Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!
Autor: Paul Fabien
Editora: Isis
Ano: 2013
ISBN: 9788581890258
Skoob: Livro
Sinopse: "Em um futuro não muito distante um casal de oficiais, Vitã e Helena, participam de várias campanhas militares. Em todas as oportunidades lutam para defender a grande floresta Amazônica. Eles não imaginam que uma nova missão irá lançá-los na mais espetacular e perigosa das aventuras. O grande enigma começaria dentro da Amazônia, um lugar inóspito e assustador repleto de mistérios e grandes perigos. Após vários confrontos se deparam com as cavernas de Abissínia, na Colômbia, onde encontram a origem do verdadeiro mal e descobrem antigos segredos gravados em inscrições cuneiformes, registradas por outras civilizações pré-diluvianas."
***
Dois jovens Majores se
encontravam em férias, enquanto Helena curtia uma pequena e moderada fossa com
sua tia na futurística Rio de Janeiro, Vitã aproveitava sua folga para voltar
ás origens e interagir com os índios da tribo onde cresceu, na grande floresta
Amazônica. Eis que seu comandante, Lemos, os convoca para um reunião, na manhã
do dia seguinte. Até então era uma reunião qualquer, talvez teste de novos
armamentos, e até mesmo novos treinamentos. Ambos os Majores eram novos e um
tanto quanto experientes. Se destacaram no cumprimento de suas campanhas e
dessa forma subiram na hierarquia. Mal
sabiam eles que o que lhes esperavam era uma missão perigosa e secreta. Repleta
de coisas inexplicáveis. O que sabiam era que havia um informante em sua
gigantesca e tecnológica base em Codajás.
Logo após a reunião, em
que foram expostos novos avanços na criação de remédios usando as plantas
cultivadas na grande extensão da floresta, o comandante pediu para conversar á
sós com os majores. E algo estarrecedor ganhou espaço: A pouco tempo, um objeto
não identificado, foi localizado nos arredores da Base, e ó pode ser captado
graças a um tipo de decodificação de cores usado em um equipamento metrológico.
A nave tinha o formato de um inseto, da cor verde, e o material que lhe revestia
era desconhecido. A nave passou pelo
território brasileiro, e desapareceu na divisa com a Colômbia. A missão era
simples, se vista por cima, seguir uma dessas aeronaves, usando o novo sensor
que já estava sendo produzido em grande escala, e localizar o ponto de pouso da
nave. Mas isso implicava em, voar sobre um território “inimigo” sem a permissão
do governo, sofrendo o risco de serem pegos. A deixa seria um visita médica a
uma tribo na localidade, e dali, eles se dispersariam, e seguiriam com a
missão. Mas o que seria da vida, ou de um bom livro, se não fossem os
imprevistos?
Um robô reflorestador
perdido... Uma nave desconhecida caída... Um monstro transgênico a solta... Senhores,
bem vindos ao futuro!
***
“Eu sou Zargal, o
gladiador de Nippur, campeão invicto das arenas distantes. Com muitos
gladiadores da Mesopotâmia eu lutei e venci. Nem mesmo as feras do campo eram
páreas para mim. Mas agora um importante segredo e um terrível obstáculo
apareceram em meu caminho, atrapalhando meus planos e deixando minha alma
entristecida”
Primeiramente, QUE CAPA
INCRIVEL É ESSA? Mais falemos disso mais para a frente.
Não costumo receber
muitas propostas de parceria, mais essa surgiu do nada, o Paul encontrou o
Blog, curtiu, e perguntou se eu não gostaria de resenhar o seu livro... Não me
arrependo nem um pouquinho. Esse é o primeiro desse gênero que pego. Um livro
totalmente futurista, com uma escrita simples e tecnicamente impecável. Uma
descrição de local incrível, e uma projeção de tempo maravilhosa. Me vi dentro
da corporação Umbrella, só quem sem os Zumbis e a Rainha vermelha no meu encalço.
De inicio, você é conduzido a acreditar em ÓVINIS, ok, alienígenas são legais,
é um assunto bom. Mas daí as coisas mudam, e você é induzido a acreditar que as
naves são feitos humanos, com um metal novo, e que aquelas criaturas são apenas
Transgênicos (como se fossem clones humanos misturados com bichos), mais então,
quando os majores adentram na base de Abissínia as coisas mudam novamente. Nos
relatos encontrados de milhares de anos atrás em que Zargal acaba relatando sua
trajetória, na busca do “Artesanato Voador” para a Imperatriz Margirim, sua
visão muda novamente, numa mistura meio louca de Deuses com naves espaciais que
moravam em outra dimensão e que guardavam a sete chaves a árvore da qual os
frutos poderiam fornecer a vida eterna. Meio louco? Um misto meio desconfiável?
Não, vão por mim quando digo que tudo se encaixa e faz sentido no fim. E o que
eles são? Há, não vou contar nem a pau meus queridos.
De todo o livro, achei
poucos, quase nenhum pontos ‘negativos’. A narrativa de Zargal, mesmo sendo
importantíssima e boa, ficou um pouco cansativa, mais isso faz parte, tentem
introduzir toda uma história em poucas páginas e voilá (se escreve assim mesmo?
Acho que não hein! Há’), também achei a inserção de alguns personagens meio sem
sentido, como a amiga de Vitã no inicio do livro. Ela some e não dá mais
noticias. No final também aparecem alguns pilotos que eu não havia visto no
inicio, mais que são descritos como se já fosse citados... E é no final mesmo
que eu queria chegar. Ao mesmo tempo em que temos um decorrer de fatos um tanto
quanto rápido e sem enrolação – se mudassem o nome do livro seria esse, “Sem
Enrolação”, um livro direto, com bastante conversação, e detalhado até não
querer mais, e ainda assim consegue não ser enrolativo, se é que me entendem – mais
também decisivo, o autor traz um final muito, muito inesperado. Uma mistura de
todos os tipos de superstição, que formam um novo mito em realidade. Os fatos,
as provas que o autor põe no livro, fazem com que você acredite que sim,
aquilo, no fundo é a real verdade. E é isso que encanta um leitor em uma
leitura. Pelo menos comigo é assim.
Se atentem á capa, pois
foi graças ao INCRIVEL trabalho gráfico que eu consegui ter uma noção de forma
de tudo. É difícil você imaginar algo que nunca viu, mais quando rola um
desenho básico, já ajuda bastante, e acreditem, essa capa traz tudo o que é
necessário pra poder se imaginar as cenas.
Sem falar que, eu já li
livros distópicos onde a escravidão volta á tona e tal, e com esse não é
diferente, uma ficção cientifica, onde o romance não é o ponto central e que
traz á tona uma realidade ativa. A volta da escravidão. As guerras políticas. A
corrida ao poder e sem duvida a queda dos não merecedores de poder.
E antes de terminar,
uma outra coisa... Só eu que cai de amores pela SIB 41?
Um livro nacional – o primeiro
desse estilo que li - que realmente vai tirar o seu ar. Indico total a leitura,
ainda mais se você não está acostumado com esse tipo de cenário. Literatura
Nacional do mais alto nível.
Perguntas que ainda
assim não se calam:
Em que ano se passa?
Por que o General Lemos
disse que a Árvore deveria voltar para o oriente médio?
Se ela devia voltar, a
melhor pergunta a se fazer é, como –raios- ela saiu de lá e veio parar aqui?
E por último, Grispin e
o Bartolo com seu pai. O que aconteceu com eles? A Base entrou em guerra e eles
estavam lá não estavam?
Excelente resenha! Também já li este livro e posso dizer, sem sombra de dúvidas, que adorei... Concordo com tudo o que você relatou, ressaltando que por ser apenas o primeiro volume de uma série é normal que fiquem algumas perguntas em aberto para serem respondidas nos próximos livros. De qualquer forma, adorei a resenha. Parabéns também ao autor Paul Fabien pela maravilhosa história!!!
ResponderExcluirTambém adorei o livro! E a capa também é de prender o fôlego (QUE COISA LINDA!!!). E fora que o autor é SUPERSIMPÁTICO! :D
ResponderExcluirAbraços!
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