25 de novembro de 2013

Resenha - O Inferno de Gabriel

Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!

Nome: O Inferno de Gabriel
Autor: Sylvain Reynard
Editora: Editora Arqueiro
Ano: 2013
ISBN:  9788580411263
Skoob: Livro

Sinopse: "A salvação de um homem. O despertar da sexualidade de uma mulher. 
Enigmático e sedutor, Gabriel Emerson é um renomado especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem limites. 
O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado. Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados. 
Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando vai fazer mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante – um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer. 
Assim que põe os olhos em Julia, Gabriel é tomado por uma estranha sensação de familiaridade, embora não saiba dizer por quê. A inexplicável e profunda conexão que existe entre eles deixa o professor numa situação delicada, que colocará sua carreira em risco e o obrigará a enfrentar os fantasmas dos quais sempre tentou fugir. 
Primeiro livro de uma trilogia, O inferno de Gabriel explora com brilhantismo a sensualidade de uma paixão proibida. É a história envolvente de dois amantes lutando para superar seus infernos pessoais e enfim viver a redenção que só o verdadeiro amor torna possível.

***

Em que o culpado nascerá das cinzas para o julgamento.
Tenha piedade, Ó Senhor, deste homem.
Misericórdia Senhor Jesus, conceda-lhe descanso.
Amém.”

Há alguns anos atrás, quando Julia tinha apenas 17 anos, ela foi convidada para jantar na casa de sua quase Mão Grace. Era uma comemoração á chegada de seu filho adotivo, Gabriel, á cidade, depois de muito tempo sem dar as caras. Na verdade Julia sempre quis conhecê-lo. Rachel sua melhor amiga e irmão de Gabriel , vivia falando dele pra ela, e pelas fotos espalhadas pela casa toda, Julia já sabia que iria gostar dele. Ao chegar, Julia se depara com uma situação catastrófica. Cacos de vidro por todo o lado, Rachel e seu noivo Aaron já de saída e na varanda da casa, bebendo uma cerveja, o tão sonhado Gabriel. Ao que parecia, houve uma briga envolvendo Gabriel e Scott, seu outro irmão. Acabou que num ataque de fúria empurrou sua Grace, e Scott, tomado pela raiva foi para cima de Gabriel, que por sua vez, o jogou em cima da mesinha de centro da sala.
Julia se sentou ao seu lado ao invés de ir ver como sua quase mãe estava – quase mãe pois quando sua verdadeira mãe morreu, Grace era a pessoa que havia cuidado dela como uma filha – ela foi para a varanda, e se sentou ao lado dele. Ela tomou um gole de cerveja pela primeira vez, juntos eles foram até um pomar do outro lado da casa, depois de uma pequena mata. Se deitaram á relva, trocaram carinhos, se beijaram, e a todo momento Grabiel á chamava de Beatriz. Não de Julia, e sim de Beatriz. Quando ela perguntou o porque, Gabriel respondeu que a chamava assim,pois ela era idêntica a uma imagem em que retrataram a Beatriz de Dante. Ela se encanta, e em seus braços, ambos adormecem.
Anos depois, Julia após não ter condições para ir á Harvard, decide cursar a universidade de Toronto para poder se especializar em Dante. Lá se encontrava o mais importante professor especializado em Dante. E incrivelmente, era também p seu Gabriel, anos mais velho, ainda gostoso, mais um tanto quanto sombrio,  grosso e frio.
O mais incrível é que ele não se lembra dela. No inicio,  até mesmo a forma como Julia se porta o incomoda. E então, depois de um pequeno bilhete e um Mac entendido, a vida de Julia, ou Beatriz, vira-se ás avessas. Um amor até então proibido e estranho – por se dizer – muitos sentimentos em jogo, e um passado – em ambas as partes – que deixa muito a se questionar.

“Se alguém me vir, direi que estava ajoelhada na frente do seu vizinho, ganhando o dinheiro do cuscuz. Tenho certeza que é uma desculpa plausível.”

Sem dúvida, um Clichê.
Não que seja algo erótico,como eu mesmo imaginei antes de começar a lê-lo. Completamente ao contrário. De erótico ele não tem nada. Mais é na parte da Submissão que ele leva medalha de ouro. Eu poderia contar mais um pouco da história, do desenrolar, até chegar até certo ponto, mais não vou fazer isso. Vou deixar aqui minha opinião, e nada mais.
De longe, o pior livro do meu ano.
Veja, não que seja mal feito, ou mal escrito, sem imaginação. Até que não. O livro é bem escrito, dá para se ver de longe que houve bastante pesquisa sobre o tema e sem duvida uma escrita impecável. Mas esse enredo e esses personagem são de dar nos nervos.
“O Inferno de Gabriel” tem esse nome, por conta de uma, digamos, alusão á tão famosa obra, “O Inferno de Dante”, já que depois que Julia aparece na vida do Gabriel, ela fica sem duvida um Inferno! Se o livro mantivesse esse ritmo de dissertar sobre a obra de Dante, ou sobre as verdades por trás de tudo eu até poderia dizer que eu havia gostado do livro. Mais não. Não dá, Foi mal. Não é segredo pra ninguém que acompanha o blog que eu odeio essa coisa de 50 Tons de Patifaria Alheia, e nesse livro um dos aspectos que mais me dá – desculpem – nojo, em toda essa onda erótica, é a submissão. Julia é de longe um dos piores personagens principais que eu já vi. A garota tem o que? 24 anos?! Mas aje como uma garota nojenta, que não sabe que tem que comer para se manter viva, que fica vermelha por tudo, que é traumatizada até as pontas duplas dos seus cabelos lisos e sedosos e que teima em ficar de joelhos. “Ah Rafael, mais ela teve um passado difícil, Mãe alcoólatra, Pai que não estava presente, ex-namorado vida loka... e blá blá blá...”, sinceramente, nem isso justifica o fato de Julia ser sem sal algum. “Óh deuses de todos os personagens sem graça do mundo, ajudem essa Júlia, por que tá difícil!”. A garota emitia as coisas que aconteciam com seu ex namorado para o seu pai, com medo de algum videozinho em que ela chupa mamadeira vazasse... Deus! Que séculos estamos? Será que o povo ainda acha isso indecente? É vida pessoal, acontece. Mas não, para ela isso era o fim da picada.
Gabriel, o sedutor sombrio, o dominador rico e sombrio. Um passado com as drogas, pais que não o queriam, brigas em família, um pouco de sal, açúcar e todas as roupas que a de bom nas marcas caras e pronto. Temos o personagem masculino mais nojento e babaca de todos os tempos. “Putz, manchei minha calça da Calvin Klein com água... Vou comprar outra, essa eu jogo fora!”.
Eu até entendi que ele estava em rehab, voltando a vida depois de um momento negro em sua vida e tudo, mais gente, isso não é motivo de ser a pessoa mais nojenta do mundo, mais metida, grossa e metido a metedor – entendedores entenderam -  que eu já vi. “Nuss, eu sei quando você está excitada, eu sou foda...” Por favor né! Passamos de um Gabriel emburrado, metido, dominador e sem educação, para um Gabriel dependente, nojentamente romântico e um tanto quanto, chato totalmente abestalhado e super protetor ao ponto de quase mandar ele ir se fuder. Sempre querendo mandar, levanta a cabeça, olha pra mim, se levante, coma, DEIXA EU TE ALIMENTAR. DEUS, PORQUE ISSO? Um verdadeiro chato.
Dois personagens que tinham tudo para salvar a história eram Paul e Christa, mas como pau que nasce torto não se endireita, e menina que requebra, Ó Mãe, pega na cabeça, também ficaram chatos.
Quero que entendam o seguinte, não estou dizendo que não gostei da obra em si. Acho que sim, teria muito potencial se o enredo fosse mais inteligente, não tão submisso e meloso. Julia foi para lá para o seu mestrado. Não vi essa menina estudar –nem comer! Depois de 2345456 páginas onde ela chora, se ajoelha e faz o que Gabriel manda, ela estuda umas duas linhas e volta a sofrer. A autora tenta enfiar na cabeça de quem está lendo essa coisa de Segredos do passado. Julia não quer – desculpem o palavreado – dar para ele,pois não sabe tudo o que devia, ela quer saber do passado dele, da época “sombria”, mas a cada revelação ela tem um surto, um ADP, e digamos que, ela também não conta nada da vidinha de shit dela. Fica querendo a verdade, omitindo a sua própria vida para ele. Poderia dizer sem duvida, que se não estivesse escrito que ela tinha mais de vinte anos, eu acharia que a personagem tem 12 anos, pois a mentalidade é essa.
Odeio esse tipo de estilo, sabe, sou indecisa, quero um amor verdadeiro, sou virgem mais me excito 360 vezes por dia, meu passado é foda, mais o que interessa é o seu... Realmente um livro cansativo. Não posso dizer que estou ansioso pelo segundo, pois, não estou. :/

2 semanas jogadas fora!

6 comentários:

  1. Eu até gosto dos tons de cinza, apesar do besteirol entremeado à trama, de ser uma fanfic de crepúsculo, a autora teve umas tiradas legais, mas esse Inferno de Gabriel devia chamar a Chatinha insossa e o Babaca de gravata Borboleta. A única cena que posso dizer que gostei no livro foi a cena em que o Gabriel bata no Simon, e acaba aí. As menções aos deuses me davam vontade de vomitar, bem como o orgulho idiota dela em não querer a bolsa, ou a pobreza dela, porque pelo amor de Deus, que pobre tão detonado é esse que pode fazer mestrado? Eu amo a obra de Dante, é meu livro preferido entre todos os que já li, mas agora nem vontade de pegar na obra eu tenho, compararam aquela tolinha com Beatriz, tiraram meu prazer de ler a personagem que fez levar Dante ao paraíso. Essa Júlia me leva no máximo à privada, de nojo da personalidade fraca e imbecil dela.

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  2. Kkkkkkkkkkkkkkkkk! Adorei a sua resenha! Compartilhamos da mesma opinão! Livro chaaaaaaaaato demais! Casal chato! Submissão total! Tudo exageradamente clichê! Fiz uma resenha no meu blog também falando algo muito parecido ao que você escreveu! Perdi meu tempo com este livro e ainda procuro entender o porquê de tanto sucesso!

    Beijos


    Booklover

    Deixo aqui o link!

    http://www.booklover.com.br/2013/10/resenha-sylvain-reynard-o-inferno-de.html

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  3. Concordo com tudo! Só achei a Julianta tão chata, mas tão chata que queria o Gabriel ogro humilhando aquela menina o livro inteiro. Como uma pessoa consegue ser tão 'inteligente' e estar num mestrado e ser tão infantil? Eu só cheguei ao fim porque a escrita era boa e a história de Dante achei interessante, mas achei que se o livro tivesse 300 páginas a menos eu teria sido menos infeliz e o livro teria a msm história só sem menos enrolação!

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  4. Opinião é como... nariz... rs... Cada um tem o seu.
    Eu gostei sim da estória, da escrita e da infinita inteligência do autor ou autora, parece que ninguém sabe ainda se é homem ou mulher.
    Posso concordar em alguns pontos, como Julia ser meio infantil, mas a forma como ela foi criada e a paixão que nutria pelo Gabriel a fizeram permanecer no "mundinho" de conto de fadas dela. Tanto é que ela foi estudar o mesmo assunto que ele apresentou a ela aos 17 anos. Ela fantasiou com ele a adolescência e juventude inteira! Só podia dar naquilo mesmo.
    Com relação ao Gabriel, é um dos personagens que mais gosto, confesso. Acho ele inteligente, intrigante e, of couse, lindo! hahahaha
    Se vcs realmente detestam o 1° livro por conta do comportamento da Julia, já aconselho, não leiam o 2° livro - O Julgamento de Gabriel - a Julia simplesmente TRAVA nessa continuação. Eu fiquei muita mais puta com ela nesse segundo livro do que com qualquer outro personagem que já li!
    Mas, em fim.... Como eu disse as opiniões são diferentes e realmente essa diversidade é importante.
    Dei muitas risadas com sua resenha. Parabéns pelo bom humor e criatividade.
    Bjos

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  5. Eu amooooooo esse livro!
    No começo odiei e depois me apaixonei!!
    Parabéns pelo humor!
    Beijos
    http://overdoselite.blogspot.com.br/2013/12/resenha-escolhida-ao-anoitecer-saga.html?showComment=1386112610034#c576644083928500636

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  6. Não posso dizer que amei esse livro, mas pensando que ele foi baseado em Crepusculo..posso dizer que foi bom!!!
    Percebo que o autor teve q se retrair..para ficar no estilo de sua fanfic. Talvez se ela se libertasse desse paradigma..sua escrita fosse melhor.
    Mas amei suas citações..suas dicas de leitura..sua aula sobre Dante e etc .
    Uma coisa que me irritou no livro..foi alguns diálogos pobres e a pergunta: Vc está bem?? >>>Ela aparece em tds as páginas....e isso cansou demais.
    Já li o julgamento de Gabriel...e a escrita ficou mais pobre ainda, msm assim tbm gostei e vou ler o próximo.

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