15 de julho de 2013

Resenha - "Três é Demais"

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Três É Demais
Autor: Ali Cronin
Editora: Seguinte
Ano: 2013
ISBN: 9788565765183
Skoob: Livro

Sinopse: "Cass está entre as mais inteligentes da classe. Tem uma famíia carinhosa, amigos incríveis, um namorado lindo, um futuro brilhante pela frente. Sua vida é perfeita (ou pelo menos é o que parece). Seus amigos sempre deixaram claro que não aprovam seu namorado. Para piorar, seu melhor amigo se declara para ela - e Cass não sabe como dizer não sem machucá-lo. Na escola, ela está uma pilha de nervos desde que fez a entrevista para tentar uma vaga em Cambridge. Sua confiança vai por água abaixo quando ela tira uma nota C num trabalho de política do colégio. Pouco a pouco, a vida de conto de fadas de Cass vai desmoronando, e ela terá que se esforçar muito para administrar os "pequenos" percalços que vão surgindo pelo caminho e ao mesmo tempo resolver seus grandes dilemas."

***

"...[...] Deus abençoe Anne Hathaway e seus dentes enormes... [...] - Ela tem a boca de um ser humano de cabeça maior!"

Eis então que chega a vez de Cass ganhar espaço e trajetória própria. A mais inteligente do grupo, talvez a mais bem de vida e mais decida deles todos. Talvez nem tão decidida.
Cass tem mais conflitos do que aparenta.
Á qual universidade seguir? Por que seus amigos não gostam de Adam? - perguntinha mais imbecil hein! - E Tom, porque ela pensa tanto nele? Por que seus amigos têm a excluído das saídas em grupo? E como uma aluna que tira C em um trabalho de ciência política quer entrar em Cambridge para cursar advocacia?
Pelos olhos dos outros Cass é a perfeita do grupo, organizada, inteligente, bonita e talvez a mais bem resolvida. Tudo bem que o namorado dela é um babaca de marca maior, mais nem todo mundo é perfeito. Mais no fundo nem é bem assim. Em constante pressão, Cass se vê sufocada. Por Adam, Por sua Mãe, pelos professores, pelo belo C que tirou, Por Cambridge, pelo Ar, pela água, pelos cosmos e até mesmo por aquela formiguinha que andava ali, no meio fio, entre o asfalto e a calçada. Cass se sente sufocada, e agora tinha mais uma preocupação, sua menstruação não havia descido... Oito dias de atraso.
Entre vários e vários conflitos, Cass se depara com uma situação que nas melhores das hipóteses fariam com que ela seguisse os passos de sua mãe. Que também engravidou cedo. Ela queria isso? Queria um filho? Queria Adam como marido? Queria uma vida assim como a de sua mãe? E Cambridge? E seus amigos...
Pois é, muitas perguntas. Mais posso só dizer uma coisa?
A cada livro que passa, a história fica melhor!

“- Espero que a passagem de Rich pelo hospital o faça perceber o quão frágil a vida é... Eu e ele poderíamos trocar figurinhas sobre o assunto! [...] - Visite-o, e diga que mandei avisar que por pior que ele esteja agora, isso vai mudar. A vida é uma Montanha Russa, não é mesmo?”

Não sei por que, mais essa narrativa me encanta. Simples mas ao mesmo tempo detalhada, intrigante. Ali Cronin realmente sabe o que faz. Eu achei que esse seria um fiasco... Tipo, de verdade? Cass? Jura? A miss Sem Graça?
Sempre achei ela a mais sem graça. Mais confesso que conforme os livros vem vindo, eles vão melhorando. Sarah foi um fiasco de chatice. Ash foi um êxtase que nem tenho como descrever. E Cass, nossa, esse preencheu certos espaços que faltavam.
Alguém de vocês já pensou em estudar em Cambridge? Posso dizer o porquê que amei tanto esse livro em especial? Ele me trouxe de volta as lembranças do filme “Fazendo História”. É incrível o jeito como os ingleses, pelo menos na ficção, pensam. Sem preconceitos, ou julgamentos, sexo e drogas tratados da forma que deveriam ser tratados. Sem medo de agir, de falar. E com esse cenário boêmio, vintage e repleto de PUB’s não tem como não se jogar de tal forma que o livro vira uma barra de chocolate 70% amarga, e você um gordo esfomeado sedento por calorias, gorduras e satisfação própria! (Foi mal, eu amo chocolate amargo!)
Eu realmente, nesse livro consegui ter uma perspectiva melhor de Brighton. Vejo várias casas iguais em uma rua sobre coberta por uma densa névoa e um sol lá ao fundo, sem impelir sua imponência. Apenas ali, dizendo que estava lá, fazendo seu trabalho. Pessoas agasalhadas passando pelas calçadas que beiravam os gramados perfeitos, atravessando as ruas, que se entrecruzavam, mostrando mais casas iguais... Nossa que VIBE boa esse livro me traz. Bem ao estilo Harry Potter!
Cass ironicamente tinha tudo que todos sempre desejavam. Beleza, inteligência, sua família era bem “apossada”, suas notas eram as melhores, tinha um namorado, que por favor, para ela era ‘incrível’. Mais as coisas vão acontecendo de tal forma que quando dá por si, Cass está se sufocando.
No início até achei que Adam poderia ter salvação. Mais não, nem mesmo o diabo pode ter um dia de anjo meus caros! Com o passar da história, aquele papo de que “Adam não é assim o tempo todo” vai saindo de cena. Ele começa a ficar distante, seu ciúme é de dar nojo. Se mostra um grande porco, nojento, preconceituoso e xucro (haha’ to dando umas lidas no dicionário, foi mal ai sociedade). E em meio a tantas coisas, a tantos conflitos ele acaba saindo de cena. Achei que respiraria Adam pelo livro todo, mais não. Tom – Garoto inteligente que Cass conhece no dia de sua entrevista em Cambridge - ganha uma parte significativa no livro, assim como Jack, que me desculpa, Cass devia ter terminado com Adam e corrido até a casa de Hanna para impedir que Jack fosse desvirginado (mais uma do meu dicionário).Mais acho que tudo tem seu tempo. Afinal de contas, Cass acabou quebrando o coraçãozinho dele em pedaços, na noite do jogo de futebol dele, ao separar uma briga entre ele e Adam e gritar que não sentia EXATAMENTE nada por ele. Tudo bem, ela se redimiu, mais ainda assim, os fins não justificam os meios.
Os conflitos com sua mãe aumentam, pois para Cass ela estava tentando viver seus sonhos a usando. No fundo dá pra perceber que Cass quer Cambridge, não se tem dúvidas, mais os meios de chegar até lá deixam ela de cabeça pra baixo de tanto nervoso. Ela precisa de 3 As, e ate então tinha apenas um grande e gordo C em um trabalho. As coisas começam a ficar piores, quando Rich sofre uma overdose – *lágrimas* comentarei isso mais pra baixo ok, estou me recuperando ainda – e seu pai acaba sofrendo um enfarte, Adam fica atônito (to arretado nas palavras difíceis hoje hein!) ás situações, mostrando ter um coração de pedra e 0 de sentimentalismo. E tudo isso misturado com o Grande C, á oportunidade de Cambridge, ao seu sentimento de culpa por não ter percebido que um amigo precisava de ajuda, e ao fato de ter dado, mesmo sem querer, esperanças á Jack, faz com que ela fique louca.

“- Espero que a passagem de Rich pelo hospital o faça perceber o quão frágil a vida é... Eu e ele poderíamos trocar figurinhas sobre o assunto! [...] - Visite-o, e diga que mandei avisar que por pior que ele esteja agora, isso vai mudar. A vida é uma Montanha Russa, não é mesmo?”

Overdose. Sim meus queridos. Rich sofreu uma overdose de álcool com antidepressivos misturados com drogas ilícitas. O que mais ficou no ar é o porquê de tudo isso. Tudo bem, a avó dele havia morrido á pouco tempo, e isso sem duvida era algo mal superado por ele, isso ficou claro no segundo livro, mais e agora? Fiquei na duvida se foi por isso, ou se foi também por isso somado a alguma desilusão amorosa (talvez na do ano novo, quem sabe). Mais confesso que foi de doer o coração. Ver a forma que ele estava, quieto, triste, alto por causa das drogas, e imaginar que passou por tudo sozinho. Não deve ser fácil encontrar seu amigo, no chão do banheiro de uma PUB, desmaiado. E não deve ter sido fácil passar pelo que fosse que ele estava passando.

“Mas não me senti aliviado”, declarou
“Que?”
“Quando acordei no hospital. Não fiquei feliz por estar vivo!’

Isso foi o que me matou. Que sentimento era esse, que dor era essa que fez com que ele ficasse triste em acordar vivo no hospital? Não que ele tivesse tentado se matar, não, foi sem querer, mais mesmo assim.
Comecei a ler a parte em que ele tem a overdose e tive que parar, para poder trabalhar. Não fiz nada de produtivo, pensando se ele estava bem ou não. Me apeguei a esse personagem de uma forma que, não sei, queria uma serie de 393489345748 livros escritos só por ele. Mais sorri muito em ver que no fim, ele estava melhorando. Mas ainda assim, quero respostas, quero os porquês e os motivos dessa overdose, pois só assim poderei ajudar ele! :)
Mais para não prolongar muito, confesso que queria um fim melhor para Adam. Sei lá, uma traição (o que eu realmente acho que rolou) e logo depois um pé na bunda triunfal da parte de Cass, mais não, como sempre ela foi, curta e grossa, catarrou as verdades na cara de sonso dele e deus as costas. Foi boa até.
Nem preciso dizer que estou roendo meus dedos e mãos á espera do quarto volume né!
Eu super indico, e espero que curtam tanto quanto eu!

Um comentário:

  1. Não li a resenha por conter grandes spoilers mas estou de olho nessa série !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )

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