13 de maio de 2013

Resenha - Sem Você não é Verão

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Sem Você Não é Verão
Autor: Jenny Han
Editora: Galera Record
Ano: 2013
ISBN: 9788501094933
Skoob: Livro

Sinopse: "No ano passado, todos os sonhos de Belly se tornaram realidade e o pensamento de um verão sem a praia de Cousins ​​era inconcebível. Mas, como a ascensão e queda da maré do oceano, as coisas podem mudar - desse mesmo jeito. De repente, o tempo que ela sempre esperava é o que ela mais teme agora. E quando Jeremiah liga para dizer que Conrad desapareceu, Belly deve decidir como ela vai passar este verão: perseguindo o rapaz que ela ama, ou, finalmente, deixá-lo ir."

***

“Eu não estava em Cousins. Eu e Conrad não estávamos juntos, e Susannah estava morta. As coisas nunca mais seriam como antes.”

Era verão. Junho veio e passou. Belly tinha esperança de que assim como no mês anterior, esse também passasse rápido. Desde sempre suas preces eram para que o verão chegasse logo e que ele nunca acabasse. Nesse ano a coisa era diferente, ela estava rezando para que o verão passasse rápido, imperceptível.
Susannah havia falecido á dois meses, e não havia sequer um dia de extremo sol em que Belly não se lembrasse dela. Sua mãe, Laurel, ficou encarregada de mexer com toda a papelada e burocracia da morte e dos bens de Beck. A tristeza era perceptível em seu rosto, mais Laurel era forte e sabia esconder a dor. Escondia-se em pilhas e mais pilhas de papeis. Passava o dia inteiro conversando com o advogado pelo telefone.
Jeremiah havia crescido nesse pouco tempo que se passou. Amadureceu, pois a vida o obrigou, mais Belly ainda assim o via com os mesmo olhos, o mesmo Jere brincalhão de sempre. Conrad como sempre era o problemático, o estranho, o louco da família. Cada um sentiu a morte de Susannah de um modo diferente.
Belly meio que se privou de sentir alegria nesse verão. Mesmo que Taylor, sua melhor amiga, a tentasse fazer se divertir, Belly se privava disso. Era como se fosse errado se sentir feliz com a morte de Susannah ainda tão recente. Depois de uma formatura traumatizante, onde Conrad terminou o “relacionamento” que eles estavam tendo, e do desastre que aconteceu logo depois, no velório de Beck, onde Belly se deparou com Conrad e sua namorada, na verdade ex-namorada até então, e acabou dizendo coisas horríveis, que ela mesmo se odiou por dizer a ele no pior dia da vida dele.
Belly poderia esquecer tudo isso, e tentar recomeçar com Cory, um cara que está de olho nela a muito tempo, e que tem uma queda, ou talvez até mesmo um tombo, por ela. Mais uma coisa eu digo a vocês, os verões eram tão especiais não por conta da casa ou da praia, e sim por causa das pessoas que lá estavam. Mais precisamente, por causa de Conrad.
E agora ele havia sumido!

“Gostava dela não só como amiga. E talvez até a amasse.
Haveriam outras meninas. Mais elas não eram Belly!”

Dessa vez, não vemos apenas a perspectiva de Belly, mais temos também a perspectiva de Jeremiah, que em grande parte tem haver com os dias que antecederam ou passaram a morte de Susannah, que no final das contas acaba virando uma das personagens principais.
Iniciei o livro numa segunda, e no final do dia eu havia lido EXATAMENTE 143 páginas. Ou seja, a metade do livro. Sem dizer que, nos primeiros capítulos tive que parar a cada frase, respirar fundo, olhar o horizonte e me concentrar para não chorar. O livro ganha um tom dramático desde o final do primeiro, ao inicio do meio desse segundo. Nunca havia me emocionada tanto assim com um livro, desde que o Marley morreu, no livro Marley e Eu! Susanna parece ter feito parte da nossa vida assim como um de nossos parentes mais próximos e queridos. Como se a conhecêssemos a muito tempo. E a Belly fala dela de uma forma tão meiga e mágica que você sofre, só de lembrar que ela está morta.
Na página 10, quando Belly diz que Susannah está morta, eu quase surtei. Ela fala de uma forma tão fria e não amorosa que até estranhei, mais depois o drama e a tristeza toma conta de tudo. Jeremiah também ganha um papel muito maior do que no primeiro livro. Gostei de ver como ele se sentiu ao ver Belly sair do carro no primeiro livro, e de ver a forma que ele estava triste com Belly, por ela não ter dado noticias nem ligado para ele nos meses depois da morte de Beck, mais ainda assim não conseguia odiá-la. Sem falar na forma que ele amadureceu como personagem de um livro para o outro.  Ainda engraçado e brincalhão, mais com um ar de “Pai” que te deixa orgulhoso de ler o livro.
Durante muitas páginas me perguntei se a autora, chorou e se emocionou tanto quanto eu em quase todas as partes do início do livro. Imaginei ela escrevendo e assoando o nariz, escrevendo mais um página e secando as lágrimas que caiam no teclado do notbook dela. E realmente me imaginei no papel da Laurel, uma verdadeira amiga de ferro, cuidando de tudo, impecavelmente e sem demonstrar fraqueza em momento algum, mais quem leu pode dizer que se notava o quanto ela, mais do que ninguém, estava sofrendo e se culpou por não estar ao lado de sua amiga e dos meninos, quando Beck decidiu ir embora. Nesse livro, os personagens ganham um percepção diferente, mais intensa do que no primeiro. Até mesmo Tayor ganhou alguns pontos a mais comigo nesse livro.

Nisso tudo a verdadeira motivação de Conrad fugir se revelou. Eu fiquei pasmo com a falta de sensibilidade de Adam a respeito da casa. Vender ela, era a mesma coisa que vender uma das coisas mais significativas de Susannah, uma das coisas mais importantes para ela, para todos. Mais amei a forma como Laurel agiu.
Manipular, agradar depois mandar se foder. 
Amei o jeito autoritário e decidido que ela ganha bem no fim da história. Só achei meio idiota o tom que Belly e Conrad tomam. Ela fica que nem uma boba, só pensando nele, como se ele fosse Deus pra ela, tudo bem que Susannah pediu que ela cuidasse dele, mais isso não significa que ela tenha que correr atrás incessantemente de uma pessoa que não dá um mínimo sinal de que existe algo bom dentro de seu coração. É como se ele amasse o jeito que ela corre atrás dela. Masoquismo. Esse é o nome. Além de sofrer, correndo atrás dele, ela acaba fazendo Jeremiah, que ganhou novas cores aos meus olhos, sofrer também.
Por mais que Conrad de sinais de que relamente ama Belly, ele não faz por onde. Quando ele pede o Colar de volta, achando que ela ia fazer uma birra e ficar com ele, foi um dos momentos mais felizes da minha vida, ela pensa bem no significado do infinito, e lembra que em momento algum ele correu atrás dela, se importou, dessa forma não á um ciclo, não há demonstração do sentimento que em teoria, quando é verdadeiro se torna infinito, o amor. Ela tira o cordão e devolve para ele. Ele fica abismado. Surtei. De felicidade, pois sabia que as chances de Jere agora eram maiores (mais não gostei da parte em que ela faz parecer que beijar Jere fosse parte do plano de piranha dela de deixar Con com ciúmes, achei asqueroso ela conseguir pensar assim depois de tantas demonstrações de carinho que Jere deu a ela!).  O fim, realmente me surpreendeu. Esperava sim que ela ficasse com Jeremiah, mais não tão fácil assim. Sei que ela vai estraçalhar o coração dele mais pra frente (SPOLIER DO 3º LIVRO), mais ainda assim fiquei feliz, e um tanto curioso com o fim do livro.

Vi muitos comentários negativos sobre o livro. Tudo bem, essa obssessão da Belly pelo Con é nojenta. Mais eu gostei tanto da forma como a Jenny escreveu, do jeito que ela tornou um personagem até então secundário, principal. Do jeito que ela fala, descreve os momentos. Sempre engraçadíssimo. Da forma como ela fala de Susannah, como se fosse a pessoa mais perfeita do mundo (pesando seriamente em canonizar Beck!). Tudo é tão bom, e simples. Nada de distopia, encantos, maldições. Apenas uma boa narrativa, um bom romance, e um enredo emocionante. Esse livro é mais triste em comparação ao primeiro, mais ainda assim não perdeu a graça, o encanto. E sinceramente espero ver no terceiro, assim como nesse, capítulos onde quem narre a história seja Conrad. Quero entender, nem que seja o mínimo possível, sobre o que esse louco pensa. Achei perfeita as narrativas de Jeremiah, e espero ver ótimas narrativas de Conrad também.
Não pense duas vezes. Leia e se emocione!

2 comentários:

  1. Oie :)

    Confesso que não li sua resenha pelos grandes spoilers kkkkkk, mais estou louco para ler esse livro beijos :D

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )

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  2. Como você disse, essa obsessão da Belly pelo Con é nojenta. Me irritei muito lendo esse livro. Poxa, o coitado do Jeremiah ali sempre do lado dela, e ela nem ligando pra ele.
    Estava esperançoso quando terminei o livro, mas dai fui buscar informações sobre o último. Acabou com tudo, muita raiva da Jenny Han! Mas vou ler igual né, sei que vou sofrer de novo, mas preciso saber exatamente como vai acontecer os fatos :P kk

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