Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!
Nome: O Grande Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Editora: Tordesilhas
Ano: 2013
ISBN: 9788564406650
Skoob: Livro
Sinopse: "Obra-prima de Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby é o romance americano definitivo sobre os anos prósperos e loucos que sucederam a Primeira Guerra Mundial. O texto de Fitzgerald é original e grandioso ao narrar a história de amor de Jay Gatsby e Daisy. Ela, uma bela jovem de Lousville e ele, um oficial da marinha no início de carreira. Apesar da grande paixão, Daisy se casa com o insensível, mas extremamente rico, Tom Buchanan. Com o fim da guerra, Gatsby se dedica cegamente a enriquecer para reconquistar Daisy. Já milionário, ele compra uma mansão vizinha à de sua amada em Long Island, promove grandes festas e aguarda, certo de que ela vai aparecer. A história é contada por um espectador que não participa propriamente do que acontece - Nick Carraway. Nick aluga uma casinha modesta ao lado da mansão do Gatsby, observa e expõe os fatos sem compreender bem aquele mundo de extravagância, riqueza e tragédia iminente."
***
"Estou lhe enviando a prova da página de rosto etc. Está tudo OK, mas meu coração me diz que eu devia tê-lo chamado de "Trimalquião". Contudo, ir contra a opinião geral teria sido, imagino, estupido e teimoso de minha parte."
Iniciei essa resenha,
antes de mais nada, ouvindo a trilha sonora do Filme. Que está divinamente bem
feita. E gostaria de dizer também, antes de qualquer tipo de Spoiler, ou de
informação sobre o livro, que eu tive a sorte de comprar o livro certo para
ler. Hoje, lançaram várias edições, só esta semana vi três em uma mesma
livraria. Posso estar sendo leigo e etc. mais acredito que as outras são apenas
a história em si. Essa edição que eu comprei, além de ter o prefácio original,
também tem uma “resenha” no fim, e muitas, mais muitas cartas que o próprio Scott
escreveu para o seu editor Maxwell. E, confesso que me deu uma dor imensa no
peito, em ver toda a luta, toda a corrida de Fitzgerald em fazer algo que não
parecesse igual aos seus outros dois livros, algo feito em plena imaginação,
mais ainda assim retratando de forma abstrata sua realidade, e no fim, ele
acaba falecendo, achando que sua obra prima, a Monalisa de sua existência, foi
um grande fracasso. Ele não viveu para ver o sucesso que o seu romance da alta
classe de New York fez. E eu fico triste em saber isso.
"... E assim avançamos, barcos contra a corrente, incessantemente empurrados de volta ao passado."
Nos anos prósperos,
logo após o término da primeira guerra mundial, eis que a história de Gatsby
ganha contornos. Ao sair do Oeste, Nick ruma em direção ao Leste. New York mais
precisamente, tendo em mente o trabalho que mais estava em alta na época,
Vendedor de Títulos. Seus planos eram, ir para a metrópole, estudar o máximo
que pudesse sobre esse mercado e começar a ganhar dinheiro com isso. Mais mal
sabia esse jovem soldado, recém-saído da guerra, que algo a mais o esperava em
West Egg, além de seu vizinho, ser o homem mais rico das proximidades, ele também
acaba descobrindo, certa tarde, ao ir almoçar na casa de velhos amigos, em East
Egg, que o casal já não estava tão “feliz”. Tom, estava traindo Daisy, com uma
moça de New York, e Daisy Sabia disso.
“Estou feliz por ser
menina. E espero que ela seja uma tonta. É a melhor coisa que uma menina pode
ser neste Mundo: uma tontinha linda.” Disse Daisy ao descobrir que o bebe que
havia ganhado de Tom, era uma Menina.
Eis que dias depois seu
até então vizinho misterioso e ocupado, acaba lhe mandando um convite, para uma
festa, que já eram conhecidas por toda a elite famosa de New York, eram estrondosas,
graciosas. Sua Mansão, deslumbrante, lógico que ajudava e muito nisso tudo.
Cantores, atores, magnatas, gangsters e até mesmo intrusos eram sempre bem
vindos á cada de Gatsby. A sua eterna comemoração. Rua cheias de carros,
pessoas famosas para todos os lados, muita musica, muita comida e muitos
mistérios. Onde diabos estaria Gatsby? Afinal a festa era dele, na casa dele,
paga por ele. Onde estava o anfitrião nisso tudo?
Sentado á mesa, com
Jodan (uma até então “amiga” e jogadora profissional de golfe, que conheceu na
casa de Tom e Daisy) e com um outro rapaz, também jovem, quase da sua idade
talvez mais desconhecido, assim como todos ali, Nick em uma conversa casual acabou descobrindo que
esse até então, jovem, também, soldado era ninguém menos, ninguém mais que
Gatsby.
Em uma sucessão de
fatos a história ganha sentido. Gatsby é obrigado a se retirar para atender a uma
ligação, seu mordomo logo depois, acaba chamando Jodan, dizendo que Gatsby
gostaria de falar á sós com ela...Eis que o livro começa a te prender, de uma
forma que você não consegue mais soltar!
O que ele queria falar
com ela? Haha’ já vou dar muitos Spoiler ai em baixo, então vou deixar esse
ponto no ar...
"Escute aqui, meu velho, você precisa arranjar alguém para ficar comigo. Precisa tentar pra valer. Eu não posso suportar isso sozinho!"
Cheguei a realmente
pensar que não entenderia a história. Confesso que nem havia ligado o nome do
livro, ao nome do autor. Quando comecei a ler o prefácio, Deus do céu, só eu
sei que não entendi bulhufas antes de ler ele inteiro exatamente 3 vezes e
meia. Só então vi de quando a obra realmente se tratava.
Nick, o narrador de
tudo, explica a história maravilhosamente bem. Ele não tenta se intrometer no
meio dos fatos, ou se incluir, ou mudar o enredo, ele apenas assiste e conta,
detalhadamente.
Gastby é excêntrico,
misterioso. Mais tudo se borda perfeitamente quando Jordan conta a Nick, o que
realmente Gatsby quer. Gatsby quer que Nick marque um Chá, com sua antiga amiga
Daisy, para que eles por “coincidência do destino” se encontrassem novamente.
Não entendeu? Senta, que a história é a seguinte, antes de Daisy ter se casado
com Tom, ela e Jay (nome de Gatsby) eram apaixonados. Daisy era da alta
sociedade e Gatsby era, digamos, simples, mais ainda assi eles se amavam, ela amava
a forma que ele falava de coisas que até então ela nunca havia ouvido falar,
pois não eram do seu mundo cheio de dinheiro. Só que a guerra acabou os separando.
Como não tinha pra onde ir, nem o que realmente fazer da vida, Gatsby acabou
tendo que ir servir, o que fez muito bem e acabou subindo de cargo cada vez
mais, só que Daisy já não aguentava esperar. Tinha necessidade de voltar ao eventos
da sociedade, onde com apenas um aceno de cabeça, conseguiria todos os melhores
partidos da cidade aos seus pés.
Chegou até certo ponto
em que já não dava mais para suportar a distancia e a incerteza de algo que
pode ou não pode dar certo, e então Daisy pôs fim ao romance, e se deixou levar
por Tom, que na época era um ótimo partido.
Gatsby na realidade não
dava todas aquelas festa, por ser exibido ou por querer os holofotes em seu
jovial e rico rosto. Ele queria encontrar alguém, qualquer pessoa que
conhecesse Daisy e pudesse reaproximá-los. E de todas as suas grandes
comemorações, a única em que achou alguém que realmente conhecesse Daisy, foi a
em que Nick e Jordan estavam presentes. Por isso chamou Jordan para conversar.
Scott escreveu
perfeitamente, uma escrita detalhada ao extremo, cheia de emoção, de
simbolismo. Uma verdadeira visão apaixonada de algo.
Uma coisa que o aporrinhou
muito em suas cartas foi a cena do apartamento. Acredito que a cena ficou boa
daquela forma. Ao que tudo indica nós já sabemos o que eles foram fazer na
quarto! Então não tinha necessidade de mais detalhes, até porque naquela época
a sociedade ainda era livre dessa DST em tons de cinza!
A forma como ele
descreve a sociedade, a cidade. O jeito que ele monta toda a história de
Gatsby, e ainda assim deixa sutilmente pontinhos voando pelo ar, sobre qual
realmente era o trabalho tão “secreto” e talvez ilegalde Gatsby, deixou esse
romance ainda mais perfeito. Fixante. Apaixonante. E o final é tão inesperado,
que você mal acredita que isso realmente aconteceu.
Quando vi o trailer do
filme, realmente achei que era algo relacionado aos tempos do cabaré, Gatsby
fosse o grande cafetão da área, com muitas dançarinas e magnatas querendo todo
o amor que o dinheiro pudesse comprar, esperava um estilo tipo o “Burlesque”,
mas errei feio.
“O Grande Gatsby” é um romance
que está tendo seus dias de glória renovados em pleno século vinte e um,
fazendo Fitzgerald se revirar no tumulo de tanta alegria e orgulho. E tenho que
dizer que, tem alguém nessa grande fábrica de filmes que não gosta do Leonardo
Dicaprio. Putz, já morreu afogado em Titanic, e agora morre na piscina com um
tiro! SPOILER SPOILER SPOILER. FOI MAL GENTE! KKKKK’
Realmente não espera um
fim tão trágico e triste, com tantas variáveis. Tom, tempos depois se encontra
com Nick, e diz que sim, contou para Wilson de quem realmente era o carro que
havia matado sua mulher na noite passada. Mal sabia ele que, não era Gatsby que
estava dirigindo, e sim, olhem que coincidência, sua mulher, ou seja, Daisy,
que mesmo sem saber havia matado a amante de seu marido, que saiu no meio da
avenida, pensando ser Tom que estava dirigindo o carro amarelo (já que um pouco
mais cedo no mesmo dia, ele havia passado ali para abastecer o carro, que havia
trocado com Gatsby, uma longa história que vocês só vão entender se lerem!).
Mais não era.
E o mais triste, mais “lonely”
da história é que Daisy nem ao funeral de Gatsby foi. Tom com toda certeza
sabia da merlin que ia acabar acontecendo, já que Wilson foi até sua casa
armado, querendo saber de quem era aquele carro. Tom contou a ele que o carro
era de Gatsby, e lá se foi ele, em direção á West Egg, atirar em Gatsby, e vingar
a morte de sua mulher, enquanto Tom e Daisy saiam em viajem novamente e deixavam
para trás, novamente Gatsby e todo o resto. Fiquei imaginando que se, Nick
tivesse aceitado o convite de Gatsby, de estrear a piscina que ele nunca havia
usado, a história pudesse ter outro caminho.
Não é um romance
complexo, é que tentem me compreender, isso aqui é uma resenha, o meu ponto de
vista, a minha opinião, e eu não posso reescrever o livro todo aqui. Pois se
pudesse (na verdade eu posso, moro em um país “livre”! Atá, vai nessa!!!) eu
faria, de tão perfeito que o livro é.
Uma dica que dou é a seguinte, comprem o livro que vem com o prefácio original, a resenha (que junto vem com um biografia do autor também) e as cartas enviadas por Scott para seu Editor. É maravilhoso ver o precesso, e as criticas engraçadas que Scott faz aos escritores, ás frases na capa do livro, e aos lançamentos de outros livros. Sem falar na parte em que o peito de Myrtle realmente deveria se decepado para dar mais vivaciade á cena. Ele realmente é um genio!
Um romance, que já fez e está fazendo sucesso novamente.
Obs.: A trilha sonora
do filme, tem tudo a ver com o clímax que o livro transparece. Lana Del Rey,
Beyoncé Feat. Andre 3000, Florence + The Machine e The XX arrasaram nas
interpretações!
Quero muito ler esse livro! Minha próxima leitura vai ser ele, já baixei em pdf :P kkk
ResponderExcluirAdorei a trilha sonora do filme tbm, é perfeita *-*
Opa! Deixasse um recado em minha página do Skoob e vim aqui conferir. Parabéns pelo blog! Eu, particularmente, prefiro resenhas menos extensas, mas continue escrevendo. :)
ResponderExcluirGatsby é legal, massssssss, eu amo o Amory Blaine, com certeza gosto mais do "Este Lado do Paraíso".Passei a gostar de Fitzgerald por causa dele, e esse é disparado (para mim), o melhor livro dele...
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pela resenha :)
Existem várias e várias versões porque é um livro de domínio público, pode-se baixar na internet sem problemas. Porém também optei por comprar esta versão pelos mesmos motivos que você citou, tem o prefácio original e as cartas do autor. Só isso já é perfeito.
ResponderExcluirA sua resenha ficou perfeita, mesmo com o spoiler,rsrs.
Gostei bastante.
É a minha próxima leitura!!
Bjkas
Alessandra Tapias
http://topensandoemler.blogspot.com.br/
Ah!! Já estou seguindo seu blog, pois gostei bastante!!