Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Mais uma chance"
Autor: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
ISBN: B00GEEB4EM
Ano: 2016
Páginas: 208
Skoob: Livro
Estrelas: 4
Sinopse: "Grant Carter fez tudo em seu poder para convencer Harlow Manning que ele era um bom rapaz. Mais do que uma fala mansa e alguém em quem pudesse confiar. Ele teve de superar sua reputação como um playboy, e sua história com a meia-irmã de Harlow, Nan, uma mulher que é puro veneno. Harlow tinha agarrado a chance, caindo duro e rápido nos braços do cara que emocionou com o seu desejo que tudo consome. Depois de uma vida de evitar bad boys como Grant, ela abriu-se para as possibilidades de amor ... Mas um segredo rasgou-os, e agora Grant e Harlow devem decidir se eles podem lutar o suficiente para fazê-lo funcionar - ou se a dor da traição tem destruído permanentemente o seu futuro".
***
Para quem não conhece, Abbi Glines é uma norte
americana muito conhecida por seus “Romances Quentes”. Seu sucesso, assim como
o de muitas outras autoras desse gênero – New Adult –, começou a partir das
auto publicações. Seus livros são
publicados aqui no Brasil pela editora Arqueiro, e fazem muito sucesso. Nascida
no Alabama – Birmingham -, Abbi morou na pequena cidade de Sumiton até os seus
18 anos, quando seguiu seu namorado da época de escola até a costa. Hoje ela
vive feliz, com seus três filhos e seu marido em Fairhope, Alabama, e uma vez
por ano nos presenteia com um livro maravilhoso! Hoje é dia de iniciar o
oficialmente o ano. Com chave de ouro e tudo, pois finalmente eu trago para
vocês a resenha de Mais uma chance, a
continuação de “A Primeira Chance”, que conta a história de Harlow, filha do
astro de rock Kiro, e sua grande paixão, Grant.
Porque eu não controlei toda a merda que saía da minha boca na última vez em que vi Harlow? Eu estraguei tudo. Eu a machuquei.”
Iniciamos esse livro exatamente de onde o
primeiro havia parado. Harlow havia saído da vida de Grant após revelar seu
segredo – um problema de nascença, envolvendo seu coração – e, por sua vez,
Grant surta como se fosse uma criança com medo do escuro, só que no seu caso
ele tem medo de perder as pessoas que ama. (Amigo, existe uma coisa chamada
vida, e normalmente ela acaba, e todo mundo morre no final, Spoiler pra você,
Grant!).
Grant tornou sua rotina robótica. Ia trabalhar,
se esforçava o máximo que podia para chegar em casa, tomar banho, comer, deixar
mais uma mensagem na caixa postal de Harlow – pedindo perdão e que ela
voltasse, ou atendesse o telefone – e ia dormir, para sentir o mínimo de dor possível. Ele sabia que sua reação a
doença de Harlow foi cretinamente estúpida, e que agora, isso tudo que estava
acontecendo era culpa dele.
Harlow por sua vez foi se esconder da mídia –
que estava atrás de seu pai, Kiro – e também de Grant, já que a pouco tempo
havia descoberto que em sua barriga estava crescendo um filho dele. Obviamente,
o certo seria abortar, já que ela sofria com um grave problema cardíaco e dar a
luz poderia significar sua morte. Mas não, ela sempre foi uma guerreira, sempre
correu atrás do que queria e sempre deu certo. Ela já amava esse bebê, ela o
queria mais que tudo, apenas não mais que Grant.
Mase, cansado de ver sua irmã mais nova sofrer, há
meses sem sorrir, apenas esperando o tempo passar, decide contar a Rush que
Harlow estava gravida. Fazendo isso, ele com toda certeza contaria para Grant,
que por sua vez espumaria pelos ouvidos e correria até lá para tentar tirar
essa ideia da cabeça de Harlow.
Agora, já juntos, eles precisavam garantir que
tudo de melhor fosse feito. Os melhores médicos, melhores exames, melhores
tratamentos... Nada poderia dar errado, Harlow queria demais essa criança,
ninguém tiraria isso de sua cabeça, o máximo que podiam fazer era proporcionar
tudo do melhor, para que a situação ficasse sobre controle.
Mas será que tudo daria certo? Será que Harlow
conseguiria ver o rosto de seu bebe? Será que Grant deixaria de ser um bundão? –
desculpa, não aguentei-
"Eu tenho algo que as pessoas passam a vida procurando. Eu não posso pedir por mais".
Eu realmente vivo em uma situação de amor e ódio
com os livros da Abbi. Só ela consegue me fazer odiar um livro durante todo os
acontecimentos e amar ao ponto de chorar que nem uma criança que perde seu
ursinho. Sabe, tipo, chorar mesmo, de ter que parar de ler no ônibus para
respirar e não passar vergonha. Só a Jenny Han tinha conseguido fazer isso
comigo. Então, Parabéns Abbi, você ahasa mulher!
Nesse volume, basicamente, vemos as coisas se desenrolarem.
Ninguém iria conseguir obrigar Harlow a tirar a criança. Ela a queria mais que
tudo. A saída foi garantir que o tratamento e o acompanhamento seria o melhor possível.
Os melhores médicos, clínicas e exames. Como já é de se esperar em Rosemary,
tudo da sempre errado. Um beijo aqui, que foi “sem eu perceber, fiquei sem ação”,
um mal estar por conta de fofocas e como sempre, muito machismo super protetor.
Nesse livro em especial, eu fiquei com muito
ranço do Grant. Pelo amor de deus homem, cresça! A sua mulher esta em risco de
vida, gerando o filho de vocês e você só sabe se lamentar e ter medo de “perder”
as pessoas que ama! Alguém, por favor, entrega o manual da vida pra ele, e
explica que por causa do oxigênio nós vivemos e também morremos, já que ele
envelhece nossas células, ou seja, todos, sem exceção, a não ser que você seja
um X-Men, vamos morrer uma hora. Chega a dar raiva de ver ele se lamentando e
se tremendo de medo de perder ela e Blá, Blá, Blá. E o pior: ela apoia esse
medo. “Não quero deixa-lo com medo”, “Não quero preocupa-lo”... Se fosse eu,
metia a mão na cara dele e fazia esse frouxo acordar para a vida.
Decidi fazer anotações nesse livro. Normalmente
só marco frases e separo momentos e acontecimento, mas nesse eu separei cada sentimento
que eu tinha em relação a história. Que vão desde pensamentos sórdidos e não
muito puros relacionados a partes quente do livro (Algo do tipo: Harlow, sua
safada, todo mundo quer a cabeça dele no meio das nossas pernas), até pensamentos
nervosos envolvendo pequenos pontos de feminismo e raiva (do tipo: Só por que
você é o namorado dela, não significa que se um médico errar, você vai
conseguir arrumar o coração dela, seu trouxa).
Eu ainda tento imaginar qual é o tipo de homem
que as mulheres americanas gostam. Por que, sinceramente, eu sou homem, e fico
com nojo de pensar que existem homens com algumas das características de
personagens como Grant, Woods e Rush. Essa possessão, esse controle, essa coisa
de que só por que o cara tem um pênis ele não pode chegar perto da sua mulher.
Meu, chega a ser psicótico. No mundo real isso daria cadeia, eu acho. E o pior,
elas gostam! – Pelo menos no livro.
Odeio essas partes do livro, mas verdade é que
em toda resenha eu choro isso, e no final, aqui estou eu, devorando os livros
da série. É uma serie que ganhou meu coração, não tem como. Mas mesmo assim, eu
ainda acho que faltam livros onde as mulheres são suficientes e sem medos e
doenças que as façam fracas. Mulheres fortes, normais, do dia a dia, que se
apaixonam por caras normais, não os Senhores Greys da vida, nem os Rush Finley.
Sabe, caras normais, que tem vidas normais e trabalhos normais. Trazer isso
para a realidade e mostrar que qualquer um por ter a sua história erótica própria
é importante.
Fico triste em saber que a Bethy ainda não se recuperou
e que as coisas só pioram – quero um livro só dela, por favor, se vai ter da
vaca da Nan, tem que ter da Bethy com o Tripp também – e fico chateadisso em
ver a palhaçada, o escarcel que o o Kiro fez, e saiu ileso. Nem um soco aquele
escroto ganhou. Ele acha que só porque as pessoas o consideram um Deus, ele
pode ser do jeito que achar melhor. E as pessoas se acomodam a isso, relevam!
MEU AMOR, te sento meu tênis da Coca-Cola Cloting na cara e você vai ver que
Deus você é!
Sei que parece uma resenha negativa, meti o pau
nos personagens e na construção da personalidade deles, mas gente, Abbi e eu
temos um caso de amor antigo. Bate e assopra. Não sei viver sem os livros dela
e ela sabe disso – sabe mesmo, já me curtiu varias vezes no Face e no Insta –
então, querem uma dica? Leiam demais esse livro. E se apaixonem pela trama
simples, mais maravilhosa, que a gente só encontra em Rosemary Beach!
08/55