Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!
Nome: Abandono
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera (rica) Record
Ano: 2013
ISBN: 9788501095343
Skoob: Livro
Sinopse: "Pierce tem dezessete anos de idade e sabe o que acontece quando morremos. É assim que ela conheceu John Hayden, o misterioso estranho que fez ela voltar a vida normal — ao menos a vida que Pierce conhecia antes do acidente — quase inacreditável. Embora ela pense que escapou dele — começando em uma nova escola em um novo lugar — confirma-se que ela estava errada. Ele a encontra. O que John quer dela? Pierce acha que sabe… também acha que ele não é um anjo da guarda, e seu mundo sombrio não é exatamente o céu. Mas ela não consegue ficar longe dele, especialmente porque ele está sempre lá quando ela menos espera, exatamente quando ela mais precisa. Mas se ela deixa cair qualquer coisa, ela pode se ver no lugar que ela mais teme. E quando Pierce descobre uma verdade chocante, sabe de onde John a salvou: o submundo."
***
Na mitologia grega...
Perséfone era filha de Zeus e de
Deméter, deusa da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com
a deusa Hera. Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a
brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades, que a pediu em
casamento.
Hades, sem querer consultar Deméter, e nem se quer
ligar para a opnião de Zeus, seu irmão, emergiu da terra e raptou-a levando-a
para seus domínios (o mundo subterrâneo), fazendo dela sua rainha. Sua mãe,
ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras
tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a
ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Deméter, junto com Hermes,
foram buscá-la ao mundo dos mortos, a pedido de Zeus. Entretanto, a única
maneira para que ela pudesse sair do mundo dos mortos era se ela não estivesse
ingerido nada, porem ela havia comido uma semente de romã. Diante desta
situação, fez-se um acordo: ela passaria metade do ano junto a seus pais,
quando seria Perséfone, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se
tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas e
das quatro estações. Mais pela percepção de Meg Cabot, o mito ganhou novas vertentes...
Hoje Pierce Oliveira é uma garota normal. Talvez nem
tanto assim, mais para uma pessoa que já teve uma EQM, ela até que tá indo bem
(tirando o deus da morte que vive seguindo ela).
EQM nada mais é que uma “Experiência de Quase
Morte”. Com 15 anos, Pierce ao tentar salvar um passarinho, que até então
estava machucado em cima da cobertura da piscina, ela acabou tropeçando e
caindo dentro da piscina, ficando enroscada na rede e na cobertura, como se
estivesse imobilizada, ah, e ela também bateu a cabeça. Resultado, Pierce
morreu afogada,imóvel e com hipotermia.
Ao abrir os olhos, ela percebeu então que estava em
lugar totalmente diferente da piscina onde havia ficado imóvel segundos antes.
Logo um homem com um Tablet perguntou seu nome, e então a mandou ir para uma
das duas filas que havia logo ali á frente, nas margens de um longo e extenso
lago. Ali era frio e o céu estava sempre com aquele tom alaranjado. Não havia
noite, nem dia, o lugar era sempre daquele tom, na verdade não havia céu,
aquilo tudo não passava de uma gigantesca caverna. Pierce não estava entendo
nada, estava perdida, molhada e com frio. Na fila oposta várias pessoas,
desesperadas tentavam vir para a fila onde ela estava, mais os guardas montados
em cavalos não deixavam que isso acontecesse.
Eles estavam esperando a barca, que logo chegaria.
Foi quando de longe, Pierce reconheceu o homem que a
muito tempo atrás, ela havia conhecido no cemitério no dia do enterro de seu
Avô. Era impossível esquecer-se da pessoa que para fazê-la parar de chorar, na
época tinha 7 anos, fez com que uma pomba morta voltasse á vida, e voasse para
longe.
Pierce correu em sua direção, o que acabou
assustando seu cavalo que ao dar um pulo por pouco não machucou Pierce, que com
medo, acabou caindo de joelhos. A preocupação de Pierce pelo próximo era maior
que tudo, e então antes mesmo de ver se estava realmente bem, ela perguntou
para o homem se ele estava bem, já que havia caído do cavalo no ataque de susto
do animal, e esse tipo de ação que Pierce havia tomado era novidade por ali, ninguém
se importava com isso, ninguém se importava com ele.
John era o nome do homem.
No inicio ele não a reconheceu, e acabou tentando a
levar para outra fila, numa forma de puni-la por ter saído de sua fila e
causado aquele transtorno todo, mais depois, quando viu as lágrimas nos olhos
da garota, John perguntou seu nome, e eis que ele se surpreendeu mais uma vez.
Como filha de quem era, Pierce começou a reclamar do
lugar, enquanto John apenas olhava em seu Tablet, procurando pelo nome dela nos
arquivos. Pierce reclamou da forma como as pessoas eram tratadas, do frio, e
das filas. Ela tremia de frio, pois ainda estava molhada. Eis que John após
fazer sua pequena pesquisa no Tablet a convida para ir á outro lugar, e esse
talvez seja o segundo erro dela, ela aceita e num piscar de olhos se vê dentro
de um quarto, mais aconchegante, com roupas secas e cabelos arrumados. Ela
estranha tudo isso, e pergunta o que ela estava fazendo ali.
Morta.
É o que John diz a ela.
Ela estava morta, e agora, graças á esse passeio aos
aposentos de John, ela havia perdido sua barca. Ele explica calmamente o que
aconteceria de agora em diante, Pierce seria sua companhia por toda a
eternidade, e lhe presenteia com um colar, que segundo ele, a protegeria contra
as fúrias – espíritos não conformados com o seu destino depois da morte e que
fazem qualquer coisa que estiver ao alcance para se vingar de John, o gerente
do lugar – mais Pierce não quer ficar ali, não consegue imaginar passar toda a
eternidade ali.
John oferece um chá para que ela se aqueça e se
acalme, e então Pierce visualiza sua possível porta de escape. Joga o chá
quente na cara de John e corre em direção ao corredor logo á sua frente. Haviam
duas escadas, uma indo para baixo e a outra subindo, como se houvesse sido
guiada pelo colar, Pierce escolhe a escada que desce, e acorda em um hospital,
livre, viva, e mais encrencada que nunca!
"Que diferença faz o que aconteceu com Perséfone? Não foi nada comparado ao que aconteceu comigo. Na verdade, Perséfone teve sorte, pois sua mãe veio salvá-la.
Ninguém veio me salvar."
Ainda não havia tido a oportunidade de ler nenhum
livro da Meg, tinha sim o interesse por um em especial (“Sorte ou Azar?”, que é
um olho da cara). Já ouvi falar muito também da Serie “A Mediadora” e “O Diário
da Princesa” e tals, mais nunca me interessei... E tenho que confessar que me
arrependi de não ter tentado ler antes, porque amei muito a escrita dela, a
forma como ela coloca os fatos, o clímax.
Em especial, amei a forma que ela se inspirou em um
conto da Mitologia Grega, para formular sua história, e que história!!!
Pierce só voltou à vida mesmo, porque ela havia
batido a cabeça e desmaiado, e graças á hipotermia, era possível tentar uma reanimação,
já que o frio havia conservado seus órgãos. Depois do acidente, seus pais se
separaram, pois para Deb, defensora dos Colhereiros e sua mãe, o culpado pela morte
de Pierce era o Pai, rico e dono de uma grande empresa que mexia com petróleo e
seus derivados. Depois da separação, Pierce até tenta voltar a vida, mais sua
vida nunca seria a mesma. Segundo John, o colar (que mais para frente Pierce
descobre que já matou milhares de pessoas) a protegeria das Fúrias. E apenas em
duas situações ela viu o colar ficar escuro (sinal de perigo).
A primeira quando um joalheiro
tentou pegá-la, a acusando de roubar o colar, e a segunda logo depois, com seu professor,
que tentou fazer coisas “impróprias” (vocês entenderão o porquê das aspas depois
de ler!) com ela. Em ambas John apareceu e a salvou, mais da ultima vez, não
deu muito certo, rolou até um processo civil e tudo. John havia estraçalhado os
ossos da mão dele.
Tentando começar de novo, Pierce e sua mãe se mudam
para Isla Huesos, que ficava na costa sul da Flórida, onde toda a família de
sua mãe morava. Mais lá, não era diferente, John também estava ali. Mal sabia
Pierce que ali, era a casa dele, talvez uma das portas para o Mundo Inferior.
Eis então que entra um novo cenário no livro. Assim
como novos personagens. Alex, seu primo, Chris seu tio ex presidiário e viciado no canal de previsão do tempo, Jade, uma garota que vai tentar
socializar de novo Pierce na nova escola, fazendo assim parte do programa
Novos Caminhos, um dos mais bem falados do país, e também Seth, o cara que,
até então, na minha percepção, seria um possível par romântico, já que logo no
inicio John dá um pé na bunda de Pierce. Meg criou bons personagem, cada um de sua forma, contribui para o desenvolvimento do cenário em Isla
Huesos. Nada complexo e superficial, apenas simples. (mais tenho que comentar que: 1 - não sei porque as escritoras americanas tem essa fixação por homens de cabelo longo e roupas pretas;2 - Meg foi bem categórica no visual de Seth, gostei bastante dele, até mais que do John! )
Até parece que depois que John tem um ataque de fúria e joga o colar de Pierce fora (o que, me desculpem, achei que deveria ter ganhado
um ilustração na capa do livro também) tudo na vida de Pierce vai dar certo.
Escola, amigos e até possíveis paqueras. Mais nem acontece assim não viu. Seth
tem namorada, Alex acaba brigando com Pierce depois que ela aceita ir se sentar
com os populares num quiosque da praia e Kayla ao que tudo indica, tem uma
queda por Alex (mais isso é uma suposição, a autora não deixa isso claro no
livro). Então vem o portão do cemitério quebrado (cortesia do estourado do
John), o cancelamento da Noite do Caixão garças ao ataque de furia de John (que eu entendi mais ou menos o porque
dessa noite, só que, de fato, não é explicado exatamente como John morreu, e
porque foi designado para cuidar de uma das triagens que levam as pessoas ao
seu destino final), e o que mais me deixou encucado, fica visível
que Seth e os amigos, só se aproximaram dela por causa disso, para poderem
produzir o caixão com tranquilidade sem que ninguém ameace atear fogo nele no
meio da garagem, como havia acontecido na Noite do Caixão do ano anterior, já
que Pierce era a única na escola que morava em um condomínio fechado. Mais ainda assim ela deixa, na verdade a mãe dela deixa, e ela não faz nada, parece não ligar para a amizade superficial que estava criando.
E então Jade morre, seu tio
é preso e Pierce descobre que a vaca da sua avó é uma F.... SPOILER SPOILER
SPOILER!
Gosto de comparar esse livro com o livro da Amanda Hocking, "Trocada". É o mesmo tipo de leitura gostosa e envolvente. Pelo menos eu não me senti entediado em nenhuma parte, e tenho que perder essa mania de ler uma frase, e por curiosidade ler mais para a frente pra ter uma noção do que vai acontecer. O livro é muito bom, e tenho que dividir, o fim é nostálgico e broxante. Vamos ter que esperar o segudo Volume, 'Submundo', e nem sei quando vai lançar! Ah, não deixem de ler a "Nota da Autora" é bem legal!