1 de dezembro de 2014

Resenha - Ícones

Cuidado, pode haver Spoilers!!!

Livro: "ícones"
Autor: Margaret Stohl
Editora: Galera Record
ISBN: 
9788501062048

Ano: 2014
Páginas: 384
Skoob: Livro
Estrelas: 4


Sinopse: "Após a Terra ter sido invadida por seres alienígenas misteriosos, Dol, a única sobrevivente de sua família, passou a morar em uma pacata cidade camponesa junto de seu melhor amigo, Ro. Apesar da relativa segurança, os amigos sempre suspeitaram que possuíam algo de especial, até que, repentinamente, são capturados pela Embaixada. Agora, juntos de Tima, outra prisioneira, e Lucas, filho da poderosa embaixadora e garoto por qual Dol nutre uma perigosa atração, todos perceberão que o encontro dos quatro não é mera coincidência: é uma conspiração."

***

“Treze grandes ícones
Caíram do céu,
Quando Ganharam vida,
Seis grandes cidades morreram.
Lembrem-se de 6/6”

Eu já disse que amo distopias? Pois é. Acho que de todos os estilos literários que existem, as distopias são as que mais me prendem.
Margaret Stohl já é conhecida no mundo todo pelo seu sucesso – em parceria com a autora Kami Garcia – “Beautiful creatures”, que conta com 4 volumes, um Spin Off, e mais uma serie baseada no livro vindo por ai. Margaret nasceu em Pasadena, na California em 1967. Pós-graduada na Amherst College , ela ganhou o Prêmio Knox para Inglês e Literatura, além de um mestrado em Inglês na  Universidade de Stanford e um doutorado em Estudos Americanos na Universidade de Yale. Ela recentemente esteve no Brasil para o lançamento do seu mais novo livro – solo – “Ícones” e é sobre eles da qual eu vou tentar falar hoje para vocês.
Dol guarda para si uma única lembrança de sua família. O Dia.
O Dia foi o dia em que toda a humanidade morreu. Foi o dia em que os 13 Ícones caíram do céu, um em cada grande cidade, dizimando toda a população. Foi o dia em que os Lordes chegaram á terra e o mundo da forma em que conhecemos morreu. Estamos falando de 2080.
Dol hoje mora na Missão, junto com o Padre, que a salvou depois que o Dia aconteceu. Ele também salvou a vida de Ro. Que desde sempre foi como seu irmão – ou algo a mais.
Dol tem um pontinho cinza no pulso. Da cor do Oceano.
Ro tem dois pontinhos vermelhos em seu pulso. Da cor do fogo.
No dia de seu aniversário, o Padre chama Dol para a igreja. Ela já sabia o porquê. Ela viu em sua mente um livro ser embrulhado. Esse seria seu presente de aniversario. Sim, Doloria tem o dom de conseguir entrar na mente das pessoas, ver seus sentimentos, sentir suas dores.
Só que para sua surpresa, o livro nada mais é do que um famoso e proidido “Livro do Campo”, feito á mão. Extremamente proibido pela Embaixada – os governantes, abaixo apenas dos Lordes -, esse livro fala sobre as Crianças Ícones. Ou seja, de Dol e Ro. De inicio ela se recusa a ler, não quer acreditar que aquele livro tenha algo a ver com ela. Mas ela no fundo sabe que tem. Sabe que ela é uma Criança Ícone. Sabe que Ro também é. Mas Dol não tem muito tempo para digerir isso, já que, assim que o padre lhe entrega o livro, um bando de Simpas – Guardas da Embaixada – invadem a Missão e a igreja.
Dol só lembra-se de acordar em um vagão da Embaixada – nos Trilhos... E do Padre morto... A tristeza – algo que já é dela, que nasceu com ela – a corroí por dentro. Mas isso não dura muito, pois logo ela nota que não esta sozinha no vagão. Deitado no canto do vagão, uma silhueta parece dormir.
Seu nome é Fortis – guardem esse nome – e ele é nada mais nada menos que um Merc – vendedor, comerciante, contrabandista, que tem uma fama muito ruim. Dol então se vê em um beco sem saída. O Merc, Fortis, oferece ajuda para sair, mas ela tem que pagar pela ajuda. Dol não tem dinheiro. Mas tem o livro... E é a partir daí que a Embaixada fica d-e-s-m-a-i-a-d-a meus queridos!

“Um chorão é a encarnação humana da tristeza. Por natureza, o Doloris é um empático poderoso, quase telepático. Um Chorão consegue intuir tudo que é pensado ou dito por aqueles ao redor. Em geral esse poder é também uma maldição, pois o Chorão sente a dor dos outros, e neste mundo a muita dor para se sentir.”

Dol e Ro, em certo momento acabam cruzando com Lucas – outra Criança Ícone – que é o filho da Embaixadora – sim, isso mesmo, respira e continua. Ele acaba os levando para a ilha de Santa Catalina, uma das sedes da Embaixada. E o que eles querem? Simples: Testar as Crianças Ícone juntas e descobrir onde foi parar o livro da Embaixadora. Um livro de Campo, feito a mão, que lhe foi roubado á muitos anos – sim, isso mesmo.
Margaret cria um mundo pós-ocupação alienígena um tanto quando desesperador. Não existem esperanças até então. Os ícones emitem uma onda que controla a eletricidade de tudo, com um estalo de dedos tudo se apaga, e é por isso que os Lordes tem todo o poder. Tudo é racionado, e projetos secretos arquitetados pelos Lordes são feitos em vários lugares. Creio que, a explicação geral do que aconteceu, como, porquê e todas aquelas questões básica que têm de ser supridas, demora um pouco para vir. Sem falar que as ações são muito breves. Do nada Dol está presa e puff... Está livre pelos corredores de Santa Catalina. Acredito que nesse sentido houve sim um “errinho”.
Mas uma coisa compensa a outra. Ao mesmo tempo em que temos alguns furos na história, o contexto em si é muito bom. Uma escrita bem fluente, rápida. Sem muitas delongas e o mais importante: as explicações são precisas. Diretas. Nada de ficar remoendo lembranças e blá-blá-blá. Dol é direta e reta.
Ro tem o temperamento mais incrível do mundo. “Furioso”. Tima, também, seus dons secretos instigam qualquer um, assim como Lucas e o seu dom de persuadir as pessoas a fazer aquilo que ele quer. Fortis tem um papel muito importante nisso tudo. É ele quem diz a verdade para os quatro. A Embaixada pode cair, assim como os Lordes, e a bala de prata que fará isso são eles. Eles são a possível salvação da humanidade.
Um livro incrível, envolvente e que vale a pena ser lido. Desfrutem essa leitura e me digam o que acharam ok! ;)

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