura sinceridade eu não faço a vaga ideia de que
shit seja essa classificação), dá um pequeno tapa na cara da sociedade
conservadora dos bons costumes:
“[...] - Tudo bem. O
pau dele é grande?”
“- Não sei” [...] “-
Não tenho com o que comparar - Apesar de que para ser sincera, me pareceu
assustadoramente grande. Definitivamente era maior que qualquer absorvente
interno!”.
“- E o Romance?”
“- Não tenho um pingo
disso em mim – ela disse, balançando o dedo – Mais tenho fogo no rabo!”.
Acho que não é um livro
que você vá se arrepender de começar a ler. Tirando as conversas que ao invés
de travessão, são feitas com aspas, o resto é muito bom, e é muito legal sentir
nojo desse amor doentio da Sarah-que-não-gosta-de-cerveja tem pelo trouxa do Joe.
O final é simples e
bom, muito bom!