Resenha: Baroak: A Estrela

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Nome: “Baroak: A Estrela”

Autor: Cris Motta

Editora: Novo Século (Selo Novos Talentos)

Ano: 2011

ISBN: 9788576796251

Skoob: Livro

Sinopse: "Todos nós, seres humanos, temos um poder transformador. Os aparentes conflitos e incapacidades podem ser o combustível essencial para nos tornarmos grandiosos, levando a uma experiência fora do comum, uma experiência mágica. Beatriz Comarin é uma adolescente de treze anos que vive o conflito de sentir-se excluída do grupo de pessoas de sua idade, abrindo-se, apenas, às estrelas do céu – suas amigas confidentes. A mudança em sua vida começa quando seu pai, Carlos Comarin, é transferido a trabalho para a Arábia, e ela e sua mãe Helena são obrigadas a segui-lo. Lá, a jovem compra um pote de cristal em formato de estrela das mãos de uma misteriosa mercadora, que a aconselha a abri-lo apenas quando realmente precisar. Beatriz não imaginava que naquela estrela estava Clair Baroak, uma djinn para os orientais, um gênio para os ocidentais, que entra em sua vida e, entre paixões, dissabores, festas, viagens ao Chile, à Europa, e projetos de vida, a transforma completamente. Bia não só aprende sobre um mundo místico, como acaba fazendo parte de uma história que está apenas no começo. Por meio de uma linguagem simples e descontraída, o leitor identificará em Baroak – A estrela sentimentos que o acompanharão a vida inteira: o medo e a coragem.”

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 "Todos nós, seres humanos, temos um poder transformador. Os aparentes conflitos e incapacidades podem ser o combustível essencial para nos tornar grandiosos e nos levar a ter uma experiência fora do comum... Uma experiência mágica!..."

Beatriz Comarin era uma garota abençoada. Tinha uma família com boas condições financeiras, um Pai e uma Mãe que a amavam mais que tudo no mundo (seu nascimento foi um milagre, já que sua mãe não poderia ter filhos) e além disso ela também tinha a Joanna, sua Governanta/Babá que cuidava dela desde que ela se conhecia por gente, sua segunda mãe. Mais nem tudo é perfeito na vida de Bia, seus pais tinham muito zelo por ela, e o fato de ser filha única, deixava isso pior. Bia não saia, não desobedecia seus pais, não os questionavam, não discutia. Bia era a filha que todo Pai pediu a Deus. Além disso era estudiosa, a garota mais inteligente de seu colégio. Isso não deixava Liana nem um pouco feliz, e como “vingança” a garota aprontava horrores com a coitada da Bia. Mais como em todo conto, seu príncipe encantado ali estava. Rodrigo Monerde, seu único amigo (e amor secreto) sempre esteve ali. Não ligava por ela ser um Nerd, um Crânio... Ele a admirava. Por não ter muitos amigos (quase nenhum, sem contar o Rodrigo) Bia se confessava com as estrelas, suas únicas amigas.

Em certa época, o Pai de Bia foi trabalhar fora do Pais, nos Emirados Árabes, e levou consigo sua família, e isso a incluía. 

Bia então desabrochou. Transformou-se finalmente em uma adolescente. Usando Maquiagens, joias, bijuterias... Ela fez grandes amigas, e até um paquera rolou no meio de tudo isso. Ela se sentia bem, se sentia outra pessoa. Ao fim da viajem, que durou cerca de um ano, Bia trouxe consigo uma lembrança de um dos anos mais felizes de sua vida, e vejam só, era uma estrela de cristal que continha uma tampa lateral com pequenas franjas douradas, tornando-a uma estrela diferente das outras, que ela havia comprado de uma velha mercadora o oriente.

- Abra quando realmente precisares! – Disse  a Velha mercadora.

Com sua volta, Bia conquistou amigos, pois agora tinha o que conversar com eles. Suas aventuras nas Arábias.  Mais como sempre, Liana pensava que os holofotes tinham que estar sempre em cima de si própria. Ela viu que com a volta triunfal de Bia (diferente e mais atraente que antes) um brilho voltou aos olhos de Rodrigo (que tinha uma quedinha por Bia bem antes de tudo isso). Tentando dar um golpe de misericórdia e por Bia em seu “Devido Lugar” Lianna arma um teatro colossal (que eu não irei descrever se não perde a graça não é gente!), Bia acaba novamente triste, e sozinha. Em seu quarto, pedindo forças ás suas amigas estrelas, lembrou das palavras da Velha comerciante, e como não podia piorar sua situação, Bia decidiu abrir a estrela de cristal!

Daí meus queridos, preparem-se para uma reviravolta geral em todo o rumo dessa incrível (e com um fim que eu ainda não pude admitir) e perfeita história escrita pela Cris!

Eis que surge de dentro da Estrela, Clair Baroak, uma Djinn doce, engraçada e que vai tornar a vida de Bia, uma história toda a parte. Três desejos era o que Bia tinha a partir de agora,mais ao invés disso, ela preferiu cultivar uma amizade com Clair, e ao fim, se tornam grande e inseparáveis amigas! Deixando de lado a barreira das “diferenças”.

A história é incrível! Vemos os conflitos internos de Bia a todo momento (o que me deixou em depre, pois, o menininha que nasceu pra sofrer viu!), vemos Bia crescer, criar novos amigos, namorar (sim, Rodrigo e ela acabam namorando), ela ganha um grande quiz, e acaba ficando encarregada de ajudar várias instituições carentes na cidade do Rio, ela leva um tiro, faz uma viajem para o Chile, troca juras de amor eterno com Rodrigo, até que... 

Bia se vê presa, presa em uma vida que ela não queria. Sem planos (apenas os planos feitos por seus pais e pelo seu namorado), ela precisava se sentir livre, e com a ajuda de Clair, decide estudar História antiga na Europa durantes uns 6 meses... Daí meus queridos, acho melhor se prepararem para o inicio da 3ª guerra mundial!!! (por assim digamos)

Bia começa a perceber que sua ligação com o mundo dos Djinns era maior do que ela pensava. Clair decide então, levar a amiga/Ama para o seu mundo. Afinal, quer um lugar melhor para se aprender História Antiga se não com seres milenares? Só que o amor é uma coisa que te deixa muiiiiiiito louco! E Bia acaba se apaixonando pelo (comprometido com sua prima) irmão de Clair, o Pietroh. Mais mal sabe ela que esse amor avassalador em seu peito, ainda vai trazer maus bocados para ela e para toda a família de sua Skydizinha Clair...

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Os capítulos são enormes, e cheios de detalhes. Você começa a ler e quando vê já está na pág. 65 (pelo menos foi assim comigo), a leitura é simples, a história te envolve de um jeito tão gostoso, que você passa a sofrer junto com a Bia, e ás vezes você sente vontade pegá-la, e bater muito! Quando ela começa a descrever o mundo mágico dos Djinns é uma loucura só, você se perde imaginando o local, e a forma como os Djinns se movem (com os pés transformados em fumaça). O livro te trás uma cultura totalmente diferente sobre os orientais, te deixa curioso. Sem dizer que não existem histórias sobre Gênios tão boa quanto essa.

Mas uma coisa eu tenho que comentar é que o fim te dá raiva/água na boca/nervozismo/febre/ depressão/WTF? ... Eu até agora não pude crer que a história acabou assim! Mais fiquei sabendo que vai rolar continuação, então Cris, está perdoada! (Por enquanto!). 

Acho (na minha simples opinião de leitor) que no fim deveria ter mais detalhes. Não consegui imaginar bem os monstros e os demônios. Mais isso não tira o encanto da história... Amei, amei muito mesmo!

Uma história de se tirar o chapéu!!! Parabéns!