28 de maio de 2013

Resenha - O Grande Gatsby

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Nome: O Grande Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Editora: Tordesilhas
Ano: 2013
ISBN: 9788564406650
Skoob: Livro

Sinopse: "Obra-prima de Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby é o romance americano definitivo sobre os anos prósperos e loucos que sucederam a Primeira Guerra Mundial. O texto de Fitzgerald é original e grandioso ao narrar a história de amor de Jay Gatsby e Daisy. Ela, uma bela jovem de Lousville e ele, um oficial da marinha no início de carreira. Apesar da grande paixão, Daisy se casa com o insensível, mas extremamente rico, Tom Buchanan. Com o fim da guerra, Gatsby se dedica cegamente a enriquecer para reconquistar Daisy. Já milionário, ele compra uma mansão vizinha à de sua amada em Long Island, promove grandes festas e aguarda, certo de que ela vai aparecer. A história é contada por um espectador que não participa propriamente do que acontece - Nick Carraway. Nick aluga uma casinha modesta ao lado da mansão do Gatsby, observa e expõe os fatos sem compreender bem aquele mundo de extravagância, riqueza e tragédia iminente."

***

"Estou lhe enviando a prova da página de rosto etc. Está tudo OK, mas meu coração me diz que eu devia tê-lo chamado de "Trimalquião". Contudo, ir contra a opinião geral teria sido, imagino, estupido e teimoso de minha parte."

Iniciei essa resenha, antes de mais nada, ouvindo a trilha sonora do Filme. Que está divinamente bem feita. E gostaria de dizer também, antes de qualquer tipo de Spoiler, ou de informação sobre o livro, que eu tive a sorte de comprar o livro certo para ler. Hoje, lançaram várias edições, só esta semana vi três em uma mesma livraria. Posso estar sendo leigo e etc. mais acredito que as outras são apenas a história em si. Essa edição que eu comprei, além de ter o prefácio original, também tem uma “resenha” no fim, e muitas, mais muitas cartas que o próprio Scott escreveu para o seu editor Maxwell. E, confesso que me deu uma dor imensa no peito, em ver toda a luta, toda a corrida de Fitzgerald em fazer algo que não parecesse igual aos seus outros dois livros, algo feito em plena imaginação, mais ainda assim retratando de forma abstrata sua realidade, e no fim, ele acaba falecendo, achando que sua obra prima, a Monalisa de sua existência, foi um grande fracasso. Ele não viveu para ver o sucesso que o seu romance da alta classe de New York fez. E eu fico triste em saber isso.

"... E assim avançamos, barcos contra a corrente, incessantemente empurrados de volta ao passado."

Nos anos prósperos, logo após o término da primeira guerra mundial, eis que a história de Gatsby ganha contornos. Ao sair do Oeste, Nick ruma em direção ao Leste. New York mais precisamente, tendo em mente o trabalho que mais estava em alta na época, Vendedor de Títulos. Seus planos eram, ir para a metrópole, estudar o máximo que pudesse sobre esse mercado e começar a ganhar dinheiro com isso. Mais mal sabia esse jovem soldado, recém-saído da guerra, que algo a mais o esperava em West Egg, além de seu vizinho, ser o homem mais rico das proximidades, ele também acaba descobrindo, certa tarde, ao ir almoçar na casa de velhos amigos, em East Egg, que o casal já não estava tão “feliz”. Tom, estava traindo Daisy, com uma moça de New York, e Daisy Sabia disso. 
“Estou feliz por ser menina. E espero que ela seja uma tonta. É a melhor coisa que uma menina pode ser neste Mundo: uma tontinha linda.” Disse Daisy ao descobrir que o bebe que havia ganhado de Tom, era uma Menina.
Eis que dias depois seu até então vizinho misterioso e ocupado, acaba lhe mandando um convite, para uma festa, que já eram conhecidas por toda a elite famosa de New York, eram estrondosas, graciosas. Sua Mansão, deslumbrante, lógico que ajudava e muito nisso tudo. Cantores, atores, magnatas, gangsters e até mesmo intrusos eram sempre bem vindos á cada de Gatsby. A sua eterna comemoração. Rua cheias de carros, pessoas famosas para todos os lados, muita musica, muita comida e muitos mistérios. Onde diabos estaria Gatsby? Afinal a festa era dele, na casa dele, paga por ele. Onde estava o anfitrião nisso tudo?
Sentado á mesa, com Jodan (uma até então “amiga” e jogadora profissional de golfe, que conheceu na casa de Tom e Daisy) e com um outro rapaz, também jovem, quase da sua idade talvez mais desconhecido, assim como todos ali, Nick  em uma conversa casual acabou descobrindo que esse até então, jovem, também, soldado era ninguém menos, ninguém mais que Gatsby.
Em uma sucessão de fatos a história ganha sentido. Gatsby é obrigado a se retirar para atender a uma ligação, seu mordomo logo depois, acaba chamando Jodan, dizendo que Gatsby gostaria de falar á sós com ela...Eis que o livro começa a te prender, de uma forma que você não consegue mais soltar!
O que ele queria falar com ela? Haha’ já vou dar muitos Spoiler ai em baixo, então vou deixar esse ponto no ar...

"Escute aqui, meu velho, você precisa arranjar alguém para ficar comigo. Precisa tentar pra valer. Eu não posso suportar isso sozinho!"

Cheguei a realmente pensar que não entenderia a história. Confesso que nem havia ligado o nome do livro, ao nome do autor. Quando comecei a ler o prefácio, Deus do céu, só eu sei que não entendi bulhufas antes de ler ele inteiro exatamente 3 vezes e meia. Só então vi de quando a obra realmente se tratava.
Nick, o narrador de tudo, explica a história maravilhosamente bem. Ele não tenta se intrometer no meio dos fatos, ou se incluir, ou mudar o enredo, ele apenas assiste e conta, detalhadamente.
Gastby é excêntrico, misterioso. Mais tudo se borda perfeitamente quando Jordan conta a Nick, o que realmente Gatsby quer. Gatsby quer que Nick marque um Chá, com sua antiga amiga Daisy, para que eles por “coincidência do destino” se encontrassem novamente. Não entendeu? Senta, que a história é a seguinte, antes de Daisy ter se casado com Tom, ela e Jay (nome de Gatsby) eram apaixonados. Daisy era da alta sociedade e Gatsby era, digamos, simples, mais ainda assi eles se amavam, ela amava a forma que ele falava de coisas que até então ela nunca havia ouvido falar, pois não eram do seu mundo cheio de dinheiro. Só que a guerra acabou os separando. Como não tinha pra onde ir, nem o que realmente fazer da vida, Gatsby acabou tendo que ir servir, o que fez muito bem e acabou subindo de cargo cada vez mais, só que Daisy já não aguentava esperar. Tinha necessidade de voltar ao eventos da sociedade, onde com apenas um aceno de cabeça, conseguiria todos os melhores partidos da cidade aos seus pés.
Chegou até certo ponto em que já não dava mais para suportar a distancia e a incerteza de algo que pode ou não pode dar certo, e então Daisy pôs fim ao romance, e se deixou levar por Tom, que na época era um ótimo partido.
Gatsby na realidade não dava todas aquelas festa, por ser exibido ou por querer os holofotes em seu jovial e rico rosto. Ele queria encontrar alguém, qualquer pessoa que conhecesse Daisy e pudesse reaproximá-los. E de todas as suas grandes comemorações, a única em que achou alguém que realmente conhecesse Daisy, foi a em que Nick e Jordan estavam presentes. Por isso chamou Jordan para conversar.
Scott escreveu perfeitamente, uma escrita detalhada ao extremo, cheia de emoção, de simbolismo. Uma verdadeira visão apaixonada de algo.
Uma coisa que o aporrinhou muito em suas cartas foi a cena do apartamento. Acredito que a cena ficou boa daquela forma. Ao que tudo indica nós já sabemos o que eles foram fazer na quarto! Então não tinha necessidade de mais detalhes, até porque naquela época a sociedade ainda era livre dessa DST em tons de cinza!
A forma como ele descreve a sociedade, a cidade. O jeito que ele monta toda a história de Gatsby, e ainda assim deixa sutilmente pontinhos voando pelo ar, sobre qual realmente era o trabalho tão “secreto” e talvez ilegalde Gatsby, deixou esse romance ainda mais perfeito. Fixante. Apaixonante. E o final é tão inesperado, que você mal acredita que isso realmente aconteceu.
Quando vi o trailer do filme, realmente achei que era algo relacionado aos tempos do cabaré, Gatsby fosse o grande cafetão da área, com muitas dançarinas e magnatas querendo todo o amor que o dinheiro pudesse comprar, esperava um estilo tipo o “Burlesque”, mas errei feio.
“O Grande Gatsby” é um romance que está tendo seus dias de glória renovados em pleno século vinte e um, fazendo Fitzgerald se revirar no tumulo de tanta alegria e orgulho. E tenho que dizer que, tem alguém nessa grande fábrica de filmes que não gosta do Leonardo Dicaprio. Putz, já morreu afogado em Titanic, e agora morre na piscina com um tiro! SPOILER SPOILER SPOILER. FOI MAL GENTE! KKKKK’
Realmente não espera um fim tão trágico e triste, com tantas variáveis. Tom, tempos depois se encontra com Nick, e diz que sim, contou para Wilson de quem realmente era o carro que havia matado sua mulher na noite passada. Mal sabia ele que, não era Gatsby que estava dirigindo, e sim, olhem que coincidência, sua mulher, ou seja, Daisy, que mesmo sem saber havia matado a amante de seu marido, que saiu no meio da avenida, pensando ser Tom que estava dirigindo o carro amarelo (já que um pouco mais cedo no mesmo dia, ele havia passado ali para abastecer o carro, que havia trocado com Gatsby, uma longa história que vocês só vão entender se lerem!). Mais não era.
E o mais triste, mais “lonely” da história é que Daisy nem ao funeral de Gatsby foi. Tom com toda certeza sabia da merlin que ia acabar acontecendo, já que Wilson foi até sua casa armado, querendo saber de quem era aquele carro. Tom contou a ele que o carro era de Gatsby, e lá se foi ele, em direção á West Egg, atirar em Gatsby, e vingar a morte de sua mulher, enquanto Tom e Daisy saiam em viajem novamente e deixavam para trás, novamente Gatsby e todo o resto. Fiquei imaginando que se, Nick tivesse aceitado o convite de Gatsby, de estrear a piscina que ele nunca havia usado, a história pudesse ter outro caminho.
Não é um romance complexo, é que tentem me compreender, isso aqui é uma resenha, o meu ponto de vista, a minha opinião, e eu não posso reescrever o livro todo aqui. Pois se pudesse (na verdade eu posso, moro em um país “livre”! Atá, vai nessa!!!) eu faria, de tão perfeito que o livro é.

Uma dica que dou é a seguinte, comprem o livro que vem com o prefácio original, a resenha (que junto vem com um biografia do autor também) e as cartas enviadas por Scott para seu Editor. É maravilhoso ver o precesso, e as criticas engraçadas que Scott faz aos escritores, ás frases na capa do livro, e aos lançamentos de outros livros. Sem falar na parte em que o peito de Myrtle realmente deveria se decepado para dar mais vivaciade á cena. Ele realmente é um genio!
Um romance, que já fez e está fazendo sucesso novamente. 

Obs.: A trilha sonora do filme, tem tudo a ver com o clímax que o livro transparece. Lana Del Rey, Beyoncé Feat. Andre 3000, Florence + The Machine e The XX arrasaram nas interpretações!

4 comentários:

  1. Quero muito ler esse livro! Minha próxima leitura vai ser ele, já baixei em pdf :P kkk
    Adorei a trilha sonora do filme tbm, é perfeita *-*

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  2. Opa! Deixasse um recado em minha página do Skoob e vim aqui conferir. Parabéns pelo blog! Eu, particularmente, prefiro resenhas menos extensas, mas continue escrevendo. :)

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  3. Gatsby é legal, massssssss, eu amo o Amory Blaine, com certeza gosto mais do "Este Lado do Paraíso".Passei a gostar de Fitzgerald por causa dele, e esse é disparado (para mim), o melhor livro dele...
    Parabéns pelo blog e pela resenha :)

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  4. Existem várias e várias versões porque é um livro de domínio público, pode-se baixar na internet sem problemas. Porém também optei por comprar esta versão pelos mesmos motivos que você citou, tem o prefácio original e as cartas do autor. Só isso já é perfeito.
    A sua resenha ficou perfeita, mesmo com o spoiler,rsrs.
    Gostei bastante.
    É a minha próxima leitura!!

    Bjkas

    Alessandra Tapias
    http://topensandoemler.blogspot.com.br/


    Ah!! Já estou seguindo seu blog, pois gostei bastante!!

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