Há mais ou menos uma semana, rolou aqui no blog, um post falando sobre o lançamento do livro de um Joseense, "O Vale dos Mortos" que é escrito pelo Rodrigo de Oliveira. Se você ainda não viu o Post, corre AQUI e dá uma bisóiada, porque tá bem legal.
Pois bem meus queridos, hoje, eu trouxe pra vocês uma entrevista com o autor, pra matar um pouco mais a curiosidade de vocês em relação ao livro, que, levando em consideração os comentários que eu li nas redes, tem tudo pra ser o mais novo Best-Seller brasileiro.
Mais vamos parar de enrolar, e vamos direto ao que interessa... A Entrevista...
Rafael: Primeiramente,
conta pra gente quem é o Rodrigo de Oliveira. Sonhos, realizações, medos,
felicidades e etc.
Rodrigo: “Na
realidade eu não sou diferente da maioria dos homens da minha idade. Sou um pai
de família, apaixonado pela minha esposa e meus filhos e que adora uma vida
tranqüila, sem grandes tribulações. E meu grande sonho atualmente é conseguir
tornar “O Vale dos Mortos” conhecido por um grande número de leitores, algo que
aos poucos tenho conseguido realizar.”
Rafael: Quando foi
que você parou e pensou "Quero escrever um livro"? E por que Zumbis?
É um mercado que cresce a cada dia? Você diria que Zumbis, por causa da
franquia "Resident Evil" ou "The Walking Dead", estão tento
os mesmos 15 minutos que o "Cinquenta Tons de Cinza" teve e deu para
os outros livros do mesmo gênero?
Rodrigo: “Eu pensei
em escrever “O Vale dos Mortos” após um pesadelo que tive numa noite em que
assisti ao filme “Madrugada dos Mortos”, do diretor Zack Snyder. Eu pensei no
sonho durante muito tempo e a partir dele comecei a criar uma história que me
parecia muito interessante e que me perseguia noite e dia. Um dia eu li um
artigo do escritor André Vianco, no qual ele dizia que se uma idéia te persegue
de forma tal que você não consegue mais pensar em outra coisa, então está na
hora de transformá-la num livro. Aquele foi o empurrão que faltava.
De qualquer forma,
eu entendo que o momento realmente é propício por conta da série, dos filmes e
livros que tanto têm feito sucesso, mas é importante ressaltar que o assunto
dos zumbis é algo atemporal e que vem arrematando fãs há décadas. Mas sem
dúvida estamos presenciando o ápice dessa cultura.”
Rafael: Fala pra
gente um pouco sobre o livro. Apresente-o para os fãs e os possíveis futuros
fãs.
Rodrigo: ““O Vale
dos Mortos” fala da concretização de uma antiga lenda suméria na qual um
planeta é descoberto no nosso sistema solar e está em rota de colisão com a
Terra. Essa aproximação deflagra a epidemia dos zumbis, que arrasa a humanidade.
Eu mostro como a
praga vai desintegrando culturas e governos em diversas partes do globo, mas
enfoco principalmente a luta de uma família de São José dos Campos tentando
sobreviver em meio ao caos. E assim surgem os líderes que irão guiar os sobreviventes
em um novo mundo, muito mais violento e incerto.
A grande mensagem
que eu procuro deixar é que as pessoas funcionam melhor em comunidade e
cooperando umas com as outras, essa é a chave para vencer todos os desafios.
Minha grande
inspiração são as obras do Andre Vianco pelo estilo sombrio e denso e esse
aspecto regionalista, de escrever sobre locais com os quais se está
familiarizado e que traz os leitores para perto da história; e Jorge Amado, que
em minha opinião criou algumas das maiores heroínas da literatura brasileira e
que me ajudou muito na construção de algumas personagens fundamentais.
Quanto aos
agradecimentos, eu devo muito à minha esposa Cláudia que tanto me apoiou nesse
projeto apesar de detestar histórias de zumbis (risos), minha família inteira, sobretudo minha mãe Maria de Fátima
e meu sobrinho Raphael que foram os primeiros a lerem meu livro, meus amigos
Ricardo e Dalton que tanto têm me apoiado e aconselhado ao longo dessa jornada,
toda a minha equipe do site “O Vale dos Mortos” e os vários sites que têm
ajudado na divulgação do livro. Sem eles nada disso teria sido possível.”
Rafael: Sabemos que,
o mercado literário brasileiro não é o melhor do mundo, e que a publicação de
um livro não é tão fácil. Você acha que os brasileiros estão dando mais valor
aos "nacionais" ou a situação continua a mesma, ou seja, o que vem de
fora é sempre melhor?
Rodrigo: “Se por um
lado a produção nacional está fortíssima, com milhares de títulos publicados
todos os anos por autores brasileiros, do outro ainda vemos um predomínio dos
grandes blockbusters nas livrarias. E isso acaba direcionando o gosto do
público, sobretudo num país onde o hábito da leitura não é incentivado. Tanto
que hoje meu maior desafio é ter lançado um livro sobre zumbis num momento onde
duas obras estrangeiras sobre o assunto estão freqüentando a lista dos mais
vendidos da Revista Veja. É um desafio duríssimo.”
Rafael: Planos
futuros, pelo que sabemos, "O vale dos Mortos" é apenas o Primeiro de
cinco livros não é? Você pode soltar uns Spoilers ai pra gente? Fala um pouco
da série. O que podemos esperar?
Rodrigo: “Estou
agora na página 190 da continuação de “O Vale dos Mortos”. Se no primeiro livro
eu tenho uma visão razoavelmente otimista dos fatos, na continuação eu invisto
nos aspectos mais sombrios e cruéis de uma epidemia de zumbis. É um livro mais
denso, visceral. Logo nas primeiras páginas eu deixo claro que os avanços e
conquistas dos protagonistas no primeiro livro são insuficientes para garantir
a segurança e a estabilidade.
Está sendo uma
experiência incrível escrevê-lo, até porque eu flerto mais com o sobrenatural,
algo que no primeiro livro é pincelado de uma forma bastante sutil e pontual.”
Rafael: E pra finalizar,
queremos saber: Qual a Frase ou Palavra, que anda com você o dia inteiro, e
qual é o significado dela pra você?!
Rodrigo: “"Quem
salva uma vida, salva a humanidade inteira" – Esta frase foi tirada do Talmud,
mas foi imortalizada no filme “A Lista de Schindler”. É uma espécie de mantra dos protagonistas da
continuação que estou escrevendo e significa que a vida humana é tão sagrada,
tão preciosa, que salvá-la é a grande prioridade, custe o que custar, e que
conseguir essa proeza ecoa para sempre.
Esse é um dos
dilemas que estou trabalhando no novo livro: Se a vida é tão sagrada assim, em
qual momento é aceitável abrir mão de salvá-la? E quais são as conseqüências de
uma decisão tão complexa assim? É uma
discussão difícil, e que eu pretendo apresentar para todos em breve.”
Gostaria antes de qualquer coisa, ressaltar uma coisa que foi respondida pelo Rodrigo na segunda pergunta, e que também é algo que faz parte do meu pensamento. Não é segredo que eu amo livros, e além disso também amo escrever, e um dia, ouvi na TV, não sei quem falando o seguinte: "Se você dorme pensando em escrever, acorda pensando em escrever e passa o dia todo pensando em escrever, não tenha dúvida, você será um escritor!". Realmente não me lembro quem disse isso, mais acho que é bem assim que acontece.
E você ai? Ainda tem duvidas se deve correr até a livraria mais próxima da sua casa e comprar esse livro? Então CORRE! Rs'
Queria agradecer ao Rodrigo pela entrevista, e parabenizá-lo pelo sucesso do livro. Bons ventos continuarão a vir!
Em breve, tem resenha aqui ein!