2 de março de 2015

Resenha - Inferno

Cuidado, pode haver Spoilers!!!

Livro: "Inferno"
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501097552
Ano: 2014
Páginas: 336
Skoob: Livro
Estrelas: 4

Sinopse: "Nesta continuação do mito de Perséfone recriado por Meg Cabot, Pierce Oliviera está em um lugar entre o paraíso e o inferno. Um castelo turvo e mal iluminado, de onde pode ver os espíritos dos mortos, prontos para embarcar em sua viagem derradeira. Mas não está lá por escolha própria: John Hayden, senhor do Mundo Inferior, está lhe mantendo lá. Para seu próprio bem, ele diz: para protegê-la das Fúrias que desejam vingar-se dele.
Mesmo que esteja lá, seus entes queridos não estão. E isso pode acabar custando caro para ambos. Mas John afirma que não pode deixá-la sair. Será que ela deveria confiar em sua palavra?"


***

"Heróis são pessoas que seguem em frente apesar do medo, porque sabem que têm trabalho a fazer..."

Essa semana é a vez de falar de uma das autoras mais amadas do mundo pelos adolescentes – e adultos também, já que suas obras vêm acompanhando toda uma geração – e um exemplo quando o assunto é obras publicadas. Meggin Patricia Cabot, mais conhecida pela abreviação Meg Cabot, Patricia Cabot ou pelo seu pseudônimo Jenny Carroll, nasceu em Bloomington, no dia 1 de fevereiro do ano de 1967, e tem em seu currículo mais de 60 livros publicados, dentre os quais seu maior bestseller é a série de dez volumes “O Diário da Princesa”, que não se aguentou nas páginas dos livros e pulou também para as telas do cinema, transformando Anne Hathaway na Princesa Mia. Atualmente Meg vive com seu marido em Nova Iorque e um de seus últimos lançamentos foi o livro “Inferno”, focado no mito de Hades e Perséfone... E é exatamente sobre ele que iremos falar agora!
Pierce agora é a senhora do Submundo. Lógico que disso nós já sabíamos, mas a partir do momento em que as Fúrias se tornaram um real risco para a sua vida – já que ela já morreu uma vez, e quase morreu uma segunda - , John decidiu que o seu lugar era o Submundo, junto com ele, onde ela estaria mais segura. Lógico que isso não é o que Pierce quer. Deixar sua família e seus amigos na mira das Fúrias não é a escolha certa, mas as coisas acabam saindo de seu controle a partir do momento em que ela se alimenta.
Assim como no conto de Perséfone, onde ela come 6 sementes de Romã – a fruta da morte – e acaba sendo obrigada a ficar permanentemente no Submundo, Pierce acaba comendo um Waffle... E seu futuro está selado. Mas boba foi ela que achou que sua vida no Submundo seria fácil. Primeiro ela descobre que não está sozinha, depois descobre que o seu Celular ainda funciona lá em baixo, como Henry mesmo diz, ele é um “Eespelho mágico” que mostra o que está acontecendo lá em cima... E o que acontece lá em cima? Alex, seu primo, está em apuros, pedindo ajuda de dentro de um caixão. Serão as fúrias? Os Rector?
Pierce não sabe, não tem certeza de nada, mas mesmo assim faz com que John a leve de volta para que assim ela possa ajudar seu primo. Voltar a Isla Huesos é um perigo, já que todas as Fúrias estão em seu encalço, e nem mesmo John sabe como acabar com elas.
Ah, e assim, só pra informar, Pierce está sumida a 2 dias, sua vó – que é uma Fúria – inventou várias histórias para a policia, e ao que eles acreditam Pierce foi sequestrada e seu pai esta oferecendo 1 milhão de dólares para quem tiver uma informação sobre ela... Ou seja, voltar a Isla Huesos não será tão fácil!

“- Independente do que sinta por mim, Pierce – continuou ele, sem piedade -, você está presa aqui para o resto da eternidade.”

Queridos, o Submundo é Oba Oba e eu quero ir pra lá também rapariga! Lá esta mais frio que no Brasil, tem noção disso???
De verdade, em comparação ao primeiro livro, esse tem um andamento maravilhoso. Meg Cabot soube fazer com que o decorrer das coisas fosse sutil e rápido. A história em si acontece em coisa de 2 dias. Pierce se encontra em uma corrida louca para encontrar seu primo, tendo que passar por 3 fúrias para isso e muitas revelações do passado.
Acredito que o livro foi além do que eu imaginava, uma trama muito bem trançada, cheia de conteúdo e histórias que fazem com que o contexto em si seja de fácil compreensão.
Pierce ás vezes tira a gente do sério. Mas já me acostumei com ela. No começo ela não quer ficar, mas fica porque não tem jeito. Depois descobre que não tem que ficar, e fica feliz, mas triste por isso e no fim, depois de uma loucura – me desculpe, mas amor é diferente de loucura – ela acaba selando seu futuro como rainha do Submundo. Cabot acertou em cheio na inserção de novos personagens. Os tripulantes do Liberty fazem toda a diferença no contexto e agregam e muito no entendimento. O final em si é o que mais revela as coisas, e mais te deixa louco da vida. Minha reação foi a seguinte: “Não acredito que vou ter que esperar mais um ano para ver o que aconteceu!”.
Vemos vários personagens perderem espaço, como Seth, Alex e o Sr. Smith, mas em contraponto, somos agraciados com Henry, com a pomba mais fodástica que existe e com Frank. As coisas são rápidas, é muito conteúdo, fatos que acontecem em coisa de dois dias.
Meg Cabot está frenética nessa continuação de Abandono e acreditem, esse volume dá de 10 á 0 no anterior. Eu realmente espero que o terceiro seja ainda melhor. Fechando alguns buracos e dando algumas explicações.
John deixa muito a desejar, omitindo coisas e fazendo drama com seu humor um tanto quando instável. Ele acaba omitindo coisas e fazendo com que tudo se torne mais difícil. Sabe gente, honestidade e conversa é a resolução para qualquer conflito. Comunicação. Mas não, os autores ainda preferem omitir e fazer com que um floco de neve, se torne um grande iceberg. E qual é esse amor louco por caras de cabelo grande gente? Sei lá, não imagino o John assim. Sem falar que, em momento algum ele demonstra querer libertar Pierce, é uma desculpa atrás da outra, uma mentirinha atrás da outra, tudo para que Pierce continue ali. É diferente uma coisa da outra, ela querer ficar é uma coisa, ele a obrigar, pois está cansado de ficar sozinho, é outra.
Um livro muito, muito bom, que vale e muito a pena se permitir entrar na história. Sei mais do Mito de Perséfone do que muitos por ai! Claro que, no primeiro algumas coisas ficaram soltas, a narração era cansativa e tudo mais, mas nesse, nota-se o progresso desde o começo da história. Vele a pena dar mais uma chance!
6/50

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