2 de dezembro de 2013

Resenha - Amazônia - Arquivo das Almas

Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Amazônia - Arquivo das Almas
Autor: Paul Fabien
Editora: Isis
Ano: 2013
ISBN:  9788581890258
Skoob: Livro

Sinopse: "Em um futuro não muito distante um casal de oficiais, Vitã e Helena, participam de várias campanhas militares. Em todas as oportunidades lutam para defender a grande floresta Amazônica. Eles não imaginam que uma nova missão irá lançá-los na mais espetacular e perigosa das aventuras. O grande enigma começaria dentro da Amazônia, um lugar inóspito e assustador repleto de mistérios e grandes perigos. Após vários confrontos se deparam com as cavernas de Abissínia, na Colômbia, onde encontram a origem do verdadeiro mal e descobrem antigos segredos gravados em inscrições cuneiformes, registradas por outras civilizações pré-diluvianas."

***

Dois jovens Majores se encontravam em férias, enquanto Helena curtia uma pequena e moderada fossa com sua tia na futurística Rio de Janeiro, Vitã aproveitava sua folga para voltar ás origens e interagir com os índios da tribo onde cresceu, na grande floresta Amazônica. Eis que seu comandante, Lemos, os convoca para um reunião, na manhã do dia seguinte. Até então era uma reunião qualquer, talvez teste de novos armamentos, e até mesmo novos treinamentos. Ambos os Majores eram novos e um tanto quanto experientes. Se destacaram no cumprimento de suas campanhas e dessa forma subiram na hierarquia.  Mal sabiam eles que o que lhes esperavam era uma missão perigosa e secreta. Repleta de coisas inexplicáveis. O que sabiam era que havia um informante em sua gigantesca e tecnológica base em Codajás.
Logo após a reunião, em que foram expostos novos avanços na criação de remédios usando as plantas cultivadas na grande extensão da floresta, o comandante pediu para conversar á sós com os majores. E algo estarrecedor ganhou espaço: A pouco tempo, um objeto não identificado, foi localizado nos arredores da Base, e ó pode ser captado graças a um tipo de decodificação de cores usado em um equipamento metrológico. A nave tinha o formato de um inseto, da cor verde, e o material que lhe revestia era desconhecido.  A nave passou pelo território brasileiro, e desapareceu na divisa com a Colômbia. A missão era simples, se vista por cima, seguir uma dessas aeronaves, usando o novo sensor que já estava sendo produzido em grande escala, e localizar o ponto de pouso da nave. Mas isso implicava em, voar sobre um território “inimigo” sem a permissão do governo, sofrendo o risco de serem pegos. A deixa seria um visita médica a uma tribo na localidade, e dali, eles se dispersariam, e seguiriam com a missão. Mas o que seria da vida, ou de um bom livro, se não fossem os imprevistos?
Um robô reflorestador perdido... Uma nave desconhecida caída... Um monstro transgênico a solta... Senhores, bem vindos ao futuro!

***

“Eu sou Zargal, o gladiador de Nippur, campeão invicto das arenas distantes. Com muitos gladiadores da Mesopotâmia eu lutei e venci. Nem mesmo as feras do campo eram páreas para mim. Mas agora um importante segredo e um terrível obstáculo apareceram em meu caminho, atrapalhando meus planos e deixando minha alma entristecida”

Primeiramente, QUE CAPA INCRIVEL É ESSA? Mais falemos disso mais para a frente.
Não costumo receber muitas propostas de parceria, mais essa surgiu do nada, o Paul encontrou o Blog, curtiu, e perguntou se eu não gostaria de resenhar o seu livro... Não me arrependo nem um pouquinho. Esse é o primeiro desse gênero que pego. Um livro totalmente futurista, com uma escrita simples e tecnicamente impecável. Uma descrição de local incrível, e uma projeção de tempo maravilhosa. Me vi dentro da corporação Umbrella, só quem sem os Zumbis e a Rainha vermelha no meu encalço. De inicio, você é conduzido a acreditar em ÓVINIS, ok, alienígenas são legais, é um assunto bom. Mas daí as coisas mudam, e você é induzido a acreditar que as naves são feitos humanos, com um metal novo, e que aquelas criaturas são apenas Transgênicos (como se fossem clones humanos misturados com bichos), mais então, quando os majores adentram na base de Abissínia as coisas mudam novamente. Nos relatos encontrados de milhares de anos atrás em que Zargal acaba relatando sua trajetória, na busca do “Artesanato Voador” para a Imperatriz Margirim, sua visão muda novamente, numa mistura meio louca de Deuses com naves espaciais que moravam em outra dimensão e que guardavam a sete chaves a árvore da qual os frutos poderiam fornecer a vida eterna. Meio louco? Um misto meio desconfiável? Não, vão por mim quando digo que tudo se encaixa e faz sentido no fim. E o que eles são? Há, não vou contar nem a pau meus queridos.
De todo o livro, achei poucos, quase nenhum pontos ‘negativos’. A narrativa de Zargal, mesmo sendo importantíssima e boa, ficou um pouco cansativa, mais isso faz parte, tentem introduzir toda uma história em poucas páginas e voilá (se escreve assim mesmo? Acho que não hein! Há’), também achei a inserção de alguns personagens meio sem sentido, como a amiga de Vitã no inicio do livro. Ela some e não dá mais noticias. No final também aparecem alguns pilotos que eu não havia visto no inicio, mais que são descritos como se já fosse citados... E é no final mesmo que eu queria chegar. Ao mesmo tempo em que temos um decorrer de fatos um tanto quanto rápido e sem enrolação – se mudassem o nome do livro seria esse, “Sem Enrolação”, um livro direto, com bastante conversação, e detalhado até não querer mais, e ainda assim consegue não ser enrolativo, se é que me entendem – mais também decisivo, o autor traz um final muito, muito inesperado. Uma mistura de todos os tipos de superstição, que formam um novo mito em realidade. Os fatos, as provas que o autor põe no livro, fazem com que você acredite que sim, aquilo, no fundo é a real verdade. E é isso que encanta um leitor em uma leitura. Pelo menos comigo é assim.
Se atentem á capa, pois foi graças ao INCRIVEL trabalho gráfico que eu consegui ter uma noção de forma de tudo. É difícil você imaginar algo que nunca viu, mais quando rola um desenho básico, já ajuda bastante, e acreditem, essa capa traz tudo o que é necessário pra poder se imaginar as cenas.
Sem falar que, eu já li livros distópicos onde a escravidão volta á tona e tal, e com esse não é diferente, uma ficção cientifica, onde o romance não é o ponto central e que traz á tona uma realidade ativa. A volta da escravidão. As guerras políticas. A corrida ao poder e sem duvida a queda dos não merecedores de poder.
E antes de terminar, uma outra coisa... Só eu que cai de amores pela SIB 41?
Um livro nacional – o primeiro desse estilo que li - que realmente vai tirar o seu ar. Indico total a leitura, ainda mais se você não está acostumado com esse tipo de cenário. Literatura Nacional do mais alto nível.

Perguntas que ainda assim não se calam:
Em que ano se passa?
Por que o General Lemos disse que a Árvore deveria voltar para o oriente médio?
Se ela devia voltar, a melhor pergunta a se fazer é, como –raios- ela saiu de lá e veio parar aqui?
E por último, Grispin e o Bartolo com seu pai. O que aconteceu com eles? A Base entrou em guerra e eles estavam lá não estavam?

2 comentários:

  1. Excelente resenha! Também já li este livro e posso dizer, sem sombra de dúvidas, que adorei... Concordo com tudo o que você relatou, ressaltando que por ser apenas o primeiro volume de uma série é normal que fiquem algumas perguntas em aberto para serem respondidas nos próximos livros. De qualquer forma, adorei a resenha. Parabéns também ao autor Paul Fabien pela maravilhosa história!!!

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  2. Também adorei o livro! E a capa também é de prender o fôlego (QUE COISA LINDA!!!). E fora que o autor é SUPERSIMPÁTICO! :D
    Abraços!

    http://meninodoslivros.blogspot.com.br/

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