11 de janeiro de 2016

Resenha - A Herdeira

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "A Herdeira"
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765657
Ano: 2015
Páginas: 391
Skoob: Livro
Estrelas: 5

Sinopse: "No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do "felizes para sempre".
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais. Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia". 

***

Que tal começar o ano novamente falando de Kiera Cass? Pois é, seguindo a tradição inexistente mas que eu vou fingir que existe, pois ano passado também iniciei com ela, esse ano vai começar com mais um livro lindo da Kiera Cass.
Kiera Cass nasceu em 1981, na Carolina do Sul e estudou na Radford University. Publicou o primeiro livro da trilogia “A Seleção” em 2012 pela HarperTeen. Ano retrasado ela nos presenteou com a sua presença na Bienal do Livro de São Paulo, levando todos á loucura e desde então não se falou em outra coisa que não fosse a continuação da trilogia “A Seleção”, que agora será composta por 5 livros, “A Herdeira” trará de volta nossa queria Angeles e seus soberanos sobre o ponto de vista da filha de America com Maxon, e acreditem, vai fazer vocês ficarem loucos. E é dele que nós falaremos agora!

“[...] – Mas não é justo, é? Sempre pensei que o fim das castas significava que ninguém mais nascia destinado a fazer qualquer coisa. Será que isso se aplica a todos, menos a você?
- Parece que sim.”

Com o final de “A Escolha” cerca de 18 anos se passaram. As castas foram dissolvidas aos poucos e agora a monarquia parecia reinar. Maxon e America, rei e rainha, agora tinham 4 filhos e um reino em “paz” para cuidar. Na verdade eu deveria começar essa pequena sinopse do livro de outra forma e explicar que por conta de 7 minutos de diferença entre os gêmeos Eadlyn e Ahren, o reino, futuramente, teria uma rainha governante e não um rei. Mas me recuso a colocar os holofotes em Eadlyn – pelo menos não nesse momento -, então vamos ao que vocês precisam entender.
Para todos, dissolver as castas seria o certo a se fazer. Mas o preconceito ainda era grande e as promessas feitas na hora em que tudo mudou não estavam sendo cumpridas. Ainda havia preconceito por parte dos integrantes das antigas castas altas e isso dificultava a vida de quem pertencia as castas baixas. Nem mesmo o tempo entre uma geração ajudou na situação. A igualdade social, politica e econômica não estava vingando e o povo estava começando a se rebelar, afinal, o sistema de casta podia ser injusto, mas funcionava. Hoje a população estava sem emprego, sem dinheiro e muitos até sem moradia. A coisa não ia tão bem.
Para ganhar tempo em meio ás reclamações e protestos, Maxon decidiu trazer de volta, direto do Arquivo Confidencial do Faustão, A Seleção. A Seleção dessa vez seria mais uma forma de distração para a população se esquecer destes problemas enquanto o rei tentava arrumar tudo a tempo. Por ser a herdeira do trono, A Seleção aconteceria com Eadlyn, ou seja, 35 machos, de todos os lugares de Illéa para cortejá-la e seduzir seu coração com o mais puro amor... Mais isso aqui não é Disney, nem um conto de fadas e a Eadlyn, na minha humilde opinião, está longe de ser uma princesa, digamos, “normal” – para não falar uma coisa mais feia!

“- Sim, mas eu serei a rainha. [...]
- E o seu nome um dia aparecerá em um livro de história. Um moleque de dez anos entediado vai decorá-lo para a prova e depois esquecer tudo a seu respeito. Você tem um emprego, como qualquer outra pessoa. Pare de agir como se ser rainha fizesse de você alguém melhor ou pior que os outros”. (Momento: TURN DOWN FOR WHAT?!).

Primeiramente, antes de qualquer impressão que eu possa passar, saibam que eu amei o livro assim como eu amo todos os livros que a Kiera Cass escreve. Mas eu preciso dizer: Eadlyn é uma grande... Argh!
Não sei onde a autora estava com a cabeça quando criou uma personagem tão, mas tão, difícil quanto Eadlyn. Ela aceita a A Seleção, ainda meio emburrada, mas faz alguns pedidos. Um deles é: Se ao final da coisa toda, ela não tiver se apaixonado, não vai rolar um casamento! E durante quase que o livro todo vemos isso. Ela evitando se entregar ao jogo. Evitando se abrir, conhecer e deixar ser conhecida. Isso me irritou demais.
Acho que a necessidade de trazer aos leitores uma personagem forte como America era não fez bem á Eadlyn. Competir com America não é fácil e não é para qualquer uma, nem mesmo para sua filha. Eadlyn era uma verdadeira, desculpe a forma como vou usar a palavra, mas acho que seja válido para caracterizar algumas faces dela, feminista. Só que todo o seu poder, força, confiança e independência se pedia em meio a uma personalidade de menina mimada, prepotente e em muitos momentos preconceituosa. Quando ela comentou sobre o namorado de Neena, sua “assistente”, eu tive vontade de enterrar o meu tênis cano alto na cara dela. Garota escrota.
MAS – não me julguem antes de ler o resto – o jogo muda um pouco conforme as páginas passam. Ela, mesmo que sem querer, vai deixando com que os rapazes entrem em sua intimidade, em sua vida. E passa a entender, mesmo que muito tarde, nos 45 do segundo tempo, o que A Seleção poderia significar para ela se ela se deixasse participar de verdade daquilo. Poderia significar aquilo que Maxon e America tem, ou seja, um amor verdadeiro, avassalador.
Achei incrível e muito importante esse tema, essa visão de poder feminino e independência, fazer parte do enredo. Porque querendo ou não Eadlyn é meio que isso. Cresceu sabendo que assumiria um papel importante, que seria cobrada e pressionada. E a admiro muito por sua postura. Mas meu amor, prepotência comigo não tem vez, meto-lhe a mão na cara e a gente vai ver quem é que manda aqui!
Obviamente, na minha visão romântica de tudo, ela tem, repito, TEM, que ficar com o Kile. OBVIO. Até por que se isso não acontecer, pode ter certeza, eu vou mandar muitos e-mails para a Kiera e vou marcar ela em tudo até ela me ouvir. Eu não aceito outra opção. Nada de Fox, Hale, Henri e nem mesmo o Erik – que ganhou meu coração. TEM QUE SER O KILE!
Obviamente não tem como não amar a Kiera e tudo que ela escreve. Com esse livro, apesar dos pesares, não foi diferente. Demorei três dia para ler, o que é um recorde, de tão maravilhosa que é a trama. De forma alguma nenhum de vocês se arrependerá de iniciar essa leitura.
01/55!
Sim, aumentei mais 5 títulos. Vai ser um ano difícil, atarefado, mas nós vamos conseguir, porque é aquele ditado: “Faça por onde e eu te recompensarei”, BRASIL, Inês.

4 comentários:

  1. Então, o que falar de menina Eadlyn? Para mim é um nítido caso da autora ter errado na mão na hora de construir a personagem, que repele ao invés de criar um laço empático com o leitor. O mais impressionante de tudo isso é que mesmo em meio a tantos problemas o livro se mantém interessante com sua parte política melhor trabalhada e a escrita de Kiera que é simplesmente hipnotizante!
    Ameeei a resenha (assim como o blogueiro), e agora lhe parabenizo de forma pública pelo excelente trabalho aqui no blog!

    https://fatalityliterario.wordpress.com/

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    1. Realmente, a personagem não é mais amada. Acabamos lendo para ver outros personagens, como Kile, America, Ahren, Erik... Mas a Eadlyn, no fundo no fundo, não. Impossivel simpatizar de cara.

      <3 Obrigado pelo comentário! :3

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  2. Amei a resenha e o livro, mas quero ela com o Erik, desculpa mundo! Briguei com a Eadlyn durante toda a leitura, mas não consegui deixar de torcer por ela. Quero o próximo, pelo amor de Goooood!

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    1. Menina, eu pensei no mesmo, sabia. Tipo, ele ganhou ganhou muito espaço e o coração dela, mas me desculpa miga, Kile é maravilhoso. Se a capa do The Queen não fosse tão feia eu até estaria ansioso para ele lançar. HAHAHAHA

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